Paixão pela Engenharia desde cedo: Turma do projeto Star Bots Votu sai de Votuporanga para conhecer o Crea-SP
Pedro Henrique Silva coleciona 12 medalhas e sonha em se tornar engenheiro mecânico para trabalhar com desenvolvimento automotivo. O estudante de 14 anos compartilhou um pouco da sua trajetória no projeto de robótica Star Bots Votu no encontro com a engenheira Lígia Mackey, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), realizado na quinta-feira (20/2), na Sede da Faria Lima. Ele, acompanhado da técnica e desenvolvedora da iniciativa, Isabel Cristina Passos Motta, e outras 13 crianças de diferentes idades que integram a equipe, conheceram melhor o Conselho e contaram sobre seus sonhos e desafios participando de torneios regionais e nacionais.
Durante a reunião, foram apresentados os detalhes da iniciativa social, que abre portas para jovens apaixonados por Engenharia, e sobre os diversos robôs que montaram para torneios nacionais, mostrando o talento de Votuporanga para todo o país.
“Eu fico muito orgulhosa de abrir as portas do Conselho para aqueles que ainda não conhecem nosso trabalho, mas querem saber o que fazemos. É lindo ver, por exemplo, um menino de oito anos falar que quer ser engenheiro. Isso me faz acreditar na evolução das nossas profissões, ao vermos tantos talentos surgindo”, afirmou Lígia.
Isabel destacou o quanto as crianças se empolgam e mergulham de cabeça nesse universo tecnológico. “Eles começam pequenos, alguns com oito anos, e seguem até ingressarem na faculdade. Mesmo com todas as dificuldades de comprar materiais e apoio, não desanimam e participam de competições. Todos aprendem a trabalhar em conjunto, respeitar ideias e lidar com diferentes opiniões”.
O Star Bots Votu é um projeto social que incentiva crianças de diferentes idades a explorarem o mundo da robótica, Engenharia e tecnologia. Para participar, basta se inscrever – o único requisito é a paixão pelo tema. A equipe já competiu em diversos torneios, incluindo importantes nacionais, e conquistou dezenas de medalhas.
Pedro, que está no nono ano do Ensino Fundamental, revelou que a paixão pela área tecnológica começou dentro de casa. “Meu pai ama carros e coleciona muitos veículos antigos. Foi assim que passei a gostar de robótica e isso me ajudou muito. Quando eu tinha oito anos, fui apresentado ao projeto. No começo, tive bastante medo porque os outros participantes eram mais velhos, mas fui muito bem acolhido e despertou meu interesse”.
A engenheira agrônoma Andrea Sanches, conselheira federal suplente de Instituições de Ensino Superior de Agronomia por São Paulo, ajudou a trazer a turma para a capital. “A ideia é que esse projeto seja reconhecido, que empresas se interessem e deem condições para que eles cresçam”, destacou a engenheira agrônoma.
Para a contadora Alessandra Gonçalves Caporalini, mãe de Mariana Caporalini, de 12 anos, que cursa a sétima série do Ensino Fundamental, e também participou do encontro, a oportunidade contribui para o desenvolvimento social. “Minha filha está há três anos na robótica e foi assim que descobriu o mundo. Com certeza, o projeto é um legado e o conhecimento é transmitido adiante”.
Durante o encontro, foi possível identificar sonhos e objetivos. Gabriel Boni, 21, estudante do sétimo semestre de Engenharia Elétrica no Instituto Federal de São Paulo (IFSP), falou sobre como se vê daqui a 10 anos. “Espero estar realizado profissionalmente, trabalhando na área e desenvolvendo novas tecnologias”. Kelvin dos Santos, 20, colega de sala de Boni, também compartilhou suas metas. “Quero trabalhar na indústria ou no meio acadêmico, desenvolvendo pesquisas e projetos de inovação”.
Já Lorena Gomes, 19, concluiu o Ensino Médio e quer prestar vestibular para Engenharia Eletrônica na Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Quero estudar lá justamente por causa da robótica. Nos torneios, uma das equipes que mais me inspira é de lá. Meu sonho é aprender mais com eles e fazer parte disso”. Matheus de Freitas, 16, que está no terceiro ano do Ensino Médio, explicou como faz para se concentrar em tantos torneios. “Dedicação é a palavra-chave para entregarmos o melhor e conquistarmos a vitória”.
A autarquia reconhece a importância de valorizar, desde cedo, crianças que demonstram interesse e paixão pela área. Pensando nisso, o Conselho paulista busca formas de viabilizar a ida para o torneio nacional First Lego League (FLL), com o apoio do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). “Para nós, como Sistema Confea/Crea e Mútua, é motivo de orgulho participar desse ideal. São os futuros profissionais da Engenharia e queremos que continuem com esse legado”, afirmou a chefe de Gabinete e superintendente de Relações Institucionais e Comunicação do Crea-SP, jornalista Priscilla Marques.
O gerente regional do Conselho, engenheiro Edelmo Terenzi, completou as boas notícias ao anunciar que disponibilizará um espaço em Votuporanga para que o grupo realize seus encontros e treinamentos sempre que necessário.
Sobre o Crea-SP - Criada há 90 anos, a autarquia federal é responsável pela fiscalização, controle, orientação e aprimoramento do exercício e das atividades dos profissionais das Engenharias, Agronomia, Geociências, Tecnologia e Design de Interiores. O Crea-SP está presente nos 645 municípios do Estado, conta com cerca de 370 mil profissionais registrados e 95 mil empresas registradas.
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