Servidores públicos não contemplados pelos reajustes salariais anunciados pelo governo de São Paulo entregam reivindicações a representantes da Assembleia Legislativa do Estado

 Ato na Alesp reuniu cerca de 200 representantes das categorias de auditores fiscais, oficiais da Polícia Militar e engenheiros, arquitetos e agrônomos do Governo do Estado

 

Servidores públicos não contemplados pelos recentes reajustes salariais anunciados pelo governo Dória realizaram ontem (29/3) uma manifestação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

 

O ato reuniu cerca de 200 servidores de diversas carreiras, representadas pelo Sinafresp (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de São Paulo); Defenda PM (Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar); Associação dos Oficiais da Polícia Militar; Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Estado de SP e Afresp (Associação dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de São Paulo).

 

Os participantes se concentraram na entrada do prédio, entregaram um manifesto pela inclusão das carreiras e debateram a inclusão com diversos deputados.

 

“O anúncio feito pelo governo de reajuste para todas as categorias não corresponde à situação atual. Estas categorias aqui hoje conosco, por circunstâncias legais, dependem de que o reajuste para elas se dê a partir de um reajuste a partir do salário do governador. Ele, no entanto, disse que não fará alterações em um ano eleitoral”, disse Marco Chicaroni, presidente do Sinafresp.

 

“Entendemos que o reajuste é a medida que, neste momento, traz mais garantias para a classe de auditores do estado que mais arrecada no Brasil, mas que tem a remuneração mais baixa entre seus pares, com uma defasagem de 35%. Não podemos depender de verbas precárias, que podem ser revogadas com uma canetada ou que criam distorções”, explicou.

 

Histórico de perdas
 

A situação de defasagem vai além da exclusão das categorias que participaram do protesto. O reajuste está previsto em projetos anuais que devem ser apresentados pela mesa da Alesp, o que não aconteceu em 2022. Além disso, o governador não reajusta seu salário desde 2019, limitando a progressão em outras categorias e causando perdas em relação à inflação, que acumula uma alta de 22% no período.

 

Desde 2011, a inflação chegou a 94%, enquanto o teto do executivo paulista teve apenas 23% de reajuste, com larga margem de perdas ainda sem recuperação, mantendo a categoria dos auditores fiscais paulistas na lanterna entre os estados brasileiros.

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