Folhageral: E o movimento que acontece há anos em torno da reivindicação para instalação do Instituto Federal em Jales caiu no esquecimento?

  Na segunda-feira

(dia 22), Jales perdeu o jornalista e diretor do Jornal de Jales, Deonel Rosa Júnior. Foi um choque para aqueles que o conheciam de perto. Ele se empenhava com solidariedade em prol das causas sociais de Jales.

Os vereadores 

de Jales vão realizar na segunda-feira (29 de maio) ,a última sessão ordinária deste mês. Eles vão votar três Projetos de Resolução. Um deles, criando a Frente Parlamentar em Defesa dos ServidoresPúblicos, Aposentados e Pensionistas do Município.

E outros dois,

criando a Frente Parlamentar de Proteção e Defesa dos Animais e a Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental e Emocional. Essas frentes visam unir interessados em discutir e melhorar políticas e ações relevantes para a sociedade.

Tendo em vista

que os políticos só costumam se unir sob pressão, inclusive para fazer debates com o povo, essas frentes precisarão que os vereadores Carol Amador, Bismark Kuwakino, Bruno de Paula e Hilton Marques arregacem as mangas.

Na segunda-feira

passada (dia 22), Jales perdeu o jornalista e diretor do Jornal de Jales, Deonel Rosa Júnior. Foi um choque para aqueles que o conheciam de perto. Ele se empenhava com solidariedade em prol das causas sociais de Jales.

Os jalesenses

também estão orando pelo estimado blogueiro Valdir José Cardoso, o “Cardosinho”, que está internado na Santa Casa de Jales. Pedimos ao Alto pela sua recuperação e volta ao convívio de todos. 

O Deputado 

estadual Luiz Claudio Marcolino (PT)  promoveu nesta sexta-feira (26) na Alesp, diálogo sobre a reivindicação da unidade do Instituto Federal (IF) para qualificar os jovens do ABC

A iniciativa 

do deputado atende apelos da população e da comunidade acadêmica por mais acesso à educação gratuita de qualidade para os jovens dessa região que tem sete cidades e cerca de três milhões de habitantes.

De acordo 

com o deputado, há cerca de 15 anos teve início a reivindicação para a instalação de um Instituto Federal. A luta teve início após a fundação da Universidade Federal do ABC, em 2005. O movimento luta para que o IF-ABC prepare os jovens para a nova a vocação industrial e de serviços dessa região do estado.

E o movimento

que acontece há anos em torno da reivindicação para  instalação do Instituto Federal em Jales caiu no esquecimento?  

O vereador 

Hilton  Marques (PT) que  trabalha junto ao deputado Paulo Fiorillo (PT)  com o objetivo conquistar o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia para Jales deve aproveitar o momento, que é propício,  para agilizar  a conquista junto ao governo federal.

Já que a 

 possibilidade da instalação da Universidade Federal do Noroeste Paulista – aprovada em todas as comissões da Câmara Federal e publicada  – em Jales, torna-se cada dia mais distante – já que os  interesses em lutar por ela são poucos ou nada  –  , nada melhor que trazer o IF para para compensar...

O último general

que presidiu o Brasil no Regime Militar Autoritário (1964 a 1985) foi João Batista de Oliveira Figueiredo, nascido no Rio de Janeiro. Ele fez parte da Cavalaria do Exército. Apreciava cavalos. Mas atuou em diversas áreas da carreira militar.

João Figueiredo

era considerado um presidente prepotente e ríspido, por não medir as palavras que dizia. Seu governo não obteve bons resultados na economia. No entanto, sua gestão foi marcada pela abertura do regime militar.

Em 15 de janeiro

de 1985, no recinto da Câmara dos Deputados,em Brasília (DF), houve eleição presidencial. O Colégio Eleitoral – composto por 686 representantes do PDS, PMDB, PDT, PTB e PT – teve que decidir entre duas chapas formadas por políticos civis.

A chapa do

partido de oposição ao governo – Tancredo Neves e José Sarney (PMDB) – venceu com 480 votos. A chapa do partido de apoio ao governo – Paulo Maluf e Flávio Marcílio (PDS)– perdeu com 180 votos. Houve apenas 26 abstenções.

Em 15 de março

de 1985 (dia da posse), o vice-presidente eleito José Sarney tomou posse na Presidência da República, aguardando a recuperação do presidente eleito Tancredo Neves, que na véspera fora internado em hospital com fortes dores abdominais.

Tancredo Neves

teve tratamento intensivo no Hospital de Base do Distrito Federal. Foi transferido em 26 de março para o Hospital das Clínicas de São Paulo. Mas não resistiu às enfermidades. Faleceu aos 75 anos de idade no dia 21 de abril de 1985.

Na Presidência

da República, José Sarney convocou a Assembleia Nacional Constituinte, composta por 72 senadores e 487 deputados, presidida pelo deputado Ulysses Guimarães (PMDB). Ela foi instalada no dia 1° de fevereiro de 1987.

Em 5 de outubro

de 1988, a nova Constituição da República Federativa do Brasil foi promulgada. Nesse dia, com esse evento, os políticos acabaram de enterrar a ditadura militar. E ratificaram o reinício da democracia no país.

Depois do óbito

do presidente eleito indiretamente Tancredo Neves, da promulgação da nova Constituição e do governo do presidente José Sarney, voltaram as eleições diretas, realizadas através dos votos dos cidadãos eleitores.

Sucessivamente,

exerceram a Presidência da República do Brasil, eleitos democraticamente: Fernando Collor (PRN), Itamar Franco (PRN), Fernando Henrique (PSDB), Luiz Inácio Lula(PT), Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

A safra dos que

foram presidentes após o Regime Militar não foi boa. Os eleitores tentaram acertar, escolhendo candidatos de partidos e perfis diferentes. Mas os presidentes não se dedicaram em resolverproblemas cruciais.

Atualmente,

voltam aos noticiários as discussões sobre o MST Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terras, suas reivindicações e invasões. Foi aberta uma CPI Comissão Parlamentar de Inquérito na última terça-feira, dia 23 de maio, na Câmara dos Deputados.

É uma estupidez

existir no Brasil trabalhadores rurais sem terras. O Brasil é o quinto maior país do planeta. Só perde para Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. Aqui, as terras e os climassão mais favoráveis. E a população não é excessiva.

A primeira

divisão territorial no Brasil aconteceu 1534. As terras coloniais portuguesas foram divididas em 15 grandes faixas e distribuídas em 14 capitanias hereditárias para serem administradas pelos capitães-donatários.

Com o tempo,

o Brasil se tornou um país independente. As terras foram se dividindo, gerando propriedades de diversas extensões. Criou-se o conceito de Estrutura Fundiária para conhecer melhor as pequenas, médias e grandes propriedades.

A Estrutura

Fundiária exerce forte impacto no desenvolvimento econômico e socialdos países.Conforme exista maior número de propriedades rurais – pequenas ou médias ou grandes – isso ajuda ou atrapalhao desenvolvimento dos países.

Não há uma

Estrutura Fundiária ideal. Conforme as características próprias de cada região, uma Estrutura Fundiária adequada deve ser estabelecida. Além disso, ela deve ser compatível com os interesses de vida, trabalho e renda da sociedade.

Os latifúndios

são propriedades rurais de grandes extensões. São valiosos – situados em regiões menos povoadas –, utilizados com alta tecnologia, sustentabilidade e respeito ambiental para finalidades agropecuáriase florestais em grande escala.

Os minifúndios

são propriedade rurais de pequenas extensões. São indispensáveis – situados em regiões mais povoadas –, utilizados na produção de alimentos de boa qualidade. Eles servem ao sustento dos agricultores familiares e das comunidades urbanas.

As propriedades

rurais de todos os tamanhos, quando bem localizadas e cultivadas, são muito úteis. Mas só de terras quase abandonadas – degradadas pelo mal uso – o Brasil tem cerca de 140 milhões de hectares. Uma área do tamanho de duas Franças.

Mas antes de

modernizar a agricultura, o Brasil precisa da reforma agrária. Todo país precisa fazer reforma agrária. Os Estados Unidos fizeram. Inglaterra, Holanda, Suécia, França, Itália e outros países europeus também fizeram.

Aqui no Brasil

a ignorância faz acreditar que reforma agrária é coisa de comunista. Que o MST é um movimento político contra o capitalismo. Então, é oportuno perguntar: por que não se faz uma reforma agrária capitalista também no Brasil?

Dados do INCRA

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, órgão do governo federal, mostram a péssima situação fundiária do Brasil em 2018. Verificando o BOX, nesta página, dá para ver como o Brasil está atrasado.

A quantidade

de 2.291.572 minifúndios com até quase 10 hectares (até 4 alqueires), ocupando 1,37% do total das terras rurais do país, parece muito pouca. A tendência mundial é ter muitos minifúndios produtivos próximos às cidades.

O número de



3.288.074 pequenas propriedades rurais com 10 a quase 100 hectares (4 a 40 alqueires), ocupando 14,12% das terras rurais do país, pode ser aumentada para produzir e exportar uma grande variedade de produtos de grande procura.

Por outro lado,

chama muito a atenção existência de apenas 46.422 grandes propriedades, com áreas de 2.000 hectares para cima (800 alqueires para cima), ocupando quase a metade (48,72%) das terras rurais do país. Isso é puro absurdo.

Chega-se à

conclusão que o Brasil não é um país capitalista. Nem socialista. Nem comunista. É um país desorganizado, que perde oportunidade de expandir, diversificar e melhorar sua produção rural para atender as demandas internas e externas.

Do Regime

Militar até hoje, todos os Presidentes da República eleitos pelo povo desmereceram a reforma agrária e o MST. Nem tentaram um começo. Provavelmente, o futuro presidente que resolverá isso ainda será criança. Ou ainda não nasceu.

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