O
Ano Jubilar de 2025, com o tema "Peregrinos de Esperança",
convida-nos a uma profunda reflexão sobre a nossa jornada de fé. A carta de São
Paulo aos Romanos, com a poderosa afirmação "a esperança não
decepciona" (Rm 5,5), serve como farol para essa peregrinação.
Para
os catequistas, o Jubileu adquire um significado especial. A celebração do
Jubileu dos Catequistas da Diocese de Jales, no Dia do Catequista, 31 de agosto,
é um momento de renovação e de aprofundamento da vocação. Os catequistas são,
por excelência, peregrinos de esperança, encarregados de semear essa virtude
nos corações de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Eles caminham ao lado
dos que buscam a fé, apontando para o Cristo, a fonte de toda esperança.
A
esperança, para São Paulo, não é um otimismo vazio. Ela nasce da tribulação, da
perseverança e da experiência do amor de Deus. É essa esperança, que na missão
de evangelizar, os catequistas são chamados a testemunhar. Ao narrar as
histórias bíblicas, ao explicar os sacramentos e ao partilhar a sua própria fé,
os catequistas não apenas transmitem um conhecimento, mas acendem uma chama de
esperança que resiste às dificuldades da vida, conduzindo os catecúmenos,
catequizandos e crismandos ao seguimento de Jesus, tornando-se discípulos do
Mestre Jesus.
Para
realizar a sua missão de formar novos discípulos e discípulas de Jesus, os
catequistas devem ser mistagogos, ou seja, aqueles que conduzem ao Mistério de
Salvação, que tem como centralidade o próprio Cristo. Os catequistas mistagogos
são aqueles que falam ao coração e guiam no caminho de fé, não apenas
transmitindo doutrinas e normas, mas conduzindo os catecúmenos, catequizandos e
crismandos a uma experiência profunda e transformadora.
Os
catequistas devem ser mistagogos da oração, que, em primeiro lugar mergulham na
experiência do mistério de Cristo, para se tornarem discípulos da oração, que
aprendem na escola de Cristo a criar intimidade com Deus para, então,
tornarem-se mestres na oração e de oração, conduzindo crianças, adolescentes,
jovens e adultos à experiência profunda de fé em Cristo.
Em
um mundo de incertezas, os catequistas devem ser mistagogos de esperança, que
aprendem a esperar em Deus e colocar toda a sua confiança, deixando seus
corações serem preenchidos de plenitude e felicidade, porque sabe que Ele não
decepciona. Eles fortalecem a fé na providência divina e na promessa da vida
eterna, ajudando os catecúmenos, catequizandos e crismandos a enfrentarem os
desafios com coragem e confiança.
Através
do seu próprio testemunho de vida, eles mostram que a esperança não é um
otimismo ingênuo, mas uma certeza enraizada na vitória de Cristo sobre a morte.
Eles inspiram os catecúmenos, catequizandos e crismandos a viver com a certeza
de que a última palavra não é a do sofrimento, mas a do amor e da vida plena em
Deus.
O
Jubileu de 2025 é, portanto, um convite para que todos os catequistas renovem
seus compromissos de serem um sinal vivo de esperança. É um tempo de olhar para
o passado com gratidão, para o presente com paixão e para o futuro com a
certeza de que a promessa de Deus se cumprirá. Ser peregrino de esperança é
confiar que, apesar das incertezas do mundo, o amor de Deus jamais nos abandona.
E é essa certeza que os catequistas são chamados a partilhar com todos os que
encontram em seus caminhos.
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