Faltam três meses para o primeiro turno das eleições


Neste sábado



(6 de julho de 2024), faltam três meses para a realização do primeiro turno das eleições municipais no domingo (6 de outubro de 2024). Em 615 municípios paulistas (com até 200 mil eleitores) só haverá primeiro turno.

Apenas em

30 municípios paulistas (com mais de 200 mil eleitores) poderá haver segundo turno. Neles, se no primeiro turno nenhuma chapa para prefeitura atingir 50% + 1 dos votos válidos, a decisão entre as duas chapas mais votadas vai para o segundo turno.

O prazo para

os eleitores se alistarem pela primeira vez, resolverem pendências e providenciarem biometria – nos cartórios eleitorais – terminou em 8 de maio de 2024. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral – SP, o município de Jales, em 30 de junho  registrava  33.621 eleitores com biometria e 2.633 sem biometria, atingindo 36.254 eleitores aptos 

Por conta

desse número de eleitores no município (menos de 200 mil), a eleição municipal em Jales será decidida no primeiro turno, não importando o número de chapas para a prefeitura nem o resultado dos votos válidos.

As datas do

do Calendário Eleitoral avançam. Do dia 20 de julho ao dia 5 de agosto, os partidos e federações poderão realizar as convenções partidárias para deliberar sobre coligações e escolher os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador.

Na comparação

feita pelo pensador político Nicolau Maquiavel (1469 – 1527), da antiga República Florentina, no seu livro “O Príncipe”, os políticos podem ser como leões (que agem com força) ou como raposas (que agem com astúcia).

Pois agora

é hora de os políticos começarem a sair dos seus “habitats naturais” para cumprir a tarefa periódica de se apresentarem à população de eleitores, visando conquistar votos para sua sobrevivência como políticos.

O professor

Luís Especiato – que já foi vereador e candidato a prefeito pelo PT – agora está confirmado como pré-candidato a prefeito pelo PT (Partido dos Trabalhadores). Já iniciou conversas com outros partidos em busca de união.

Esta informação

vem do vereador Hilton Marques (PT), que é pré-candidato ao legislativo. Ele lembra que a relação completa dos pré-candidatos a vereador será conhecida após a desincompatibilização dos que são servidores públicos.

Na noite da

quinta-feira (dia 4), ocorreu o lançamento da pré-candidatura do prefeito Luís Henrique Moreira (PL) à reeleição, no salão nobre do Regional Plaza Hotel. Houve presença de vereadores, lideranças partidárias e comunidade em geral.

A vice-prefeita

Marynilda Cavenaghi, do Partido Progressista (PP), mesmo encontrando resistências contrárias dentro do próprio partido, saiu vitoriosa e é pré-candidata  como vice. Parece que o prefeito Luís Henrique entendeu que o momento era de união, sem rachas nem trocas.

Nas eleições

deste ano, aquele grupo de partidos coligados poderia mais perder do que ganhar na busca das suas pretensões eleitorais. Assim, prevaleceu o entendimento de que Marynilda congrega e não desagrega. E de que ela é ficha-limpa.

Os pretendentes

a cargos eletivos – tais como candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador – precisam se libertar das tradições políticas desgastadas, dos discursos eleitorais surrados, das propostas de trabalho inexpressivas.

Pensar, falar

e agir livres dos posicionamentos políticos tradicionais só pode trazer vantagens positivas para os políticos capazes de se conduzir com lucidez. E ainda pode produzir vantagens surpreendentes para a sociedade.

Um exemplo

gritante disso foi dado pelo político negro da África do Sul, Nelson Mandela. Ele nasceu em 1918 e ingressou na política em 1940. Em 1964, aos 46 anos, foi condenado à prisão perpétua por motivos políticos.

Mandela ficou

preso, isolado do mundo exterior, por 27 anos. Nesse período, recusou ofertas de liberdade em troca do abandono de suas convicções políticas. Foi solto em 1990 devido a pressões internacionais.

Ele recebeu

o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Foi eleito presidente e conduziu a reconstrução do país de 1994 a 1999. Foi bem sucedido, fazendo exatamente o que queria e precisava fazer. Depois disso, encerrou sua carreira política.

No Brasil,

não é preciso ser um Nelson Mandela para fazer a diferença numa Prefeitura ou Câmara Municipal. Temos boas fontes de consultoria, orientação, cursos, informações e ideias. Mas a formação política, dentro dos partidos, é estreita.

Embora as

eleições de deste ano sejam municipais, o eleitorado deve ter em mente que os assuntos a serem tratados pelos candidatos não devem ser vistos apenas como questões locais. Os municípios são partes do país e do mundo.

Além disso,

cada questão a ser tratada se correlaciona com outras questões. Por exemplo, meio ambiente está relacionado com qualidade de vida, sustentabilidade ambiental, segurança alimentar, emprego e renda.

Neste ano

o Brasil enfrenta uma crise ambiental marcada pelo aumento das queimadas na Amazônia, no Pantanal e no Cerrado, segundo o INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais). Isso é causa e produz consequências em todo o país.

O cenário

de devastação ressalta a urgência de entender as ligações entre a degradação ambiental, as políticas econômicas e sociais, a necessidade de incrementar uma educação voltada para a sustentabilidade.

Faz parte das

questões ambientais enxergar que o desenvolvimento econômico pode agravar os problemas ambientais nas cidades e nos campos. Também faz parte enxergar que o crescimento habitacional pode contribuir para a destruição ambiental.

Nos últimos

40 anos, o Brasil perdeu 6,3 milhões de hectares de superfície de água. Isto quer dizer que houve perda de um terço da água do país, formada por rios, lagos e reservatórios. É o impacto provocado pela destruição ambiental.

Dados técnicos

mostram que houve perda de água em todos os meses de 2023, em relação a 2022, inclusive na estação chuvosa. Vai ficar mais difícil abastecer as populações das cidades. Os eleitores tem que aprender que isso tem a ver com a política.

Embora o Brasil

ainda tenha um grande volume de água doce, em relação a outras partes do mundo, aqui há descaso na proteção de nascentes, rios, lagos e represas. As fontes, os cursos e as reservas de água ainda sofrem danos pela poluição.

Conforme as

regiões, as águas sofrem poluição por esgotos domésticos, despejos industriais, mineração irresponsável, desmatamentos abusivos, excessos de fertilizantes e resíduos de pesticidas utilizados na agricultura.

É insensatez

separar a política desses problemas que acontecem por toda parte e que já está afetando a vida de milhões de pessoas. A irresponsabilidade de hoje pode ser cobrada de todos nós mais adiante, quando menos esperarmos.


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