Em reunião, deputado reforça demanda por vazio sanitário do algodão no Noroeste Paulista


Carlão conversa com o secretário estadual Guilherme Piai. "Medida visa reduzir incidência de praga que destrói plantações e causa prejuízos econômicos",

O deputado Carlão Pignatari reforçou, nesta terça-feira (26), em reunião com o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai Filizzola, a demanda de agricultores por adequação do prazo para o vazio sanitário do algodão no noroeste paulista -período em que os agricultores precisam eliminar a planta e qualquer resíduo para combater o bicudo-do-algodoeiro, uma praga que pode destruir plantações inteiras e gerar prejuízos econômicos e sociais.

"Reforcei ao secretário a necessidade dos agricultores por um período especial para o vazio sanitário do algodão no noroeste paulista. Ele afirmou que, em breve, será publicada uma resolução com um prazo especial para a região noroeste paulista", disse Carlão Pignatari. "Agradeço ao secretário Guilherme Filizzola e ao governador Tarcísio de Freitas por atender a nossa demanda, que é fundamental para os produtores de algodão do noroeste paulista", disse Carlão Pignatari.

O prazo acertado será de 10 de setembro a 10 de novembro. Atualmente, o vazio sanitário para a região e para todo o Estado de São Paulo está compreendido entre 10 de julho e 10 de outubro, o que prejudica a produção de algodão no noroeste paulista, principalmente em razão do clima, por ser diferente de outras regiões do Estado. Em anos anteriores, Carlão Pignatari também atuou para garantir a mudança, com sucesso.

"O clima na região sul do Estado é diferente do registrado no norte ou noroeste paulista. Então, o vazio sanitário do algodão precisa ser adequado ao período ideal para o noroeste paulista. De acordo com os cotonicultores, o vazio sanitário deve ser entre setembro e novembro, porque o cultivo da lavoura começa em dezembro e janeiro, garantindo segurança econômica, sanitária, agronômica e legal", disse o deputado.

Ao todo, a medida vai beneficiar produtores de 60 municípios do noroeste paulista. No período, eles devem limpar toda a área cultivada e acabar com qualquer resíduo da planta, inclusive rebrotes. Do contrário, a praga permanecerá no local, afetando cultivos futuros. A ação está em conformidade com o Programa Nacional de Prevenção e Controle do Bicudo do Algodoeiro, em vigor desde 2008.

O bicudo-do-algodoeiro é uma praga com alto potencial de destruição, podendo causar danos em diferentes partes da planta. Além disso, o inseto tem preferência pelas estruturas reprodutivas, nas quais perfura os botões florais para a alimentação e colocação de ovos, causando sua queda. "O bicudo-do-algodoeiro é a principal praga da cultura. Então, esse manejo é essencial para o sucesso do plantio e da colheita", disse o deputado Carlão Pignatari.

Produção

De acordo com dados da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, o Estado de São Paulo, que já foi um grande polo produtor de algodão e da indústria têxtil, vem retomando a atividade no campo há mais de cinco anos, com aumento de área plantada e volume de produção. A área plantada na safra 2022/23 foi de 11,7 mil hectares, quase 22% maior que o registrado no ciclo anterior, com aumento da produção.

Roupas, ataduras, cotonetes, estofados, óleo refinado, alimentação animal e até papel moeda são algumas das inúmeras aplicações do algodão, que historicamente, há registros de usos desde a civilização Inca, há milhares de anos. Desde 2019, a ONU (Organização das Nações Unidas) definiu o 7 de outubro como o Dia Mundial do Algodão, de forma a celebrar seu papel no desenvolvimento econômico do mundo todo.Cidades do Noroeste Paulista que serão atendidas com vazio  sanitário especial do Aalgodão

Cidades do Noroeste Paulista que serão atendidas com vazio  sanitário especial do Algodão

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