por José Reis Chaves,
escritor, ex-seminarista Redentorista, professor aposentado de português e literatura formado na PUC MG, jornalista e teólogo espírita, tradutor da Bíblia - jreischaves@gmail.com.
Com esta coluna, justifico o que falo sobre a Santíssima Trindade e outras doutrinas, e lembrando que, quando falo sobre crenças e religiões, cuido de fazê-lo com todo o respeito a todas elas.
A trindade é muito comum e está até na Natureza: Pai, mãe e filho. Na eletricidade: Correntes positiva e negativa e a lâmpada. E eu me baseio para escrever esta coluna nos capítulos 4 e 7 do meu livro “A Face Oculta das Religiões”, Edit. EBM e Mega Livros, e em Pastorino.
Se santos canonizados não são condenados ao terem ideias diferentes sobre o Dogma Trinitário e outros, não querendo me igualar a eles nem de longe, fico tranquilo por eu ter, também, ideias doutrinárias diferentes.
Santo Agostinho, desencarnado em 430, foi quem criou a ideia base da Santíssima Trindade Cristã. São Tomás de Aquino, o maior filósofo medieval e que era, também, um grande teólogo, morreu em 1274, na sua famosa Suma Teológica, discordou da ideia agostiniana sobre a ordem dos componentes da Santíssima Trindade Cristã, o que vamos tentar explicar. Mas aqui, primeiro, lembro um pensamento de Rodolf Steiner: “Por trás de toda dualidade existe uma unidade oculta, a trindade.”
Para Tomás, em primeiro lugar, vem o Espírito de Deus que é o Espírito Santo principal, com seu aspecto de Pai, Criador incriado, o único Ser Incontingente, o Brâman do Hinduísmo (não confundir com o Brama), o Osíris do Egito Antigo, o Zeus grego e o Kether da Cabala). Depois, vem Jesus Cristo com seu aspecto de Filho; e em terceiro lugar, o aspecto do amor entre os dois Pai e Filho representado pelo Espírito Santo que, pela Doutrina Espírita, é também o conjunto de todos os espíritos desencarnados e que se comunicam conosco pelos médiuns ou dotados de dons espirituais segundo São Paulo (1 Coríntios 12: 16) e São João (Primeira Carta 4: 1)
Mas a Santíssima Trindade se tornou um mistério, porque os teólogos transformaram os três aspectos do Espírito de Deus Pai, o primeiro, o do Filho, o segundo, e o do Espírito Santo (amor mútuo entre os Espíritos de Deus Pai e o do Filho), o terceiro, em três Pessoas Divinas com poderes infinitos. E, depois, reforçaram isso, afirmando que Jesus Cristo tem duas naturezas: uma Divina e outra Humana (Concílio de Calcedônia em 451).
Com meu respeito ao Santo Agostinho e seus seguidores teólogos trinitaristas, concordo com São Tomás de Aquino e a Doutrina Espírita, a qual considera todos os espíritos manifestantes como extensões do amor do Espírito Divino do Pai para com todos seus filhos, os quais têm à sua frente o Filho Maior Jesus Cristo, objeto principal do amor paternal infinito do Pai para com todos os seus filhos.
PS: Com este colunista na TV Mundo Maior Presença “Presença Espírita na Bíblia.” Palestras e entrevistas em TVs no Youtube e Facebook. Seus livros estão na Amazon, inclusive, os em Inglês. E a tradução da Bíblia, NT. Contato@editorachicoxavier.
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