Força Nacional do SUS realiza mais de 2 mil atendimentos de dengue em São José do Rio Preto
Ministério da Saúde mobilizou 64 profissionais para atender a população e destinou R$ 1,34 milhão para intensificar ações contra a dengue no município paulista

Foto: divulgação/MS
Após 23 dias de atuação no município de São José do Rio Preto (SP), que lidera o número de casos de dengue no estado de São Paulo, com 35.019 casos prováveis e 16 óbitos em 2025, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) já realizou 2.081 atendimentos a pacientes com a doença. Os atendimentos incluem os serviços prestados no centro de hidratação montado na cidade numa parceria entre o Ministério da Saúde e a secretaria municipal de saúde.
Para o coordenador-geral da Força, Rodrigo Stabeli, que está à frente da missão na cidade, a ação do Ministério da Saúde, por meio da Força Nacional do SUS, reforça o Plano Nacional de Enfrentamento à Dengue e Outras Arboviroses, lançado em 2024.
"São José do Rio Preto tem se destacado como um caso de sucesso e um importante laboratório para o plano nacional que lançamos no ano passado. A grande inovação desse plano, na minha visão, foi a reorganização e o fortalecimento da assistência, tanto nas unidades básicas de saúde quanto nas redes de urgência”, acredita.
“Com a adoção do protocolo que estabelecemos e a mudança no fluxo de atendimento, a cidade começou a desafogar suas unidades e reduziu, de imediato, os casos graves e os óbitos. Espero que essa experiência possa ser replicada em outros municípios, permitindo que se preparem melhor e garantam um atendimento oportuno à população", acrescenta Stabeli.
Além disso, o Ministério da Saúde destinou R$ 1,34 milhão para reforçar as ações de controle da epidemia de dengue no município.

Atendimento humanizado e agilidade
“Após o início da atuação da FN-SUS, foi perceptível a diminuição da sobrecarga nos atendimentos da rede de atenção à saúde. Conseguimos concentrar a demanda de casos de dengue no centro de hidratação, garantindo suporte adequado durante a epidemia”, explica Juliana Lima, chefe de operação da FN-SUS.
Segundo Juliana, a Força conseguiu dar uma resposta eficaz, atendendo dentro do tempo necessário para o cenário de emergência, o que foi essencial para o controle da dengue na cidade. “Além dos atendimentos em curso, oferecemos capacitações sobre manejo clínico, padronização de fluxos assistenciais e apoio à gestão na organização do centro de comando de operações”, afirma.
Esse retorno positivo pode ser percebido nos relatos de quem passou pelo serviço. A técnica de enfermagem Adaiana Cristina Viana procurou atendimento particular ao apresentar sintomas de dengue, mas, devido à lotação da clínica, buscou alternativas. Ao saber da inauguração do centro de hidratação por meio de um jornal local, decidiu buscar atendimento na unidade.
“Passei mal e fiquei sabendo que o centro de hidratação estava funcionando. Fui super bem atendida e demorou apenas dez minutos. Só esperei para fazer a ficha e logo fui chamada. Os profissionais da Força Nacional do SUS são muito receptivos, não tenho do que reclamar”, elogia Adaiana.
Balanço dos atendimentos
Atualmente, 64 profissionais atuam diretamente no atendimento à população, entre eles: 23 enfermeiros;
6 médicos;
3 farmacêuticos;
24 técnicos de enfermagem;
2 condutores de ambulância;
6 profissionais responsáveis pela gestão da operação.
Os pacientes são classificados conforme a gravidade da doença, seguindo o seguinte protocolo: Grupo A (casos leves): 998 atendimentos
Grupo B (casos moderados, com sinais de alerta): 694 atendimentos
Grupo C (casos graves, que exigem maior atenção médica): 289 atendimentos
Grupo D (casos críticos, que demandam internação imediata): 16 atendimentos
A operação emergencial da Força teve início em 12 de fevereiro e segue com atendimentos diários, reforçando o suporte à rede municipal de saúde diante do aumento de casos de dengue na cidade.
Centro de hidratação e estações disseminadoras de larvicida
No dia 20 de fevereiro, o Ministério da Saúde
inaugurou um centro de hidratação para pacientes com dengue em São José do Rio Preto. A iniciativa faz parte das estratégias para fortalecer a resposta do SUS às arboviroses e ampliar a rede de atendimento na cidade.
Como parte do plano nacional para redução das arboviroses, o ministério também segue instalando estações disseminadoras de larvicida (EDLs). Essas armadilhas consistem em potes com água recobertos por tecido preto impregnado com larvicida em pó. Quando o mosquito pousa, o pó adere ao seu corpo e é disseminado em outros criadouros, atingindo um raio de 3 a 400 metros. Para o município, foram enviadas 3 mil EDLs.
Edjalma Borges
Ministério da Saúde
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