Constituições, assim como a Bíblia, são falíveis


                                                                José Reis Chaves

Primeiramente, quero desejar para os diretores, funcionários e leitores de O TEMPO muitas alegrias no Natal e no Ano Novo de 2025.

Os rabinos, os padres e os pastores sempre ensinaram que a Bíblia é a palavra de Deus. Com isso, eles quiseram e querem dizer que o que eles ensinam são verdades incontestáveis, pois que eles se apoiam na Bíblia! Na verdade, como tenho dito muito, a Bíblia não é a palavra de Deus, mas de homens sobre Deus, e eles não são infalíveis. Aliás, segundo Bart D. Eherman, o maior biblista do mundo atual, a Bíblia tem milhares de alterações.

E o certo é que os políticos dos congressos das nações, principalmente as ocidentais, criaram nossas constituições tomando por base a Bíblia. Para eles as constituições, como a Bíblia, seriam também infalíveis, porque os políticos, seus criadores, representavam a voz de Deus, pois era a voz da maioria dos representantes eleitos pela maioria da voz do povo que é a voz de Deus. Só que os autores da Bíblia eram de uma moral insuspeita e a dos políticos nem sempre é assim. Ademais, por que é comum, de tempos em tempos, fazerem-se reformas das constituições? Erraram, pois, os que quiseram fazer delas uma espécie de Bíblia. Esse erro ocorreu porque eles não estudaram a Bíblia em profundidade, como há muitos que o fazem hoje e nos mostram os erros dela que não podemos atribuir a Deus, sob pena de estarmos até fazendo uma espécie de blasfêmia contra Deus. E é por isso que, como eu já disse e tenho dito muito que a Bíblia não é apalavra de Deus, mas de homens sobre Deus, como Moisés, Isaias, Jeremias, Malaquias, São Mateus, São João Evangelista etc.

E assim, como existem biblistas, que se baseando num texto bíblico isolado e fora, pois, do contexto e interpretam ideias bíblicas, erradamente, existem também jurista advogados, promotores de justiça, procuradores, juízes, desembargadores e ministros das supremas cortes que cometem, também, erros judiciários baseando-se, às vezes, apenas em uma palavra mal usada por um cochilo literário de um constituinte, em que, então, os juristas, de boa ou má fé absolvem ou condenam, indevidamente, uma pessoa. Por isso, as pessoas que militam no judiciário, principalmente os ministros do STF, que têm que ter muito cuidado e muita prudência, para não cometerem injustiças, cujas sentenças, sem serem ditatoriais, são idênticas às ditatoriais, pois, o réu ou suposto réu não tem mais condições de apelar para outra instância.

E alguns advogados até brincam dizendo que uma sentença de um STF é tida pelos próprios ministros que a proferem como se ela fosse do próprio Deus!

José Reis Chaves, jornalista e escritor, entre seus livros: "A Reencarnação na Bíblia e na Ciência" e "A Face Oculta das Religiões", Ed. EBM-Megalivros, SP, ambos lançados também em Inglês nos Estados Unidos. É professor de português e literatura formado na PUC Minas, e tradutor de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Kardec, Ed. Chico Xavier.

PS: Com este colunista “Presença Espírita na Bíblia” na TV Mundo Maior. Palestras e entrevistas e a ressurreição em TVs e vídeos no YouTube e Facebook com ele (Seus livros estão na Amazon, inclusive, os em Inglês). E a tradução da Bíblia, NT. Contato Cássia e Cléia

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