Ailton Santana vai concorrer a uma cadeira no legislativo jalesense

 Nesta 5ª feira,

(25 de julho), o esperado pré-candidato a prefeito, Ailton Santana, anunciou oficialmente sua intenção de concorrer ao cargo de vereador pelo seu partido, o Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Ailton Santana (foto)

aproveitou para comunicar que o PSB, até o momento, não tem intenção de fazer coligação com nenhum outro partido. Vai ter uma chapa completa para vereador. A convenção estava prevista para esta sexta-feira (dia 26)

Segunda-feira,

dia 22 de julho, o prefeito Luís Henrique Moreira (PL) e a vice-prefeita Marynilda Cavenaghi (PP) tiveram suas candidaturas oficializadas para disputarem a reeleição e tentarem conquistar novo mandato em 2025/2028.

A chapa

Luís Henrique e Marynilda será apoiada pela aliança de seis partidos: Partido Liberal (PL), Partido Progressistas (PP), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido Republicanos (PR), Partido Renovação Democrática (PRD) e Podemos (PODE).

A convenção

também oficializou as candidaturas dos vereadores da aliança partidária. Mas a coligação não contou com dois importantes partidos do município – o MDB e o União Brasil (UB) –, que estão com suas convenções marcadas.

Segundo o

presidente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em Jales – José Devanir Rodrigues (Garça) –, o partido vai realizar sua convenção neste domingo e nela decidirá a quem apoiar.

A expectativa

mais esperada por emedebistas – assim como por integrantes de outros partidos – seria a aceitação por parte de Clóvis Viola em ser candidato a prefeito ou mesmo ser candidato a vice numa chapa encabeçada por outro candidato a prefeito.

Ante o atual

cenário político – não muito favorável – Clóvis Viola consultou sua família e foi aconselhado a ficar fora da disputa eleitoral. Ele não é marinheiro de primeira viagem. Sabe bem como funciona a política local.

Nos mandatos

do prefeito Humberto Parini (PT) – 2005/2008 e 2009/2012 – Clóvis Viola foi o vice-prefeito. Por isto agora, em 2024, muitos gostariam de ter Clóvis Viola de volta, na condição de vice-prefeito de Luís Especiato (PT).

Fato é que

Clóvis Viola está fora da disputa. Então, o presidente do MDB – Garça – deu a entender que o apoio do seu partido poderá ir no sentido do pré-candidato José Luiz Penariol. Evidentemente, se houver sintonia política com ele.

Diante da

dificuldade de o MDB se preparar – sozinho ou com outros partidos – para disputar estas eleições apenas com sua chapa de vereadores, um emedebista tradicional lamentou melancolicamente: “Mais um barco à deriva”.

De 1968 

a 2020 são 13 eleições no município de Jales em que o MDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro participou.  

O partido 

disputou com chapa completa de “mandabrasas” em 8 delas, 4 como vice e, em 2020, preferiu participar de uma coligação com apenas chapa de vereadores. 

Agora 

em 2024, novamente o partido não lança chapa de candidatos próprios ou em uma outra chapa para o Executivo, e, segundo os analistas lá do botequim da vila, o partido terá que se empenhar dobrado para manter a cadeira no Legislativo.

Os petistas

farão sua convenção partidária no dia 4 de agosto de 2024. Nessa data vão oficializar a chapa a prefeito com Luís Especiato na cabeça. Para quem tem Lula (PT) na Presidência da República, o PT local está indo devagar.

Os analistas

lá do botequim da vila comentam que o PT vai disputar a Prefeitura para marcar presença, com o objetivo de não deixar o partido local cair no limbo. Comentam ainda que o PT jalesense não consegue se renovar.

No geral,

os partidos políticos locais estão cansados em termos eleitorais. Eles não renovam suas bases e assim – entra eleição, sai eleição – mostram-se repetitivos em suas filiações, candidatos, propostas e ações.

Isso faz os

eleitores comparecerem menos às urnas em cada eleição. E os eleitores que cumprem o seu dever cívico democrático acabam votando nos amigos candidatos, desprezando os políticos candidatos.

Nos últimos

cinco pleitos municipais, Jales pouco cresceu no tocante ao seu eleitorado. Em 2004, estiveram aptos a votar 35.188 eleitores. Em 2008, estiveram aptos a votar 36.811 eleitores. Houve um crescimento de 1.623 eleitores (4,61%).

No entanto,

em 2012 estiveram aptos a votar 37.217 eleitores. Em relação ao pleito anterior (2008), houve um crescimento de 406 eleitores (1,10%). Foi um crescimento menor, bem modesto.

No pleito

de 2016, estiveram aptos a votar 37.676 eleitores. Houve um crescimento de 459 eleitores (1,23%). E no último pleito (2020), estiveram aptos a votar 38.520 eleitores. Houve um crescimento de 844 eleitores (2,19%).

 Agora em 2024,

segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), temos 36.250 eleitores aptos a votar. Há uma queda expressiva de 2.270 eleitores (5,89%) por efeito da biometria. Resumindo, de 2004 a 2024, Jales ganhou apenas 1.062 eleitores.

De acordo

com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os gastos na campanha eleitoral de 2024 no município de Jales estão limitados a R$ 260.783, 61 para candidato a prefeito e R$ 29.708,03 para candidato a vereador.

Este ano

o Congresso Nacional aprovou R$ 4,9 bilhões para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), conhecido como Fundo Eleitoral, para o financiamento das campanhas eleitorais de 2024.

Esta fonte

de recursos públicos é a principal fornecedora de dinheiro para os partidos políticos, os candidatos a prefeito, a vice-prefeito e a vereador custearem grande parte das campanhas eleitorais.

Os partidos

também podem utilizar recursos do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, o chamado Fundo Partidário. Os partidos recebem mensalmente para manutenção geral, como pagar salários de funcionários, aluguel, água e luz.

Nas Eleições Gerais

de 2018, foi distribuído o valor de R$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral para as legendas financiarem suas campanhas. Nas Eleições Municipais de 2020, o montante distribuído foi de R$ 2,03 bilhões.

Nas Eleições Gerais

de 2022, a quantia distribuída atingiu R$ 4,9 bilhões. Agora, para as Eleições Municipais de 2024, como já foi dito, a quantia aprovada para o Fundo Eleitoral foi de R$ 4,9 bilhões. Ainda assim, há políticos desanimados em Jales.


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