Artigo Segurança no processo anestésico cirúrgico

 Por Gabriel Redondano, Diretor-Presidente do GCA (Grupo Care Anestesia)


 

Crédito: Matheus Campos
Legenda: Dr. Gabriel Redondano, diretor presidente do Grupo Care Anestesia (GCA)



A segurança no processo anestésico cirúrgico tem sido considerada em todo o mundo um dos principais desafios na área da assistência da saúde. Em 2008, a OMS (Organização Mundial da Saúde) lançou a campanha “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”, divulgando um conjunto de cuidados para reduzir o risco de falhas e danos aos pacientes no procedimento anestésico cirúrgico.
 

No Brasil, resoluções contemplando diretrizes nesta área têm sido promulgadas ao longo dos anos. Um exemplo é a Resolução Nº 2174 de 14 de dezembro de 2017, em que fica estabelecida a necessidade de avaliação pré-anestésica em procedimentos cirúrgicos, bem como a obtenção de informações mínimas necessárias para a realização da anestesia, com o objetivo de reduzir e controlar os riscos envolvidos no procedimento.
 

O GCA (Grupo Care Anestesia), comprometido em oferecer um cuidado com segurança e excelência, adere a protocolos assistenciais com base nas melhores evidências e padrões de acreditação internacionais de qualidade e segurança.
 

A avaliação pré-anestésica está entre os protocolos aplicados pelo GCA. Neste são contemplados processos tais como consulta pré-anestésica para avaliação das condições clínicas do paciente, determinação do tipo de anestesia mais adequada, redução dos riscos clínicos de desfechos desfavoráveis voltados para a anestesia e esclarecimentos de dúvidas que envolvem o todo o processo. Para tanto, é necessário adotar uma sequência de procedimentos durante a consulta pré-anestésica:
 

Entrevista inicial: é o primeiro contato do paciente com seu médico anestesista, que irá conhecer a história clínica da pessoa, medicamentos de uso habitual, existência de alergias e outros problemas de saúde. Neste momento o anestesiologista irá orientar os cuidados necessários antes (como o jejum), durante e após a realização do procedimento anestésico. É a oportunidade de esclarecimento de dúvidas, como, por exemplo, como ocorrerá o controle da dor e como será feito o acompanhamento do anestesiologista no pós-operatório.
 

Avaliação das vias aéreas e classificação do risco cirúrgico: é realizada avaliação do paciente por meio de exame físico e aplicação de instrumentos para identificar possíveis dificuldades no processo de ventilação e intubação durante a cirurgia, o que auxiliará no planejamento anestésico. Caso o anestesiologista identifique alguma alteração significativa, capaz de interferir na segurança do procedimento, exames complementares são solicitados e até mesmo a introdução de medicamentos pode ocorrer, tudo para deixar o paciente em condições clínicas adequadas e minimizar os riscos identificados.
 

Solicitação de exames complementares: dependendo dos riscos identificados durante a avaliação do paciente e existência de doenças de bases significativas, o paciente deve ser submetido a uma avaliação mais criteriosa, sendo por vezes necessária a solicitação de exames específicos.
 

Termo de consentimento para realização da anestesia: este documento descreve que o paciente foi avaliado pelo anestesiologista, as avaliações necessárias para o procedimento anestésico foram realizadas e que as informações acerca do processo anestésico foram esclarecidas. Dessa forma, ao assinar o documento, o paciente atesta o processo de avaliação pré-operatória realizada pelo anestesiologista e autoriza a realização do procedimento.
 

Essas etapas são realizadas com todos os pacientes atendidos pelo GCA antes da sua entrada no centro cirúrgico. Em 80% dos casos a avaliação pré-anestésica ocorre dias antes do procedimento, em consulta exclusiva com o anestesiologista, com o objetivo de reduzir os riscos, desfazer mitos a respeito da anestesia e esclarecer dúvidas. Dessa forma, a família e o paciente chegarão para a internação melhor preparados e seguros.
 

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Crédito: Matheus Campos
Legenda: Dr. Gabriel Redondano, diretor presidente do Grupo Care Anestesia (GCA) afirma que a avaliação pré-anestésica está entre os protocolos aplicados pelo Grupo


 

Sobre o autor

 

Gabriel Redondano


Médico-Anestesista
Título Superior em Anestesiologia/TSA

Título Europeu em Anestesia e Terapia Intensiva (EDAIC)

Certificado de Atuação na Área da DOR (CAAD)

Pós-Graduado em Terapia Intensiva e Anestesia em Pacientes de Alto Risco
MBA em Gestão, Inovação e Serviços em Saúde, Diretor-Presidente do GCA (Grupo Care Anestesia)

Coordenador do Departamento de Anestesia do Vera Cruz Hospital -- Campinas


 

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