FOLHAGERAL- Ainda sem explicações o por que Jales arrecada menos do que Santa Fé do Sul em tributos municipais
Ainda está
sem explicações o por que – entre os quatro principais municípios no Oeste da Rodovia SP-320 (Votuporanga, Fernandópolis, Jales e Santa Fé do Sul) – Jales é o que menos arrecada tributos municipais.
No primeiro
trimestre deste ano de 2025 – 1° janeiro a 31 março – o município de Jales arrecadou R$ 8.250.204,57. No mesmo período, o município de Santa Fé do Sul arrecadou: R$ 11. 801.250, 07. Faturou mais R$ 3,5 milhões.
Os municípios
de Votuporanga e Fernandópolis arrecadaram respectivamente, no mesmo período: R$ 30.729.728,20 e R$ 19.029.922,80. Isto tem explicação: são maiores em extensão territorial, população e economia.
Quem leu
na imprensa regional as notícias sobre a ventania ocorrida em Jales e região – na sexta-feira (18) – pode ter ficado com a impressão de que houve um vendaval devastador. Felizmente, só duas ou três árvores vieram ao chão e galhos foram quebrados.
O vereador
Bruno de Paula (PL), presidente da Câmara Municipal de Jales, solicitou informações ao Executivo sobre a falta de iluminação na Pista de Caminhada “Carlos José Sacco”, na ilha da Avenida Euphly Jalles.
Já o vereador
Rivelino Rodrigues (PP) lembrou que: “Em toda Sessão da Câmara tem uma, duas, três, quatro colocações a respeito de iluminação”. Ou seja, lembrou que iluminação pública é importante e precisa de cuidados adequados.
Ele destacou
que a Prefeitura tem um engenheiro eletricista especializado nessa área, mas deveria ter o mapeamento para fazer as obras acontecerem: “Não adianta fazer só o levantamento. Já passou a hora de tomar essa providência”.
Por sua vez,
o vereador Luís Especiato (PT) endossou as palavras de Rivelino: “Acho que precisamos mesmo é de ação. Estamos fazendo vários Requerimentos e Indicações. Precisamos de ação para corrigir o problema. E também ação para coibir o furto de fios”.
De fato,
os vereadores precisam acordar para esse assunto – iluminação pública – e para outros problemas que estão visíveis sem providências, faltando pôr em ação todos os envolvidos em vez de ficar na rotina dos Requerimentos e Indicações dos vereadores.
Se os vereadores
se mantiverem restritos às rotinas tradicionais, sem se conversarem para encontrar ações produtivas, não só a cidade ficará prejudicada com áreas escuras (com lâmpadas apagadas), mas continuará com vereadores incapazes de agir.
Em julho
o Diretório Municipal do MDB de Jales vai realizar sua convenção para a renovação dos seus membros. O atual presidente, José Devanir Rodrigues, está determinado e deve mesmo deixar a chefia do Diretório.
Quanto aos
demais diretórios partidários de Jales, pouco ou quase nada se sabe sobre o que poderá lhes acontecer. Fora aqueles que têm representação no poder, os outros até podem desaparecer.
O radialista
Wilson de Souza Negrão, conhecido por Flumenal, foi homenageado pelas Vereadoras Andrea Moreto (PODE) e Eliane Miranda (REP) com a Moção de Aplausos aprovada por unanimidade na Câmara, pelos 46 anos de dedicação ao rádio e à comunicação.
A Moção
foi entregue na terça-feira, dia 22 de abril, na sessão da Câmara Municipal de Jales. Flumenal, a esposa e familiares estiveram presentes na ocasião. Mais um reconhecimento por trabalho realizado com persistência em favor de todos.
Não importa
que o parlamentar seja vereador, deputado estadual, deputado federal ou senador. Todos são importantes e, muitas vezes, são obrigados a enfrentar e decidir questões relevantes cheias de complicações.
No Congresso
Nacional, entre os deputados e senadores, já acontecem questionamentos e discussões sobre a oferta de concessões de exploração de petróleo e gás na Amazônia, obrigando a recuperação ambiental das áreas prejudicadas por essas atividades.
As razões que
existem para defender essas explorações são consistentes: elas podem trazer benefícios econômicos, como geração de empregos e investimentos na região, fortalecimento da segurança energética do país e desenvolvimento tecnológico.
De outro lado,
entidades importantes como Greenpeace, Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), Observatório do Clima, WWF, entre outras, a proposta choca contra os compromissos assumidos pelo Brasil perante desastres globais.
Nos municípios,
os vereadores devem dar atenção aos problemas gerais, como é o caso da manutenção da iluminação pública. Mas, como é o caso em Jales, precisam realizar ações em favor do desenvolvimento econômico sustentável.
Com toda razão,
um bom Plano de Desenvolvimento Econômico Municipal (PDEM) – que contenha orientações sobre aspectos econômicos, sociais e ambientais – serve como ponto de partida para os legisladores facilitarem suas ações.
Em novembro
do ano passado (2024), o engenheiro agrônomo Andrey Vetorelli Borges, da Secretaria da Agricultura estadual, esteve em Jales. Ele fez uma palestra sobre a produção de cacau, como alternativa social, econômica e ambiental para o Noroeste paulista.
A produção
de cacau esteve estagnada no Estado de São Paulo, mas está em expansão em duas regiões: Noroeste e Vale do Ribeira/Litoral. Além de possibilitar empreendimentos locais, a produção paulista ganha interesse no comércio internacional.
A palestra
do agrônomo Andrey V. Borges mostrou que a Secretaria da Agricultura estadual está tecnicamente preparada para dar respostas e apresentar soluções sobre a cultura do cacau. Mas, aparentemente, não sensibilizou as lideranças jalesenses.
Pelo menos,
os ocupantes de cargos políticos municipais deveriam – para incentivar o plantio – estabelecer um viveiro de mudas exclusivo para plantio no município de Jales e abrir a possibilidade de crédito rural nos bancos estabelecidos na cidade.
Outras ações,
eficientes e fáceis de serem empreendidas, como excursões em culturas de cacau da região, poderiam estimular formadores de opinião e agricultores interessados. Assim como os próprios vereadores.
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