Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Recife são exemplos de transformação urbana
A região central das capitais brasileiras foi de grande importância para o país, até meados do século XX, por ser o principal ponto de comércio, habitação e serviços. No entanto, esse cenário mudou a partir da segunda metade do século, com o avanço das cidades para outros endereços, especialmente para bairros periféricos, estimulado por novos padrões de mobilidade e pela ousadia do mercado imobiliário. Com o novo estilo de vida, muitos centros urbanos passaram por processos de degradação. “Historicamente, a melhor infraestrutura urbana se concentra nos centros. Basta comparar a experiência nas cidades da Europa, onde o acesso e a vida são facilitados nestas regiões. Já na realidade brasileira, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, é possível observar que houve uma descentralização devido ao crescimento radical e à topografia”, analisa João Bosco Silveira, diretor de Patrimônio da Urban Systems.
Segundo ele, a boa notícia é que, atualmente, já é possível observar um relevante movimento de regeneração das áreas centrais em algumas capitais do Brasil. “E muitas destas ações têm a nossa participação, com o desenvolvimento de estudos que ajudam a recuperar a região central. Um case recente é o masterplan que fizemos para o Centro do Rio, em consórcio contratado pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), em parceria com a prefeitura. É muito gratificante acompanhar pela mídia que muitos projetos estão saindo do papel e que a região está de novo nos holofotes, com equipamentos de cultura, como o Museu do Amanhã, e de lazer, além de moradia. Basta ver como a Zona Portuária está mudando”, comemora João Bosco.
Em São Paulo, o executivo destacou o potencial do Centro com exemplos como o Teatro Municipal e a Sala São Paulo. “A possível mudança de órgãos governamentais para revitalizar a área é outra iniciativa importante. Indo mais além, temos Salvador que fez um retrofit do famoso Mercado Modelo. Já em Recife, aconteceu uma inversão com a população mais abastada se mudando para a orla, mas o Centro ainda tem potencial”, ressalta o diretor da Urban Systems.
Ações integradas para o sucesso da regeneração
O diretor da Urban Systems observa que todo esse movimento conta com a participação das iniciativas pública e privada. “As empresas do mercado imobiliário estão engajadas no propósito, apostando nos planos que são elaborados pelo poder público. Uma tendência que está em alta nas regiões centrais são os empreendimentos multifamiliares, aqueles voltados para aluguel. A Azo Inc., por exemplo, comprou o icônico prédio A Noite, no centro do Rio, e a Brookfield adquiriu 98% das unidades para locação. É um grande incentivo ao segmento, já que a alta da Selic (taxa básica de juros) pode dificultar a compra do imóvel, levando mais pessoas a alugarem”, observa João Bosco.
O papel Urban Systems, portanto, é atuar como consultoria especializada em planejamento urbano integrado. “Nosso planejamento envolve a análise do potencial de desenvolvimento a médio e longo prazo e a identificação das melhores vocações para ativos imobiliários. Oferecemos subsídios para que incorporadores e investidores avaliem o mercado de forma estratégica e identifiquem os produtos mais oportunos, baseando suas decisões em análises consistentes que minimizem riscos e maximizem oportunidades”, finaliza João Bosco.
Conteúdo elaborado pela Redação Urban Systems.
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