Dezenas de ruas estão intransitáveis e pelo visto, a Prefeitura deverá passar os próximos 22 meses recapeando e tapando buracos nas ruas.
As chuvas
podem estar atrapalhando a operação tapa-buraco pelas ruas da cidade, mas se a Prefeitura não partir para a recape asfáltico de nada vai valer essa operação.
Dezenas
de ruas estão intransitáveis e pelo visto, a Prefeitura deverá passar os próximos 22 meses recapeando e tapando buracos nas ruas. A tendência é mais desgaste do pavimento asfáltico e consequentemente mais buraco.
Falando em
operação tapa-buraco e recape asfáltico, quando a Prefeitura vai dar início à troca daquela calçada ecológica na avenida Francisco Jalles que está uma verdadeira aberração.
Cheia
de buraco, os tijolos soltos, grama crescendo por entre os mesmos. Aquela calçada está uma vergonha para o slogan adotado para a cidade. Muita vergonha, diga-se.
O Índice
de Efetividade da Gestão Municipal (IEG-M) teve, no ano passado, o pior resultado desde o início da série histórica, iniciada em 2015.
Criado
pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) para medir o desempenho das Prefeituras, o indicador é composto por sete dimensões: Planejamento, Educação, Saúde, Gestão Fiscal, Ambiental, Cidade (Defesa Civil) e Tecnologia da Informação.
No levantamento,
o Tribunal examina dados de 644 municípios paulistas (todos, exceto a capital). Em 2022, pela primeira vez, a nota geral do IEG-M foi “C” (“baixo nível de adequação”), a mais baixa do indicador.
São cinco
as faixas de classificação: altamente efetiva (A); muito efetiva (B+); efetiva (B); em fase de adequação (C+) e baixo nível de adequação (C). Nenhuma cidade recebeu avaliação A e B+ — a maioria (447) obteve nota C. Na análise por áreas, a Saúde foi considerada C+ e a Educação, C.
Os resultados,
calculados a partir de dados de 2021, foram anunciados pelo presidente do TCESP, Conselheiro Sidney Beraldo, durante a abertura do Ciclo Anual de Aperfeiçoamento de Pessoal (Caapefis), encontro com servidores realizado na capital paulista.
“Infelizmente,
nossas administrações estão andando de lado. E isso preocupa muito porque não inventamos nada. Tudo o que perguntamos no IEG-M vem, por exemplo, do Plano Nacional de Educação, do Plano Nacional de Saúde, da Lei de Responsabilidade Fiscal”, declarou Beraldo.
As informações
para o cálculo do índice são fornecidas pelas administrações municipais e validadas, por amostragem, pelas equipes de Fiscalização do TCESP.
O IEG-M
foi um dos finalistas do prêmio Innovare, o mais importante da área jurídica no Brasil, tendo recebido menção honrosa em 2018.
O resultado
do Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEG-M) do Municiípio de Jales apontado pelo TCESP foi IEG-M C+ siginificando que está em adequação.
Os cientistas
que estudam o comportamento dos animais na natureza costumam detectar coisas surpreendentes. Eles constataram que os morcegos-vampiros compartilham suas refeições de sangue com seus amigos mal alimentados.
Os morcegos-vampiros
são mamíferos que se alimentam de sangue. Eles se mantêm vivos através de refeições de sangueque sugam furtivamente em bovinos, cabras, cavalos e outros. Eles precisam se alimentar pelo menos uma vez em cada período de três dias para sobreviver.
Das tentativas
de alimentação, quando voam à noite em busca de sangue, os morcegos-vampiros podem voltar para casa saciados ou com fome. Quem volta com fome é alimentado por um amigo que regurgita parte do sangue que conseguiu sugar.
Desse modo,
os morcegos-vampiros mudam de ação: quando podem, doam alimento; quando precisam, recebem alimento. Um morcego que ajuda outro morcego pela primeira vez, espera que depois tenha o favor retribuído e ambos se tornem amigos.
Esse comportamento
solidário dos morcegos-vampiros – de compartilhamento de suas refeições em grupos– tem efeitos notáveis. Afasta os efeitos incômodos e prejudiciais da fome. E evita riscos de morte por carência alimentar.
Esses mamíferos
voadores formam laços de amizade que duram anos. Os pesquisadores procuram entender melhor como esses animais passam a adotar relacionamentoscooperativos estreitos, nos quais muitas vezes abrem mão do que possuem.
Nas ocasiões
em que doam alimento, os morcegos não aproveitam para tirar vantagem. Eles não contabilizam quanto de alimento os outros morcegos ficam devendo. Eles não cobram juros, correção monetária e multas.
Entre os morcegos
não existem credores e devedores, superavitários e deficitários, ricos e pobres. Os grupos se formam e perduram estribados na solidariedade, na cooperação. Não existem classes econômicas, separadas por diferenças na posse de alimento.
É bem possível
que os seres humanos tenham praticado a solidariedade em grupos nas épocas primitivas. Mas com a evolução aprenderam novos costumes: bons e ruins. Um costume ruim: agir com egoísmo de modo brutal.
Os seres humanos
se multiplicaram e – agarrados cegamente ao egoísmo – construíram um mundo com minorias muito ricas e maiorias muito pobres. Uma tragédia, amparada hipocritamente em conceitos filosóficos, econômicos e jurídicos.
No ano passado,
em 20 de setembro de 2022, no primeiro dia da Assembleia Geral da ONUem Nova York (EUA), 238 ONGs procedentes de 75 países denunciaram que 345 milhões de pessoas no mundo estavam sofrendo fome aguda.
As ONGs estimavam
que no mundo uma pessoa estava morrendo de fome a cada quatro segundos. A indignação das 238 ONGs tinha propósito e endereço certos: sensibilizar os líderes representantes dos 193 países filiados à ONU.
Um relatório
da Oxfam, uma organização civil mundial, apontou que na pandemia (de 2020 para 2022) o número de bilionários no mundo cresceu de 2.095 para 2.668. E a fortuna deles aumentou de 8,92 trilhões de dólares para US$ 12,7 trilhões de dólares.
E é sabido que
durante a pandemia – no mundo, inclusive nos países desenvolvidos –um grande número de pequenos empresários e trabalhadores tiveram suas fontes de renda prejudicadas e foram empurrados para a privação de bens essenciais.
O estudo da Oxfam
revelou que, durante a pandemia, grandes empresas mundiais dos setores de energia, alimentação, tecnologia e medicamentos tiveram altos lucros, enquanto os salários dos trabalhadores ficaram estagnados.
Cinco das maiores
empresas de energia ligadas ao petróleo tiveram lucro de 82 bilhões de dólares em 2021: cerca de 2.600 dólares de lucro por segundo. Elas pagaram dividendos de 51 bilhões de dólares aos seus acionistas (62% do lucro líquido).
Os bilionários
do setor de alimentos tiveram sua riqueza coletiva aumentada em 382 bilhões de dólaresem 2021/2022. Um aumento de 45%. Surgiram 62 novos bilionários no setor. A maior empresa de alimentos teve em 2021 seu maior lucro: 5 bilhões de dólares.
As empresas
do setor de tecnologia já produziram homens muito ricos. Cinco empresas, entre as maiores existentes no mundo, são do setor de tecnologia. Elas lucraram 271 bilhões de dólares em 2021. Quase o dobro do que lucraram antes da pandemia.
As indústrias
farmacêuticas criaram 40 novos bilionários na pandemia. Algumas delas lucraram 1.000 dólares por segundo, graças aos monopóliosde vacinas. Elas receberam dos governos valores até 24 vezes mais altos do que o custo de produção das vacinas.
De acordo com
a Oxfam, os 10 homens mais ricos do mundo possuem mais riqueza do que os 40% mais pobres do mundo (3,1 bilhões de pessoas).E a riqueza dos 20 maiores bilionários do mundo é maior do que o PIB dos 47 países da África Subsaariana.
Também aqui
no Brasil, a renda e a riqueza produzidas por todos são compartilhadas com egoísmo, de forma injusta. Mas isso é mal compreendido pelos brasileiros. Os eleitores brasileiros idolatram políticos, imaginando que seus ídolos vão consertar o país.
É fora de época
defender com dentes e unhas políticos populistas de direita e esquerda, vinculados a conceitos surgidos na Revolução Francesa, há mais de 230 anos. Hoje há motivos de sobra para desconjurar sistemas políticos e econômicos ineficazes.
A ignorância
humana produz muita gente exaltada que discute problemas com falsas razões. Essa gente mal sabe aprender soluções com a natureza. Tal como aprender a cooperação dentro da espécie, como ensinam os morcegos-vampiros.
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