Pesquisa da Embrapa Agropecuária Oeste incentiva aluno a ser cientista

 


 

Juan Gabriel conhecendo unidade de pesquisa da Embrapa

O estudante Juan Gabriel Correia Camargo, de apenas 12 anos, inspirou-se em pesquisa da Embrapa Agropecuária Oeste (Unidade de Pesquisa da Embrapa, localizada em Dourados, MS) e ganhou prêmios por dois anos consecutivos (2021 e 2022) na feira de ciências do IFMS, Campus Dourados, MS.E, nessa quarta-feira, 26 de abril, em Brasília, DF, foi homenageado pela Embrapa - durante Solenidade de 50 anos da Empresa - na categoria "Cientista do Futuro" (foto ao lado, com a homenagem em mãos). Ele foi um dos sete homenageados no Brasil pela Embrapa e o único estudante - entre eles, está Eliseu Alves, um dos fundadores, ex-diretor e ex-presidente da Embrapa.


A Embrapa realiza pesquisas para levar ciência ao campo e, consequentemente, à mesa das pessoas. O chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira, lembra que a missão da Empresa é “viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira.”


O gestor ficou orgulhoso ao saber que um estudante de apenas 12 anos, aluno do sétimo ano do ensino fundamental do Sesi/Dourados, foi premiado duas vezes na feiras de ciências, com trabalho inspirado na pesquisa desenvolvida por Rômulo Penna Scorza Júnior, da Embrapa Agropecuária Oeste, intitulada “Resíduos de Agrotóxicos em Águas do Rio Dourados, Mato Grosso do Sul” e por ter recebido homenagem da Embrapa. "Homenagem merecida. A Embrapa faz 50 anos com o lema 'Seu futuro inspira a nossa ciência. Nada mais certo que ter um pequeno cientista entre os homenageados. Prevejo que, daqui a 15 anos, teremos um novo pesquisador na Embrapa", disse Nonato. Durante a cerimônia, Juan falou ao cerca de 600 convidados que seu desejo agora é "ser pesquisador da Embrapa".


As premiações


O estudante concorreu com seu projeto na Feira de Ciência e Tecnologia da Grande Dourados (Fecigran), do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), em 2021 e 2022. Ele foi premiado e conquistou o primeiro e o segundo lugares ao longo dos dois anos em que participou do evento. O garoto sonha alto e quer participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), da USP. Somente agora, em 2023, ele terá idade para participar do concurso e já vem se preparando. 


Outro sonho era conhecer a Embrapa Agropecuária Oeste. Em dezembro, ele esteve na Unidade a convite do chefe-geral em 5 de dezembro de 2022. “Vou conhecer o laboratório [de Análises Ambientais]?”, perguntou Juan, eufórico, no carro a caminho do centro. “Sim, e o pesquisador também”, respondeu sua professora de história e orientadora de iniciação científica no Sesi/Dourados, Joice Souza Garcia. E os olhos do garoto brilharam.


Muito comunicativo, ele contou como chegou ao tema do projeto vencedor. “Eu gostaria de pesquisar peixes. Falei com os professores, e eles me deram a ideia de pesquisar sobre o rio Dourados. Procurando por fontes bibliográficas, encontrei uma reportagem que falava da pesquisa com agrotóxicos da Embrapa no rio Dourados. Aí achei a publicação”, explicou. “Por enquanto foi um trabalho de análise, com esses dados do relatório da Embrapa, que são bem completos. No ano que vem, pretendemos fazer essa análise em laboratório, porém vamos precisar de parcerias”, disse a professora.


Segundo Joice, além dela, também estão no projeto a professora Glaucia Campos e toda a equipe de gestão de educação do Departamento Regional da Unidade Sesi Dourados, o gerente de Educação Guilherme Jafar, a diretora Rose Liston, a coordenação pedagógica de Evandro Cegati, e o co-orientador, professor Fábio Gomes.


Juan chegou à Embrapa Agropecuária Oeste e foi recepcionado pelo chefe-geral (ao lado de Juan, na primeira foto desta matéria). Depois conversou com os chefes-adjuntos Walder Nunes (P&D), Erica Bonin (Administração) e Auro Otsubo (TT), e também com Carlos Vinícius Figueiredo, diretor-geral do Campus Dourados do IFMS, onde Harley Nonato de Oliveira conheceu o garoto na feira de ciências, em outubro do ano passado. Promovido anualmente, o evento faz parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e tem como objetivo o desenvolvimento de projetos de pesquisa por estudantes dos níveis fundamental, médio e técnico integrado de nível médio, de escolas públicas e privadas.


Em seguida, foram todos ao Laboratório de Análises Ambientais, onde foram recebidos pelo pesquisador responsável pelos estudos com agrotóxicos, Rômulo Penna Scorza Júnior, e pelo laboratorista Paulo Vitro. Ao longo da visita, Juan fez várias perguntas, observou tudo com atenção e fez diversas anotações em sua caderneta. Todos ficaram encantados com o estudante e parabenizaram tanto o aluno quanto a professora, além dos demais membros da equipe, pelo trabalho em prol da iniciação científica no Sesi/Dourados.


“Vemos que somos mais que ciência e tecnologia para o agro. A Embrapa é hoje informação que orienta e assegura, que inspira alunos a serem futuros pesquisadores, professores, extensionistas e cientistas e que tem buscado contribuir para o avanço desse grande País”, afirmou o chefe-geral da UD.

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