escritor, ex-seminarista Redentorista, professor aposentado de português e literatura formado na PUC MG, jornalista e teólogo espírita, tradutor da Bíblia, NT



 José Reis Chaves,

 

Nem todo bem e mal dependem de nós, pois, há os alheios à nossa vontade, principalmente, os da Natureza. E ao dizermos que Deus permite o bem e o mal, se eles forem de nossa responsabilidade, é porque Ele, Deus Pai, respeita, rigorosamente, o nosso livre-arbítrio. E Ele permite os males da Natureza, porque eles são necessários a ela pela sua sábia e inevitável lei. Por exemplo, os terremotos que são causados pelo acomodamento das placas tectônicas das terras tidas como ainda novas.

 O nosso livre-arbítrio é uma característica sagrada do ser humano, pois, foi dado por Deus que, como ser onisciente e Inteligência Suprema, como diz a Doutrina Espírita, sabe muito bem o que faz. E é por isso que Ele permite também o mal que, inclusive, pode se transformar em um bem ou criar um bem para alguém.

 Um exemplo de um mal que dá oportunidade para surgir um bem para alguém, e que se originou do livre-arbítrio de quem sofreu  um mal foi dado pelo excelso Mestre: Se alguém tomar um tapa numa face, que ofereça a outra ao agressor para ser também agredida, ao invés de reagir contra ele. (Mateus 5: 39) Desse mal do agressor surge um bem que é a não reação do agredido, o qual até se dispôs a sofrer outra agressão. Estamos, pois, diante de um mal que deu origem a um bem, embora o autor do mal seja outra pessoa e não a que pratica o bem.

 São Paulo, em Romanos 8: 28 e 39, diz que todas as coisas contribuem para o bem dos que amam a Deus. Entre todas as coisas, há as do bem e as do mal, demonstrando-nos que do mal pode surgir, também, para nós o bem, desde que amemos a Deus. E Isaias (45:7) diz que o Senhor é também o único Criador de todas as coisas, da luz e das trevas, do bem e do mal. Aqui Deus não só permite o mal, mas cria-o também, demonstrando-nos que se Deus cria o mal, é porque do mal pode provir também o bem.

O carma não deixa de ser um mal, se for de sofrimento para quem está colhendo o que plantou de mal. No entanto, torna-se um bem, pois, está purificando ou libertando o indivíduo que está colhendo o que semeou. E o que dizer-se deste ensino do Mestre dos mestres, quando Ele ensinou: Bem-aventurado aquele que chora, pois será consolado, nem vou dar a referência evangélica, pois, é um texto muito conhecido por todos que têm o hábito de ler a Bíblia.

 Como se vê, a existência do mal é bem complexa. E umas verdades muito importantes são: Deus não sofre com o pecado, não premia nem pune ninguém. É a famosa Lei universal bíblica e inexorável de Causa e Efeito que funciona. Ela é criada por Deus, mas manipulada por nós. E Colhemos, pois, o que semeamos!

 PS: Com este colunista, José Reis Chaves, ex-seminarista, professor de Português e Literatura aposentado, “Presença Espírita na Bíblia” na TV Mundo Maior e palestras e entrevistas em TVs (Youtube e Facebook). Seus livros estão, também, na Amazon, inclusive, os em Inglês. E a tradução da Bíblia (N. T.) contato@editorachicoxavier.com.br Cássia e Cléia.


 

 

 

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