José Reis Chaves
O nosso ego inferior está em luta constante contra o nosso Ego Superior que reage contra as nossas tendências para o mal originadas do nosso Id que nos influencia para satisfazer nossos desejos materiais e que é seguido pelo ego inferior, mas é freado pelo nosso Ego Superior que podemos chamar de Ego Espiritual ou individualidade (o espírito), enquanto que o ego inferior denominamos de personalidade (o corpo). Os dois travam uma luta constante em que, lamentavelmente, o nosso ego inferior é o que, mais vezes, sai vitorioso. A carne é outro nome para o nosso ego inferior. E a luta referida até parece aquela que muitos oradores religiosos costumam dizer que é uma luta entre Deus e os “daimones (no grego bíblico almas ou espíritos dos mortos, que podem ser bons ou maus). Porém, isso é um erro, pois Deus não luta com nenhum espírito, nem figuradamente.
Mas o que tem a ver com tudo isso o aborto? Vou dar um exemplo simples que já mencionei em outras colunas em que condeno o aborto, ou seja, o broto tenro meio branco e meio verde do grão de feijão, quando começa a germinar na terra. Esse grão de feijão brotado já é um outro pé de feijão, embora seja ainda muito novo que, por isso, tem que se ter muito cuidado com ele, a fim de que ele não morra. Tem que ser exposto à humidade e à luz solar controlada.
Pois bem, com a concepção de um novo ser humano ou de qualquer animal, depois da união do espermatozoide com um óvulo no útero materno, surge um novo ser humano muito tenro como nem o grão de feijão brotado, e a que se dá o nome de embrião e, depois, de feto. E assim como o grão de feijão brotado já é um novo pé de feijão, o embrião humano já é também um novo ser humano, inclusive, com o seu espírito já encarnado nele, e não em estado potencial, mas já atualizado de fato, o que, com o avanço da Ciência Médica, ficou ainda mais claro e convincente que já se trata mesmo de um novo ser humano. Ademais, com o aborto, ele é morto de modo cruel com uma injeção mortal, sem anestesia, no coração do novo ser humano. Em seguida, é esquartejado e tirado do ventre materno aos pedaços.
O Ego Superior da mãe, não quer que se faça o aborto, mas é derrotado pelo ego inferior que, por um lado, até aceita que é bom ter filho, mas sabendo que dá muito trabalho e muita despesa, decide eliminá-lo.
Para a Igreja, o espiritismo e quase todas as outras Igrejas Cristãs, o aborto é permitido quando há risco de morte para mãe.
Quanto à pena para um estuprador ser menor do que a da mulher que comete aborto, o que é outro assunto, para muitos juristas o estupro é um crime gravíssimo sim, mas não é um assassinato como no caso do aborto!
José Reis Chaves é professor de português e literatura formado na PUC Minas, jornalista, escritor, entre seus livros: "A Reencarnação na Bíblia e na Ciência" e "A Face Oculta das Religiões", Ed. EBM-Megalivros, SP, ambos lançados também em Inglês nos Estados Unidos e tradutor de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Kardec, Ed. Chico Xavier. contato@editorachicoxavier.com.br Cássia e Cléia. Programa “Presença Espírita na Bíblia, na TV Mundo Maior” e coluna no jornal O Tempo de Belo Horizonte. Vídeos de palestras e entrevistas em TVs no Youtube e Facebook.
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