Em 2023, cada contribuinte desembolsou R$ 63,67 para custeio do legislativo jalesense

 Por volta

das 10:30 horas, no domingo (24), batem-se palmas na frente da residência e este colunista vai atender. A pessoa se identificou, informou que estava fazendo uma pesquisa e indagou se poderia fazer algumas perguntas.

Não foi preciso

indagar o objetivo da pesquisa: política. Não foi preciso adivinhar que apareceriam nomes de pré-candidatos ao Poder Executivo do município, como Luís Henrique, Dalua da Sabesp e Luís Especiato.

O entrevistador

explicou: a pesquisa estava sendo feita por um instituto de pesquisa da cidade de Campinas (SP). Mas algo chamou mais a atenção, no final da entrevista. O entrevistador perguntou o nome e o número do telefone do entrevistado.

A razão sobre

o porquê da identificação do entrevistado (já que esse tipo de pesquisa é de cunho sigiloso) teve a resposta: o supervisor da pesquisa poderia ligar ao entrevistado para saber se a entrevista realmente havia sido realizada.

Isso lembra

a famosa expressão popular, utilizada pelos antigos agricultores portugueses, quando viam partes das suas plantações destruídas. Eles suspeitavam: “Aqui tem dente de coelho”. Este colunista repetiu mentalmente a expressão popular.

Na sessão

da segunda-feira (25), os vereadores discutiram e aprovaram o Projeto de Decreto Legislativo Nº 1/2024, da vereadora Ana Carolina Lima Amador (MDB), outorgando ao médico neurologista Valdir Cortezzi o merecido Título de Cidadão Jalesense.

O governo

federal, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, no dia 12 de março de 2024, anunciou a criação de 100 novos Institutos Federais de Educação no país. O objetivo é alcançar o total de 1.000 Institutos até 2026.

Espera-se

que Jales esteja em uma das listas futuras.

O Estado

de Mato Grosso do Sul, conforme foi anunciado, será contemplado com duas unidades do Instituto Federal de Educação (IFE). As novas unidades serão instaladas nas cidades de Amambaí e Paranaíba.

A cidade de

Amambaí, com 40 mil habitantes no município, localiza-se na região Sul do Estado de Mato Grosso do Sul. Fica a 90 Km da cidade de Ponta Porã e 50 Km da cidade de Coronel Sapucaia, ambas na fronteira com o Paraguai.

A outra cidade

contemplada, Paranaíba, com 42 mil habitantes no município, localiza-se no Leste do Estado de Mato Grosso do Sul (região próxima de Minas Gerais e São Paulo). A distância rodoviária entre Paranaíba e Jales (SP) é de 130 Km.

Embora a

decisão final dos locais para sediar os novos Institutos tenha sido do governo federal, a Reitoria do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) já havia feito um estudo de expansão dos Institutos no Estado e apresentado os nomes das duas cidades.

No caso de

Paranaíba, a escolha se deu devido à localização geográfica, distantes de outras sedes do IFE. E também por registrar uma taxa de crescimento populacional de 24% em função do avanço da indústria de papel e celulose na região.

Em dezembro

do ano passado, uma equipe do Instituto esteve em Paranaíba para apresentar o IFMS às autoridades locais. Destacou que as instituições federais de ensino têm produzido inovações para registro de patentes e têm reconhecimentos de produtos.

O investimento

de instalação dos Institutos será de R$ 25 milhões em cada município, sendo R$ 15 milhões para construção do campus e R$ 10 milhões para aquisição de mobílias e equipamentos. O município busca a área a ser destinada à construção.

É preciso

acreditar que meio ambiente, sustentabilidade, saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia são matérias importantes que se tornarão mais relevantes no futuro. Nossas lideranças têm que acreditar nisso. Sem isso, a humanidade não terá futuro.

Na quarta-feira

(dia 27), o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) divulgou que o Estado de SP tem 644 Câmaras Municipais (exceto a da capital) com 6.908 vereadores.  Elas consumiram R$ 3,70 bilhões em 2023. Mais 12,66% do que no ano anterior.

Os recursos

gastos pelas 644 Câmaras em 2023 – em custeio e pagamento de pessoal –, perante a população estadual estimada em 32 milhões de habitantes, representaram R$ 112,34 por habitante. Em 2022, representaram menos: R$ 99,69 por habitante.

Esse aumento

de 12,66% (que houve nas despesas das 644 Câmaras Municipais paulistas, de 2022 para 2023) foi superior à inflação de 4,62% medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Essas e outras

informações estão disponíveis na internet (no “Mapa das Câmaras”, no “site” do TCESP), sobre cada uma das 644 Câmaras Municipais paulistas, exceto a Câmara Municipal da capital que é fiscalizada pelo Tribunal de Contas do Município.

Há Câmaras

de municípios do mesmo porte que apresentam custos muito diferentes. Há Câmaras que custam mais do que os recursos próprios arrecadados pelos seus municípios. Estas Casas Legislativas dependem de repasses dos governos estadual e federal.

Por curiosidade,

em 2023 a Câmara de Jales, com 10 v
ereadores, gastou de custeio R$ 3,11 milhões (R$ 63,67 por contribuinte). A Câmara de S. J. do Rio Preto, com 17 vereadores, gastou de custeio R$ 30,10 milhões (R$ 62,59 por contribuinte).(foto/reprodução)

Observando

os números, os 10 vereadores de Jales e os 17 vereadores de S. J. Rio Preto custaram o mesmo valor por contribuinte. Porém, os 17 vereadores de S. J. Rio Preto custaram 10 vezes mais, em relação ao que custaram os 10 vereadores de Jales.

Tirem suas

conclusões. Mas, acima de tudo, uma coisa é certa. As Câmara Municipais, os vereadores e servidores utilizam dinheiro arrecadado dos contribuintes. Por este simples motivo, os contribuintes devem ser bem considerados e servidos.

Conforme o

PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), em 2022 o mundo desperdiçou mais de 1 bilhão de refeições por dia. Enquanto isso, um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar e 783 milhões de pessoas sofreram fome.

O desperdício

de alimentos prejudica a economia global, contribui para as perdas da natureza, para a poluição e para as mudanças climáticas. Dados mostram que o desperdício não é coisa de ricos. Ele ocorre até mesmo em bairros de classe média baixa.

Os estudos

sobre o assunto levam em conta as sobras de refeições e os resíduos (como cascas de frutas e ossos). Os produtos orgânicos desperdiçados podem servir para alimentar pessoas, para alimentar animais e para serem transformados em adubos.

Nas áreas rurais

é comum que os desperdícios sejam menores. Exatamente, porque as sobras de alimentos são destinadas aos animais de estimação, aos animais de criação e à transformação em adubos orgânicos.

Nas áreas urbanas

muitas dessas sobras vão parar nos aterros sanitários. As ações governamentais, empresariais e filantrópicas precisam se articular contra o desperdício, a partir da produção, colheita, embalagem, transporte e comercialização dos produtos.

Felizmente,

nos últimos anos, os estudos sobre o assunto vêm crescendo e sendo divulgados em todo o mundo. Com isto, um número crescente de autoridades e cidadãos influentes são sensibilizados. E brotam novos conteúdos, novas soluções.

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