Alexandre Frota fala sobre os vícios do passado, trabalhos como ator pornô, relação com a família e participação na “Casa dos Artistas”


No programa “No Alvo”, o convidado também compartilha sua trajetória política e comenta sobre Claudia Raia e Andressa Urach




Alexandre Frota (Fotos: Divulgação/SBT)

 

O menino do subúrbio carioca largou o sonho de vestir farda na Marinha para exibir músculos, charme e tudo mais sob a luz dos holofotes. Símbolo sexual sem censura, sempre deixou claro: gosta de ser desejado por quem for — homem, mulher, a plateia inteira. Na política, estreou no Exército Verde Amarelo, abriu a matraca, disparou contra tudo e todos, irritou o Capitão e acabou chutado do próprio quartel. Hoje, se diz mudado, político responsável, pai de família, sem vergonha do próprio passado. Mas será que sua metralhadora ponto 50 continua pronta para disparar? Alexandre Frota de Andrade sentou na cadeira do “No Alvo” desta última segunda-feira, 1° de setembro, para responder às perguntas polêmicas sobre sua vida.

 

 

 

Confira alguns trechos, em formato pingue-pongue, do episódio de “No Alvo” com Alexandre Frota:

 

Boa Noite, Frota.

Boa noite. Já vou falando pra você. Se for me perguntar sobre Claudia Raia e Bolsonaro, vou mandar você tomar no c*.

Aí fica ao seu critério, tá bom?

Então pronto. O meu critério é esse.

Você diz que não liga para o que falam, mas o fato é, você sempre deu um motivo. Precisa mesmo fingir que não quer estar na boca do povo?

Eu não ligo para o que falam a meu respeito. Eu sei exatamente quem sou eu, o papel que eu cumpro. Estar na boca do povo, ser discutido, julgado, criticado, apontado, fez com que eu pudesse me tornar um cara que consegue sobreviver a qualquer situação que a vida coloca pra mim. Os obstáculos que a vida coloca na minha frente. Sabe o que eu gosto? Eu gosto muitas vezes que me critiquem, que me julguem, que apontem o dedo para mim. Se eu fosse jogador de futebol, eu gostaria de jogar todo dia com a torcida adversária lotada e fazer o gol.

Você disse que em 1985, durante as gravações da sua primeira novela, “Livre para Voar”, o diretor Wolf Maya mandou você abaixar as calças. Wolf nega. Afinal, quem está dizendo a verdade?

Não, o Wolf, ele obviamente nega, porque não foi “abaixar as calças”. Naquela época não existia toda essa pressão com essa questão de assédio. Antes de falar sobre isso, quero deixar claro aqui que eu acho o Wolf o maior diretor de ator que eu já trabalhei e acho que meus colegas também entendem isso. É um cara criativo, um grande diretor. Mas naquela época eu fui desejado por ele, é diferente de assediado. Isso criou um desconforto recentemente quando eu dei essa declaração. É óbvio que ele não gostou e eu entendo ele. Se ele acha que não é verdade, fica na consciência dele, está tudo certo. Eu fiz grandes trabalhos com ele, tanto no teatro como na televisão. Quando eu fiz teste pra televisão, foi com ele, não foi teste do sofá, tá? Mas foi com ele. Então está tudo certo. É que às vezes eu falo um pouco a mais do que eu deveria falar. Eu sou um cara conhecido como um cara que não fica em cima do muro, que fala a verdade, sou autêntico, mas eu já paguei muito caro pela minha autenticidade e pela minha verdade.

Você falou que recebe muitas fotos de p****. Você guarda essas fotos? E, afinal, os seus pretendentes também te mandam flores?

Olha só, eu recebo muitas fotos, não só de p****, mas de muitas outras coisas que você não imagina. Eu tenho um público fiel, um público gay, um público LGBTQIA+ muito grande, que me acompanha já há muito tempo por causa dos trabalhos que eu fiz. Estou com 61 anos, ainda me sinto um cara desejado. São muitos homens. Hoje, no Instagram, eu tenho uma legião enorme de homens que me mandam fotos, pedem para sair comigo. Mais homens do que mulheres. Mas eu respeito todos e trato todos da mesma maneira.

Os filmes de “amor severo”, como você está dizendo agora pra mim, você sempre foi o ativo ou trocou de papel em algum momento?

Não, eu sempre fui o ativo porque a maioria, 99,9% eu filmei com as mulheres, né? Eu só tive uma cena, conforme você falou, e eu sempre fiz os roteiros também. É engraçado porque isso foi feito em 2004, a gente está em 2025 e ainda hoje mexe com as pessoas, com a curiosidade das pessoas. Estou vendo pela tua voz que você está aveludado com essa situação, perguntando isso, porque isso realmente mexe com a fantasia das pessoas. E tudo que eu fiz foi sempre pensando no processo final, na entrega, que era para o público ao qual se destinava esse tipo de ação, esse tipo de trabalho, de entretenimento adulto. Se fosse lá fora eu teria ganho o Oscar, mas como é no Brasil... Durante muito tempo foi tudo certo, muitos anos depois que eu já tinha feito começou essa questão da hipocrisia, do apontamento, mas eu conheço muita gente que faz coisa pior entre quatro paredes. Eu fui lá, fiz, mostrei, gerei empregos direto e indireto, e nunca puxei o tapete de alguém. É que a gente vive numa sociedade hipócrita, onde muita gente faz muita coisa por baixo dos panos, entre quatro paredes e fica nisso, né? Mas minha vida é aberta, eu falo sobre isso, eu sou um cara que não fica olhando pro retrovisor da minha vida, porque não dá tempo de eu me arrepender. Eu não posso me arrepender do que eu fiz, porque a vida é feita de escolhas. E quando você escolhe, você tem que assumir os erros, os fracassos, as vitórias, os acertos. Você tem que assumir a sua vida. E se tem uma coisa que eu posso falar para as pessoas, e aproveitar aqui a audiência de vocês, é que se tem um cara que viveu a vida, esse cara fui eu. Eu vivi a vida. Eu saí com todo mundo que eu queria, com todo mundo que eu não queria. Namorei todo mundo que eu queria, todo mundo que eu não queria. Fui para tudo que foi lugar. Viajei o Brasil inteiro. Viajei pra fora. Curti as grandes festas. Eu fiz tudo. Um dia eu olhei e falei: “vou fazer a novela das oito”. Eu fiz, estava lá na novela das oito. Um dia eu olhei e falei: “vou fazer a novela das sete”. E fiz. Eu sou igual o Flamengo, sou igual o Corinthians. Ou ama ou odeia, não tem meio termo, não conheço ninguém que fala: “ah, eu gosto mais ou menos do Frota”. Não existe isso!

Eu sei que você vai me xingar, mas nessa época você oficialmente formou o “Casal 20” dos famosos com a Claudia Raia. Foi amor de verdade ou só marketing barato que desmoronou?

Bom, como eu falei no início, se você falasse nisso eu ia te mandar tomar no c*. Então, eu vou mandar você tomar bem no meio do seu c*, porque as pessoas insistem nessa situação com a Claudia Raia. A Cláudia Raia foi casada comigo durante muito tempo, a gente foi apaixonado, depois acabou a paixão, o amor e já era. A Claudia vive a vida dela, eu vivo a minha vida, ela tem a família dela, eu tenho a minha família que é linda e está tudo certo. Só que as pessoas parecem que não têm mais o que falar, né? Estão sempre perguntando sobre isso. Então está respondido aí.

Você e a Claudia se acusaram mutuamente de traição. No fundo, fidelidade não fazia parte da sua vida, certo?

A Claudia nunca me acusou de traição, porque eu nunca traí a Claudia. Ela tinha na cabeça dela que eu pudesse traí-la. O Raul Gazolla é meu irmão, talvez seja um dos caras que eu mais amo nesse país. Passamos um momento que não vale a pena nem falar aqui sobre a morte da Daniella Perez. Mas eu já decretei, já falei para todo mundo que durante o tempo que eu estava casado com a Claudia, o Raul e a Claudia tiveram um negócio e está tudo certo, meu irmão. A vida é assim, entendeu? Na vida, a gente um dia ganha, um dia perde, um dia a gente bate, um dia a gente apanha. E tá tudo certo. Um beijo no coração do Raul.

Você disse que até os 20 anos era careta. De repente, provou cerveja e abriu a porta para todos os tipos de drogas. O que o Frota de hoje aconselharia para o garotão de 20 anos atrás?

É difícil, viu? Porque essa geração, essa geração é difícil. Não existe mais a geração casca-grossa como a nossa. Mas eu, realmente, a porta de tudo foi a bebida. Eu sempre fiz esporte, judô, capoeira, jiu-jitsu, mergulho, natação. E aí, através da bebida e da cerveja, achei que era legal aquilo, comecei a beber, e da bebida você vai passando para outras drogas. Eu passei por um processo muito grande, muito delicado. É até bom ter a oportunidade de falar isso aqui, porque eu hoje sou um vitorioso. Eu estou há mais de 25 anos limpo e só Deus sabe como foi. Eu fiquei de joelhos para vida. Em determinado momento falei: “cara, perdi tudo, não tenho mais nada, a droga consumiu tudo que eu construí”. Por várias vezes eu pensei: “eu vou me internar, não vou me internar, vou me internar, não vou me internar”. Quando eu me vi naquele processo todo, eu pensei: “eu não quero que meus amigos, que minha família amanheçam com a televisão dizendo que o Alexandre Frota foi encontrado num hotel de quinta categoria, com overdose”. E aí eu decidi que eu tinha que sair, que eu não queria morrer. Eu me dei outra chance. E eu agarrei essa chance de uma maneira que poucos conseguem, é muito difícil. A gente sabe o quanto é difícil quando você tem alguém passando por esse processo da dependência química, e eu passei, eu sobrevivi, eu venci e hoje eu passo essa experiência minha quando eu faço palestras em clínicas que tem os dependentes químicos. Mas meu processo foi muito duro, tive várias recaídas. Só que assim, vocês nunca me viram por causa de droga envolvido numa agressão ou em algum acidente. Eu sempre preservei isso. Muitas vezes, eu fui um louco consciente e sem vergonha. Mas a gente tem que ter esse entendimento da vida. E a vida me deu esse entendimento. Eu sempre fui um cara que gostei de viver muito, de aproveitar a vida, de viver intensamente, e eu vi que eu estava morrendo. Eu tomei a decisão, como todas na minha vida, sozinho, só eu e Deus, e consegui vencer essa batalha.

Você já falou publicamente sobre a relação conturbada com seu filho mais velho, que critica abertamente seu passado. O que mais te magoa dessas críticas? Você acredita que a figura pública, Alexandre Frota, prejudicou sua capacidade de ser pai?

Esse é um assunto bom de você abordar e me dar essa oportunidade de falar, porque as pessoas falam muito da minha relação com esse filho, com Mayã, que eu fiz e cumpri todas as minhas obrigações como pai. Foi a escolha dele, foi ele que decidiu que quando eu ganhei para deputado federal, ele decidiu falar que não acreditava como que o Brasil tinha votado num cara assim, um cara que fazia filmes, num cara que tinha sido ex-drogado, ele não levou em conta o quanto é difícil e as milhões de pessoas que passam por essa situação da droga e ele deveria olhar o pai como um pai vencedor. Um pai que até os 24 anos de idade recebia pensão alimentícia, com 24 anos de idade. Eu saí de casa para trabalhar com 14. Mas não critico, foi escolha dele e está tudo bem. O que eu acho é que a imprensa sempre fala sobre o meu filho. “Ah, abandonou o filho”. Nunca abandonei. “Ah, esqueceu”. Fui fazer o Luciano Huck. “Ah, o filho que a Globo escondeu”. Não escondeu nada. É porque não tem nada mais pra falar. Tudo que tinha pra falar foi falado. A minha relação está muito resolvida. Eu sou um grande pai pro Enzo, pra Bella, fui um pai pra ele, mas eu sou um grande pai e sou pai também de milhares de crianças que eu ajudo todos os dias, desde que eu me entendo por gente, principalmente quando me torno político. Hoje, eu sou pai de centenas de crianças que eu ajudo, na fome, na escola, no hospital, na creche. Isso a imprensa não fala. A imprensa fala de um filho que escolheu se afastar do pai e está tudo certo. A escolha é dele. Eu estou muito bem resolvido com isso, com a minha família. Estou muito bem resolvido, apaixonado, amando o Enzo, a Bella, que tem seis anos de idade. Mas é preciso falar, porque nesse país de hipócritas, nesse país de falsos moralistas, sempre falam: “ah, mas a culpa não é da criança. Ah, mas se afastou”. Ninguém sabe da história. Ninguém sabe o que eu fiz. Ninguém sabe como eu ajudei. As pessoas só contam uma parte. Então é bom que fique claro aqui pra todo o Brasil, que eu estou muito bem resolvido com essa situação. Não tem outra situação e ninguém, ninguém vai mudar a minha cabeça em relação a isso. Toda hora eu vejo uma pessoa querendo dar uma opinião pra ser legal, sabe? Pessoas até que eu gosto muito, Sonia Abrão fala: “Ah, mas o Frota deveria...”. A Adriane Galisteu, minha amiga. A Luciana Gimenez: “Frota, como é que está a relação com o seu filho...”. Meu irmão, eu vivo muito bem, tranquilo e muito feliz da vida. As pessoas não podem ficar me crucificando, porque só tem isso pra falar. O cara tem 24 anos de idade, mora fora, tem filho, eu já sou avô, e eu espero que ele cuide do filho dele, sabe? Espero que ele seja feliz com a família que ele escolheu, e eu sou feliz com a minha família, com a minha caminhada aqui. Então assim, se você me perguntar agora, e posso chocar todo mundo aqui dentro, mas se você me perguntar: “ah, você não tem emoção? Você não fica emocionado?” Não! Vamos encerrar aqui esse capítulo da minha vida. Eu espero que aqui “No Alvo” as pessoas entendam em definitivo que eu sou feliz desse jeito, que eu vivo desse jeito e está tudo certo.

Se tornar pai de menina te fez sentir vergonha da forma como tratou mulheres a vida inteira?

Cara, acho que você está enganado, porque eu fui apaixonado e eu amei e amo, amo as mulheres. Você está completamente enganado. Muito pelo contrário, eu sou um cara, apesar de todo o meu jeito, eu dou flores, Eu gosto de curtir, de viajar. Meus relacionamentos foram tensos de amor e intensos de sexo. Eu tenho um grande respeito pelas mulheres. Eu saí da Câmara Federal como deputado com o maior número de projetos em defesa dos direitos das mulheres. E agora, recentemente, em Cotia, fiz também uma comissão especial em defesa do direito das mulheres. Então, eu tenho um grande respeito. Acho que essa frase sua foi mal colocada, porque eu sempre tive uma relação muito bacana, sabe? Apesar do velho tênis e da calça desbotada, eu chamo de querida a namorada.

Por cinco vezes, você foi capa da G Magazine e disse que fazia de tudo para deixar o público gay sedento por você. Quais as ofertas mais ousadas que você recebeu de quem tentava saciar essa sede?

Eu fiz 5 capas da revista G, eu tenho muito orgulho de ter feito essas capas, porque eu quebrei diversos paradigmas nesse país. Eu fui muito além do que as pessoas podiam imaginar, e para você ter uma ideia, todas as revistas que eu fiz, elas venderam por completo, sendo que uma bateu o recorde de vendas e direcionadas ao público gay, ao público do qual ela se destinava. Elas todas foram roteirizadas, foram criadas por mim, pela Ana Maria Fadigas, a quem eu mando um beijo grande para ela, que foi a idealizadora da revista, e eu sempre deixei isso no ar. Será? Será que ele é? Será que ele é gay? Será que ele gosta? Eu tinha que passar exatamente isso nas fotos. Então nunca me permiti fazer um ensaio qualquer. Eu roteirizava os ensaios e botava pra quebrar. E sabia que o resultado vinha. Eu, obviamente, quando fiz as revistas, e também estendo isso aos filmes de amor severo, eu não imaginava mais que eu fosse construir uma família. Então é aí que entrou o Alexandre Frota para construir essa narrativa, essa história, para gente poder amenizar qualquer tipo de desconforto, ferida, hipocrisia e outras coisas mais. Eu tive essa conversa com o meu filho, que hoje tem 18. Na época ele tinha 10. E estou me preparando, porque eu tenho uma filha de seis anos, que já mexe nas redes sociais. Lógico que a gente procura limitar, enfim, não vou ficar aqui fazendo campanha para ser legal, mas eu vou ter que ter essa conversa ainda com a minha filha. Esse é um certo desconforto para mim, mas que eu vou encontrar uma saída. Em algum momento eu sei que essa conversa vai ter, né? Porque eu fui um ícone desse público, desse segmento. Eu fui um cara que todo mundo esperava para ver esse trabalho. Isso se confundiu muito com a minha escolha de gênero, se confundiu porque nós atuamos tão bem, fizemos tão bem, criamos tantas fantasias que isso confundiu a cabeça do público e esse era o objetivo. Eu preciso me entender ainda, tem algumas contas ainda a pagar na vida.

Já que você colocou a dúvida, você é ou não é gay?

Eu não sou. Às vezes perguntam se eu sou bissexual, eu costumo brincar e falar que eu sou penta. Não sou bi, eu sou penta. Mas não sou, não sou. Eu gosto de mulher. E não teria nenhum problema em falar aqui, porque eu tenho uma infinidade de amigos gays, transitei muito com esse público e gosto, tenho amigos, valorizo, então está tudo certo.

Vamos falar de realities. A Casa dos Artistas mostrou aos brasileiros um Frota bad boy, exalando sexo e sem papas na língua. Aquilo era você mesmo ou só a versão sem freios do Frota real?

Era eu na versão sem freio. Sempre fui eu. Eu acho muito engraçado que hoje no reality show as pessoas tenham coach para mostrar como você tem que ser sendo você dentro da casa. Eu não consigo entender isso. Coach para reality show. É um absurdo. Nunca imaginei que ia chegar a esse ponto. O coach que vai falar para você como você tem que ser. Mas eu tenho muito orgulho de ter feito história, como a Patricia Abravanel outro dia falou, eu fiz o programa dela e ela falou: “o Alexandre Frota foi o primeiro grande jogador do reality show”. E é verdade. Fui o primeiro grande jogador, fui o primeiro que consegui entender tudo aquilo que estava acontecendo. Tive um momento difícil ali e aqui eu não vou me alongar, porque senão a gente precisava de dois programas desses. Mas eu tive um momento de ruído com o próprio Silvio, porque ele na hora não entendeu como que era o andamento do programa. E foi aí que eu peço para sair. Inventaram pra ele que eu tinha pulado o muro do Morumbi, que eu tinha corrido pela avenida Morumbi, fui embora da casa. Enfim, quando ele soube que eu tinha saído. Ele me ligou, eu voltei aqui no SBT e a gente conversou, e mesmo sobre protestos de uma parte da emissora, principalmente da parte do jurídico aqui da emissora e outras pessoas, não queriam que eu voltasse por causa do contrato, ele quebrou o contrato, não dava para fazer assim, o artigo 37 da cláusula tal, e o Silvio falou: “Quem paga isso aqui sou eu e ele vai voltar. Coloca uma chamada no ar às sete da noite: ‘bomba no episódio de hoje’”. E foi a minha volta. Eu entendi tudo, a gente discutiu, eu discuti por telefone com ele, depois ele me chamou no camarim dele aqui, eu vim no camarim dele. Encontrei ele fritando ovo, queijo, pão, nunca tinha visto o Silvio Santos de cirola, de short, camiseta sem microfone, sentou comigo e falou pra mim na minha cara: “sabe que você tem razão, eu vou consertar isso”. Eu ouvi isso do próprio Silvio, e aí é óbvio que eu já tinha ficado 24 horas fora da casa, eu vi o sucesso absurdo que estava fazendo, eu falei: “eu vou voltar, claro que eu vou voltar”. E ele me acompanhou até o Morumbi. Na hora de entrar na casa ele me segurou no braço e falou: “ó, se algum daqueles candidatos que estão lá dentro levantar a mão e falar: ‘ó, quebrou o contrato, não aceito que ele volte’. Você sai imediatamente. Mas se ninguém falar nada, você fica". Eu falei: “beleza, deixa comigo. Posso falar qualquer coisa? Ele falou: “pode falar”. Aí já entrei rasgando, né? E não dei tempo de ninguém falar nenhum tipo de coisa relacionada a contrato. E aí fiquei na casa e fui até a final.

Em 2013, em uma entrevista, você virou sua artilharia contra Andressa Urach dizendo que ela era ruim de cama. Esse tipo de ataque tão pessoal não esconde alguma mágoa?

Não, mágoa de quê? Eu nem conheço ela direito. Aliás, nem sei porque eu falei isso, porque eu nunca saí com a Andressa Urach. Então, foi um vacilo meu ter falado sobre isso. Definitivamente, obviamente, que não é uma pessoa que eu gosto. Entendeu? Mas acho que eu errei em ter falado isso, porque não tive contato com ela, sexual, nem nada pra poder falar isso. Então foi um erro, né?

 

“No Alvo” é exibido toda segunda-feira, às 23h15 (horário de Brasília), no SBT e no +SBT.

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