Obra de artista olimpiense sobre o folclore ganha reconhecimento internacional em exposição no Egito




A obra da artista olimpiense Clarissa Rossi desembarca no Egito para compor exibição artística e conquista reconhecimento internacional ao representar a arte brasileira na exposição “Brincar Entre Atlânticos”, realizada no Cairo. Parte da programação no simpósio Something Else, que ocorre entre fevereiro e março, a mostra é uma curadoria do Instituto Lambes Brasil.

Clarissa tem a honra de ser uma das 20 artistas brasileiras convidadas para expor sua obra e é colocada ao lado de artistas consagrados como Diogo Rustoff e Gê Viana. O convite para fazer parte da exposição chegou à artista por meio do Lambes Brasil, instituto criado em 2016 pelo artista Alberto Pereira, que tem como objetivo valorizar e fomentar cartazes de rua.

A primeira parte da exposição ocorreu no Parque Agouza e, depois, migrou para o Centro Cultural Bayt al-Sinnari. A mostra contempla trabalhos que usam a técnica do lambe-lambe como suporte.

“Nossa pesquisa curatorial foi baseada na perspectiva do conceito ‘Brincar’, propondo um entrelaçamento entre as possibilidades da brincadeira, ora enquanto uma ação objetiva, ora reflexiva e imersa nas subjetividades de uma vasta, complexa e continental cultura brasileira”, explicam a equipe do instituto Lambes Brasil nas redes sociais.

Intitulada “Bastião”, a obra escolhida da artista tem como temática a Folia de Reis, um tema que acompanha o trabalho da artista há mais de 20 anos, sendo até assunto de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e coreografia em projeto social entre 2002 e 2006. "Venho fotografando as Folias de Reis desde 2019 e, em 2022, transformei essas fotos em lambe-lambe pela cidade", pontua a artista.

Celebrada pela Igreja Católica, a Folia de Reis é uma festa tradicional da cultura brasileira que remete à viagem e à visita dos três Reis Magos ao Menino Jesus, realizada após seu nascimento. De origem portuguesa, a tradição chegou ao Brasil no período colonial e, hoje, são poucas as cidades que mantêm a celebração, como é o caso de Olímpia. “A Folia de Reis é símbolo de resistência hoje. Existir em meio a tanta diversidade cultural e religiosa é luta”, reforça Clarissa.

A obra da artista já foi exposta em São Paulo, na Galeria Olido, e em alguns festivais brasileiros. Com destaque na arte urbana, especialmente no lambe-lambe, Clarissa encontrou uma forma particular de trabalhar a técnica. "Faço intervenções com tinta, marcadores, papéis coloridos, fitas e tecidos sobre as fotos ampliadas em preto e branco", comenta.

Para quem tem interesse de conhecer o trabalho de Clarissa, pode acessar o seu Instagram, o @papelgoma_e_culturapopular.

Ficha Técnica

Curadoria: Lambes Brasil Supervisão

curatorial: Mônica Hirano e Mariana Sesma Equipe do Something Else & Darb 1718: Kat Lewis, Sherif Niaz, Elshafe Mohammed e Maria Louis

Design da exposição: Lambes Brasil

Artistas: A Coisa Ficou Preta (Gleyson Borges) @acoisaficoupreta, Ana Bia Novais @abnovais, @artedeft (Hebert Bichara), @b4irro (Paula Gomez), Bruno Romã @roma.ilustra , Clarissa Rossi @papelgoma_e_culturapopular , Deddos @deddos_art , Diogo Rustoff @diogo.rustoff , Gê Viana @indiiloru , Gilberto Tomé @tome.gilberto , @iwintola , Jéssica Lemos @_jessicalemos , Juliana Lama @julianalama , Lau Guimarães @lauguimaraes , Leo Mareco @marecoleo , Lua Leão, Pietra Canle @pcanle , Rodrigo Zaim @rodrigozaim , Roni Evangelista @ron1son , and Zag (Victor Zagury) @zagtivista Voluntários: Habeeba Salem e Aziza Farahat Divulgação Something Else / Voluntários




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