*José Renato Nalini
Eis que chegou 2026! Ano de Copa do
Mundo e de eleições no Brasil. Com onze feriados em dias úteis! Um período que
promete!
Mas o importante é pensar o que
podemos fazer para que esse ano seja uma etapa o quão possível feliz em nossa
existência.
O mundo está do jeito que sempre
foi. Mas com algumas características pronunciadas de maneira enfática. O
aquecimento global se agrava e, com ele, aquilo que nós já chamamos de
“mudanças climáticas”, depois passamos a denominar “emergências climáticas” e
hoje há quem diga ser verdadeiro “cataclismo climático”.
Não se cumpriu o acordo de redução
das emissões dos gases venenosos, causadores do efeito-estufa. Ao contrário: o
envenenamento da Terra continua acelerado.
Mas é possível a cada um tentar
administrar, como for possível, a sua realidade. Não é verdade que os fenômenos
extremos devam acontecer daqui a um século. Não: eles estão acontecendo já!
Depois, não se trata de assunto que possa vir a ser resolvido no âmbito de
governo. Depende do protagonismo individual.
O que fazer?
Andar mais a pé, ou de bicicleta, ou
usar transporte coletivo. Os proprietários dos carros flex devem abastecer com
etanol. É nosso combustível há mais de meio século e continuam os possuidores
de veículos que podem e devem receber o álcool, a usar gasolina.
Quem puder, deve comprar carro
elétrico. Moto elétrica, principalmente. As motos são muito poluentes também.
Depois, economizar água e energia
elétrica. Muitas cidades do nosso Estado já estão com racionamento e com
rodízio de água. A energia também se tornará mais cara.
Há uma terceira coisa que as pessoas
devem fazer em 2026: consumir menos, desperdiçar menos e saber descartar o
desperdício. Os resíduos sólidos constituem enorme problema para o clima. Há
muito pouca reciclagem no Brasil, pois as pessoas não separam o que descartam
de maneira correta. Basta destinar aquilo que apodrece, que é orgânico, a um
recipiente e o que é seco para outro. Quando ambos são misturados, o destino é
o aterro sanitário. Montanhas e montanhas de camadas de lixo, ocupando espaços
que deveriam ser parques, jardins, florestas, lagos, lugares de entretenimento
saudável.
Essa questão não elimina outras
condutas que podem e devem ser assumidas, como os “compromissos de ano novo”.
Fazer mais exercício físico. Ouvir mais música. Conversar mais com os amigos.
Fazer companhia a quem não tem com quem desabafar. Ajudar alguém a dividir suas
mágoas. Todos falam, pouca gente se dispõe a escutar. A escuta ativa é um
benefício para quem ouve e para quem é ouvido.
Pensar em solucionar problemas que
parecem insolúveis. Você já pensou como pode contribuir para aumentar a
qualidade de vida de sua rua, de seu bairro, de sua cidade? Plantar mais
árvores é uma atitude cidadã que não somente melhora o ambiente, como propicia
uma temperatura mais compatível com a fragilidade humana. O calor tem matado
mais do que o frio. E a cada ano que passa, o calor aumenta. As chuvas
diminuem, as secas provocam enfermidades e levam à morte pessoas que poderiam
viver mais.
Ler bastante. Quantos livros você
leu em 2025? Faça o compromisso de aumentar essa cota em 2026. E não fique
bravo ou brava. Não fique com raiva de ninguém. Perdoe. Esqueça. Faça com que
os seus baús de ressentimento não tenham fundo. Será muito melhor para a sua
saúde e para o seu bem-estar.
Dê um abraço forte em quem você ama.
Ou até em quem você não ama ainda, mas pode vir a amar, se levar a sério a
regra de ouro: “amai-vos uns aos outros”. Tão difícil de ser cumprida...
Feliz 2026 para todos!
*José
Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e
Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.

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