O atacante revelado pelo Fluminense fez dois golaços no estádio MetLife e foi determinante para levar os Blues à finald o Mundial de Clubes da FIFA.
Data: 8 de julho, terça-feira Local: estádio MetLife em Nova York-Nova Jersey (EUA) Gol do Chelsea: João Pedro (18' do 1ºT e 11' do 2ºt) Jogador da Partida Michelob Ultra: João Pedro (Chelsea)
Um garoto revelado pelo Fluminense FC foi decisivo na primeira semifinal do Mundial de Clubes da FIFA 2025™. Acontece que ele estava a serviço do Chelsea FC.
João Pedro, cria de Xerém, fez dois golaços, um em cada tempo, e levou o time inglês à decisão. Uma história incrível para um jovem atacante de 23 anos que se apresentou ao técnico Enzo Maresca já com o torneio em andamento, após pagar 65 milhões de euros pelo brasileiro.
Agora o Chelsea descansa e aguarda o vencedor do duelo de superpotências europeias nesta quarta-feira, entre Paris Saint-Germain e Real Madrid, também no gigante estádio na região metropolitana de Nova York.
O Fluminense foi para campo disposto a manter a bola, tentando envolver balançar a forte defesa do Chelsea. Mas a missão era difícil.
O time de Enzo Maresca havia feito contra o Palmeiras nas quartas de final e repetiu a dose nesta semi: subiu sua marcação e passou a pressionar muito os adversários. Funcionou. Aos poucos, os jogadores da equipe brasileira passaram a errar passes. Bolas perdidas que eram traduzidas automaticamente em investidas velozes dos Blues.
O primeiro gol saiu exatamente desta forma. Uma bola errada no meio-campo, resultou em contragolpe pela esquerda. Pedro Neto avançou e cruzou, Thiago Silva rebateu, e a bola acabou nos pés de João Pedro. E o atacante revelado pelo Flu fez um gola, batendo de chapa, no ângulo esquerdo de Fábio. O goleirão se esticou todo, mas não havia como alcançá-la.
A despeito do duro golpe, o Flu não esmoreceu. Aos 25 minutos, o volante Hércules tabelou com Germán Cano, se infiltrou entre os zagueiros dos Blues, recebeu bom passe do argentino e deu um toquinho na bola para tirá-la do goleiro Robert Sánchez. Mas Marc Cucurella salvou realmente em cima da linha.
Na reta final do primeiro tempo, o time carioca voltou a ter mais volume ofensivo, mas não era fácil chegar à área inglesa.
O Chelsea voltou do intervalo novamente disposto a sufocar a saída de bola do Fluminense, novamente criando muitas dificuldades para seus adversários.
O Flu escapou desse abafa inicial. Mas, quando saiu em busca do empate, com alterações de Renato Gaúcho em busca de uma formação mais ofensiva, acabou sendo castigado em um contra-ataque.
O poderio físico do Chelsea fez a diferença em uma série de divididas, e João Pedro teve campo aberto para arrancar. Ele entrou a área com absoluto controle da situação, puxou a bola para o pé direito e soltou uma bomba. A bola bateu no travessão e quicou dentro do gol, com violência.
"Uma mistura de sentimentos. Muito feliz por marcar o primeiro e o segundo gols com a camisa do Chelsea, mas uma sensação de tristeza por encontrar alguns jogadores que trabalharam comigo, o estafe também. Jogadores que vêm da base e estão vivenciando um momento especial. Ver a tristeza deles é difícil, porque sei que do outro lado tem sonhos também, como um dia foi meu sonho estar aqui. Mas eu tenho de fazer meu trabalho, e graças a Deus fiz dois gols hoje." João Pedro, atacante do Chelsea
"Só pedir desculpa [à torcida do Fluminense]. Sei que era bem importante para eles esse torneio, mas para nós também é bem importante. Isso faz parte do futebol. Não foi da forma que eles gostariam. Se for para chorar um lado, infelizmente… É seguir trabalhando, a gente não sabe o futuro, espero um dia voltar. Não controlo o futuro, mas o torcedor sabe do carinho que tenho pelo Fluminense. Acompanho alguns jogos, não todos, porque é bastante tarde lá na Inglaterra." De novo João Pedro
"É sempre difícil. A expectativa é sempre de buscar algo mais, e a classificação para a final, mas a gente fez o que tinha de fazer da melhor forma. A equipe adversária foi melhor, conseguiu fazer os gols. É reconhecer que eles foram superiores. A gente lutou até o fim e acreditamos. Entregamos transpiração, vontade e gana de passar para a final. Nada disso faltou, então é valorizar isso." Fábio, goleiro do Chelsea
"Sem dúvida alguma, saímos de cabeça erguida por tudo que fizemos no Mundial. Sabíamos que seria um jogo difícil contra uma equipe bastante qualificada. Os gols deram uma tranquilidade maior para o time deles. Valeu pela campanha e por tudo que fizemos no Mundial." Renato Gaúcho, técnico do Fluminense
Este foi o quinto jogo do Chelsea contra um time brasileiro em competições da FIFA. Na Copa Intercontinental da FIFA, o clube londrino perdeu a final de 2012 para o Corinthians e ganhou do Palmeiras na decisão de 2021. Já neste Mundial de Clubes, o time dirigido por Enzo Maresca foi derrotado pelo Flamengo na fase de grupos e, depois, voltou a bater o Palmeiras pelas quartas de final.
O Fluminense chegou ao confronto com uma sequência de 11 jogos sem perder, incluindo seu calendário nacional. Foram oito triunfos e três empates durante esta arrancada, incluindo três vitórias e dois empates no Mundial.
Quatro dos oito gols marcados pelo Fluminense no torneio foram anotados por reservas, incluindo dois do meio-campista Hércules já na fase de mata-mata, contra a Inter de Milão e o Al Hilal.
Fábio, Ignácio, Thiago Silva (c), Thiago Santos (Keno); Guga, Nonato (Soteldo), Facundo Bernal (Lima), Hércules (Canobbio) e Renê; Jhon Arias e Germán Cano (Everaldo). Técnico: Renato Gaúcho
Robert Sánchez, Malo Gusto (Reece James), Trevoh Chalobah, Tosin Adarabioyo, Marc Cucurella; Moisés Caicedo, Enzo Fernández (c) (Kiernan Dewsbury-Hall), Cole Palmer; Pedro Neto (Noni Madueke), João Pedro (Nicolas Jackson) e Christopher Nkunku (Andrey Santos). Técnico: Enzo Maresca.
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