Dia Mundial do Transtorno Bipolar: diga não ao preconceito!

 A data tem como objetivo chamar a atenção para a doença, levar informação à população e eliminar o estigma social


divulgação


Nos dias de hoje, falar sobre tristeza e mau humor pode ser um desafio em uma sociedade que busca refletir e enaltecer constantemente ¨vidas felizes¨, principalmente nas redes sociais, nas quais os likes são geralmente feitos para imagens de pessoas alegres e aparentemente sem problemas. No entanto, é importante estar atento aos sinais sobre sua saúde mental e cuidar das emoções é essencial. O Dia Mundial do Transtorno Bipolar (30 de março) tem o objetivo informar a população, auxiliar na busca por tratamento e ajudar a combater o preconceito em relação a pessoas com este diagnóstico.
 

De acordo com a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de São Bernardo, Sueli Cominetti Corrêa (Psicóloga CRP 06/50926), o transtorno bipolar é caracterizado por ser um transtorno que envolve fases, ou seja, a pessoa apresenta fases/episódios de mania e de depressão. Essas fases/episódios ocorrem de forma relativamente clara e com tempo, frequência e períodos de remissão de sintomas e sinais, delimitados. O transtorno impacta em mudanças anormais de humor, energia e níveis de atividade, além de poder afetar a capacidade de levar adiante tarefas do dia a dia.
 

Na fase maníaca há euforia ou alegria exagerada -- desproporcional frente às situações, pessoas e objetos, aceleração das funções psíquicas e insônia frequente. Pode haver uma supervalorização do “eu”, irritabilidade e impaciência, agitação psicomotora e desatenção, desinibição social e sexual, além de perdularismo (consumo/gastos exagerados) e ideias de poder.
 

Na fase depressiva, além do abatimento emocional, apatia e autonegligência, a pessoa pode subestimar as próprias capacidades, ter alterações de apetite, sono, queda nas interações sociais e pensamentos relacionados à morte ou suicídio.
 

Sueli lembra: “É importante destacar que todos nós temos dias bons e ruins. Todos nós temos dias nos quais nosso humor pode se alterar. Não se trata de uma mudança de humor pontual, mas de um período caracterizado por um estado de ânimo eufórico ou depressivo; não há controle da pessoa; a presença e alternância das fases gera sofrimento e normalmente a pessoa experimenta muita crítica, descrença e incompreensão.¨
 

Há tipos específicos de transtorno bipolar, que levam em conta a intensidade das fases, duração de períodos de remissão (“normalidade”) e frequência das fases. Por isto, o diagnóstico é necessário para a escolha das melhores tratativas e para o acompanhamento farmacológico e psicológico.


Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), o transtorno bipolar afeta cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e os sintomas geralmente aparecem antes dos 30 anos, principalmente, entre 18 e 25 anos de idade. Para a especialista, o diagnóstico correto, o acompanhamento médico-psiquiátrico, o uso regular das medicações, a assistência psicoterapêutica do paciente e de seus familiares são determinantes para a eficácia do tratamento.
 

“Ainda existe muito estigma e preconceito no tratamento de transtornos mentais, o que dificulta o próprio diagnóstico pois o paciente pode se sentir retraído e inseguro para falar sobre seus sentimentos. É muito importante a empatia de amigos, familiares, gestores e sociedade e o devido encaminhamento para profissionais que possam acolher e atender devidamente a pessoa.” pontua Sueli.
 

Veja alguns sintomas da doença na fase de euforia:

-- Sensação de extremo bem-estar

-- Aceleração do pensamento e da fala

-- Agitação e hiperatividade

-- Diminuição da necessidade de sono

-- Euforia ou irritabilidade

-- Impulsividade

-- Ideias de grandiosidade e sensação de “poder”
 

Sintomas característicos da fase de depressão:

-- Alterações de apetite com perda ou ganho de peso

-- Humor deprimido na maior parte dos dias

-- Apatia, perda de interesse ou prazer

-- Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio

-- Sentimento de culpa ou inutilidade

-- Tendência ao isolamento tanto social como familiar

-- Ansiedade e irritabilidade
 

Para quem busca atendimento, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza serviços para pessoas em sofrimento psíquico, por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), com Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde geralmente começa o cuidado em saúde mental. Além dos Consultórios de Rua, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades de Acolhimento (adultos e infanto-juvenil) e serviços hospitalares.


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