Muito se
discute sobre a importância do turismo como fator determinante para a
geração de emprego e renda nas cidades onde essa atividade é
desenvolvida. Em Jales, diversos artigos já destacaram o potencial
turístico do município, especialmente nas áreas de turismo rural e religioso.
Com a proximidade do dia 15 de agosto, data em que se celebra a
padroeira da Diocese de Jales com a Romaria Diocesana, a discussão sobre
transformar esse evento em um atrativo turístico de destaque no
roteiro nacional volta à tona. Grupos interessados em promover o turismo na
cidade já realizaram reuniões, e até projetos foram esboçados.
Entretanto, poucas dessas iniciativas se concretizaram. Por que será?
Para contribuir
com uma reflexão sobre a melhor maneira de se implementar o turismo efetivo,
não apenas na cidade, mas também na região, ofereço a seguir algumas
considerações.
A palavra-chave para iniciar o processo
de implantação do turismo é "planejamento". Trata-se
de elaborar um plano detalhado que trace um caminho claro e eficiente
rumo ao sucesso. Nesse sentido, é fundamental que o poder público
constitua uma equipe responsável por desenvolver esse planejamento. A liderança
pública é essencial para articular e motivar a participação dos
setores necessários ao desenvolvimento do turismo local, em particular o turismo religioso e rural.
Com a formação dessa equipe, e sob a liderança do poder público,
deve-se buscar assessoria especializada para a organização do
planejamento. Essa assessoria pode ser encontrada, por exemplo, junto ao
SEBRAE e ao Ministério do Turismo. Após a formação dessa
equipe, é importante buscar assessoria especializada para guiar o processo
de planejamento. Instituições como o SEBRAE e o Ministério
do Turismo podem fornecer a experiência necessária para a
organização e implementação das estratégias planejadas.
O SEBRAE-SP
já atua no segmento do turismo há vários anos, oferecendo orientação e capacitação em gestão empresarial.
Além disso, disponibiliza a série "Cadernos de Atrativos Turísticos",
que inclui dicas de especialistas do próprio SEBRAE e de outras
instituições sobre a criação e o aprimoramento dos atrativos
turísticos. A série é dividida em temas, como "Desenvolvimento
do Atrativo Turístico" e "Gestão do Atrativo
Turístico", oferecendo informações sistematizadas e direcionadas
à estruturação e fortalecimento do turismo receptivo.
Por sua
vez, o Ministério do Turismo conta com o Programa
de Regionalização do Turismo (PRT), cujo principal objetivo é
"apoiar a estruturação dos destinos, a gestão e a promoção do turismo no
país, organizando a administração dessa atividade por meio de regiões
turísticas, visando descentralizar as ações e fomentar a cooperação entre
os municípios, através de uma visão participativa e integrada".
Acredito
que a chave para alavancar o turismo em Jales e na
região, além do planejamento, está na formação de um consórcio intermunicipal de turismo,
composto por um número significativo de gestores públicos municipais que, em conjunto,
planejem o desenvolvimento de um turismo integrado. Cada
cidade contribuiria com seu potencial turístico, como, por exemplo, Jales com
a Romaria e o turismo rural com visitas a áreas produtoras
de uva; Urânia com o turismo rural focado na produção de
morangos; e Santa Fé do Sul, Rubinéia e Três Fronteiras
com o turismo náutico, entre outros municípios que
apresentem atrativos turísticos.
Com
destinos segmentados por seus atrativos e um planejamento
estruturado, esse modelo de turismo integrado pode transformar
nossa região em um roteiro turístico de destaque nacional,
seguindo o exemplo do Consórcio Intermunicipal de Turismo Costa
Verde e Mar (CTIMAR), criado em 2007 pelos municípios do
litoral norte de Santa Catarina: Balneário Camboriú, Balneário Piçarras,
Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Navegantes, Luís Alves,
Penha e Porto Belo.
Para que
essa regionalização se concretize, no entanto, um longo caminho precisa
ser percorrido. Diversas ações que contribuem para o desenvolvimento
do turismo deverão ser realizadas de forma integrada, lideradas
por uma gestão forte e determinada, capaz de tomar decisões
assertivas e motivar os diferentes segmentos a se engajarem no
planejamento e execução do projeto. Isso inclui a participação da
rede hoteleira, gastronômica, setor de transporte, segurança, agências de turismo,
empresas de marketing, de tecnologia, entre outros. O eixo central de
tudo, portanto, é o planejamento minucioso, o investimento em pesquisa,
a busca por recursos e o estabelecimento de parcerias.
A criação de
um consórcio intermunicipal de turismo apresenta-se
como um grande desafio, mas, se concretizado, trará benefícios
significativos para a região. Os ganhos coletivos, como a economia de
escala, o desenvolvimento social e econômico, a geração de
empregos e renda para os diversos setores das cidades
participantes, além do fortalecimento da cultura religiosa, fazem dessa
iniciativa uma oportunidade inestimável. É realmente um desafio, mas vale a
pena enfrentar, principalmente para aqueles que querem fazer a
diferença.
Rosangela Juliano Bordon Bigulin
Vice-Reitora Acadêmica do UNIJALES
Muito se
discute sobre a importância do turismo como fator determinante para a
geração de emprego e renda nas cidades onde essa atividade é
desenvolvida. Em Jales, diversos artigos já destacaram o potencial
turístico do município, especialmente nas áreas de turismo rural e religioso.
Com a proximidade do dia 15 de agosto, data em que se celebra a
padroeira da Diocese de Jales com a Romaria Diocesana, a discussão sobre
transformar esse evento em um atrativo turístico de destaque no
roteiro nacional volta à tona. Grupos interessados em promover o turismo na
cidade já realizaram reuniões, e até projetos foram esboçados.
Entretanto, poucas dessas iniciativas se concretizaram. Por que será?
Para contribuir
com uma reflexão sobre a melhor maneira de se implementar o turismo efetivo,
não apenas na cidade, mas também na região, ofereço a seguir algumas
considerações.
A palavra-chave para iniciar o processo
de implantação do turismo é "planejamento". Trata-se
de elaborar um plano detalhado que trace um caminho claro e eficiente
rumo ao sucesso. Nesse sentido, é fundamental que o poder público
constitua uma equipe responsável por desenvolver esse planejamento. A liderança
pública é essencial para articular e motivar a participação dos
setores necessários ao desenvolvimento do turismo local, em particular o turismo religioso e rural.
Com a formação dessa equipe, e sob a liderança do poder público,
deve-se buscar assessoria especializada para a organização do
planejamento. Essa assessoria pode ser encontrada, por exemplo, junto ao
SEBRAE e ao Ministério do Turismo. Após a formação dessa
equipe, é importante buscar assessoria especializada para guiar o processo
de planejamento. Instituições como o SEBRAE e o Ministério
do Turismo podem fornecer a experiência necessária para a
organização e implementação das estratégias planejadas.
O SEBRAE-SP
já atua no segmento do turismo há vários anos, oferecendo orientação e capacitação em gestão empresarial.
Além disso, disponibiliza a série "Cadernos de Atrativos Turísticos",
que inclui dicas de especialistas do próprio SEBRAE e de outras
instituições sobre a criação e o aprimoramento dos atrativos
turísticos. A série é dividida em temas, como "Desenvolvimento
do Atrativo Turístico" e "Gestão do Atrativo
Turístico", oferecendo informações sistematizadas e direcionadas
à estruturação e fortalecimento do turismo receptivo.
Por sua
vez, o Ministério do Turismo conta com o Programa
de Regionalização do Turismo (PRT), cujo principal objetivo é
"apoiar a estruturação dos destinos, a gestão e a promoção do turismo no
país, organizando a administração dessa atividade por meio de regiões
turísticas, visando descentralizar as ações e fomentar a cooperação entre
os municípios, através de uma visão participativa e integrada".
Acredito
que a chave para alavancar o turismo em Jales e na
região, além do planejamento, está na formação de um consórcio intermunicipal de turismo,
composto por um número significativo de gestores públicos municipais que, em conjunto,
planejem o desenvolvimento de um turismo integrado. Cada
cidade contribuiria com seu potencial turístico, como, por exemplo, Jales com
a Romaria e o turismo rural com visitas a áreas produtoras
de uva; Urânia com o turismo rural focado na produção de
morangos; e Santa Fé do Sul, Rubinéia e Três Fronteiras
com o turismo náutico, entre outros municípios que
apresentem atrativos turísticos.
Com
destinos segmentados por seus atrativos e um planejamento
estruturado, esse modelo de turismo integrado pode transformar
nossa região em um roteiro turístico de destaque nacional,
seguindo o exemplo do Consórcio Intermunicipal de Turismo Costa
Verde e Mar (CTIMAR), criado em 2007 pelos municípios do
litoral norte de Santa Catarina: Balneário Camboriú, Balneário Piçarras,
Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Navegantes, Luís Alves,
Penha e Porto Belo.
Para que
essa regionalização se concretize, no entanto, um longo caminho precisa
ser percorrido. Diversas ações que contribuem para o desenvolvimento
do turismo deverão ser realizadas de forma integrada, lideradas
por uma gestão forte e determinada, capaz de tomar decisões
assertivas e motivar os diferentes segmentos a se engajarem no
planejamento e execução do projeto. Isso inclui a participação da
rede hoteleira, gastronômica, setor de transporte, segurança, agências de turismo,
empresas de marketing, de tecnologia, entre outros. O eixo central de
tudo, portanto, é o planejamento minucioso, o investimento em pesquisa,
a busca por recursos e o estabelecimento de parcerias.
A criação de
um consórcio intermunicipal de turismo apresenta-se
como um grande desafio, mas, se concretizado, trará benefícios
significativos para a região. Os ganhos coletivos, como a economia de
escala, o desenvolvimento social e econômico, a geração de
empregos e renda para os diversos setores das cidades
participantes, além do fortalecimento da cultura religiosa, fazem dessa
iniciativa uma oportunidade inestimável. É realmente um desafio, mas vale a
pena enfrentar, principalmente para aqueles que querem fazer a
diferença.
Rosangela Juliano Bordon Bigulin
Vice-Reitora Acadêmica do UNIJALES
Comentários
Postar um comentário