Pe. Eduardo Lima, Coordenador Diocesano de Pastoral e Presidente da UNIVIDA
O Setembro Amarelo é uma campanha
mundial que visa conscientizar sobre a prevenção ao suicídio e a importância da valorização da vida. No Brasil,
os números são alarmantes: cerca de 14 mil pessoas
morrem por suicídio
a cada ano, o que representa
uma média de 38 mortes por dia.
As principais causas estão associadas a
transtornos mentais como depressão, ansiedade e bipolaridade, agravados pelo
estigma que ainda cerca a saúde mental, dificultando o acesso ao tratamento e
ao suporte emocional.
Entre
os grupos mais vulneráveis, destacam-se os jovens, os idosos e os
povos indígenas. Em comunidades indígenas, como os Guarani-Kaiowá, as taxas de suicídio
são até três vezes maiores que na
população geral, reflexo
de questões culturais, perda de território e falta de apoio adequado.
Além
do suporte emocional e psicológico, a espiritualidade também
tem um papel fundamental na prevenção ao suicídio e na valorização da vida. Muitas
pessoas encontram na fé
e nas crenças espirituais uma fonte de força, sentido
e esperança, especialmente em momentos de crise.
A espiritualidade pode oferecer um espaço de reflexão e conforto, conectando o indivíduo a um
propósito maior e fortalecendo sua capacidade de enfrentamento diante dos
desafios da vida.
A campanha Setembro Amarelo busca
promover o diálogo aberto sobre saúde mental e encorajar as pessoas a buscarem
ajuda. O apoio emocional, tanto de profissionais quanto de familiares e amigos,
é essencial para oferecer um caminho de acolhimento e resiliência. Serviços
como o Centro de Valorização da Vida (CVV), disponível pelo telefone 188, são fundamentais no
apoio a quem precisa.
O Setembro Amarelo nos lembra da
responsabilidade coletiva de cuidar uns dos outros e de enfrentar o estigma que
ainda permeia a saúde mental. Ao criar espaços de diálogo, acolhimento e
fortalecimento espiritual, podemos contribuir para a redução das taxas de suicídio e ajudar a construir uma sociedade mais empática e atenta às necessidades emocionais de todos.
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