Em celebração ao dia 1º de Dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas lança nesta quarta-feira (30), o marco zero das futuras instalações do “Centro de Reabilitação Sérgio Tardelli”, que será instalado em um prédio anexo ao Ambulatório do hospital. O novo centro deverá beneficiar pacientes com HIV que tiverem indicação de reabilitação.
O projeto é uma parceria entre o hospital, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, a Agência de Notícias da Aids e seus apoiadores. A agência tem a intenção de buscar junto a parceiros da iniciativa privada apoio para compra de equipamentos de reabilitação, como esteiras, aparelhos de ultrassom, estação de musculação, pranchas e barras paralelas, entre outros. Já o hospital cederá uma área de 1.000 metros quadrados.
O Ambulatório do Emílio Ribas oferece acompanhamento a 8 mil pacientes, sendo que 75% deles são PVHIV (Pessoas Vivendo com HIV). Antes de entrar em funcionamento, o espaço passará por uma reforma que será conduzida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e que fará parte do pacote da 3ª e última etapa da reforma do hospital.
As equipes
A chefe da Reabilitação do Emílio Ribas, a fisioterapeuta Graziela Ultramari de Lima Domingues, será responsável pelo gerenciamento das equipes multiprofissionais do Emílio Ribas que atuarão no serviço. O centro é um “sonho antigo” dentro do hospital, com o projeto elaborado agora em conjunto pelas equipes de Reabilitação (fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos), Grupo de Neurociência, Grupo de Lipodistrofia (síndrome comum a pacientes com HIV e que causa um desequilíbrio na distribuição de gordura pelo corpo) e com o Setor de Medicina do Trabalho.
“É um projeto inédito, pois na cidade de São Paulo, por exemplo, não há nenhuma unidade de reabilitação específica para PVHIV”, afirma Graziela. De acordo com ela, pelo menos 70 atendimentos por dia poderão ser realizados. Uma parcela dos PVHIV do Emílio Ribas convive com complicações neurológicas, motoras, cognitivas e respiratórias.
A unidade também poderá receber pacientes de outras doenças atendidas no hospital, como Covid e HTLV (vírus considerado “primo” do HIV e que pode causar doença neurológica grave).
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