Etecs classificam 29 projetos para a edição de 2022 da Febrace

Drone desenvolvido pela aluna Rafaela Curcio, de Jundiaí, foi um dos vencedores da edição de 2021 (foto arquivo pessoal)

Trabalhos de 18 Etecs vão ser expostos durante a feira, que ocorre em formato híbrido, entre os dias 21 e 25 de março; evento é promovido pela USP

Estudantes e professores das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) de diversas regiões do Estado mais uma vez vão representar o Centro Paula Souza (CPS) na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). Ao todo, foram selecionados 29 trabalhos de 18 Etecs para disputar a final da 20ª edição do evento nas áreas de Ciências (Exatas, da Terra, Biológicas, da Saúde, Agrárias, Sociais e Humanas) e Engenharias.

A mostra é promovida anualmente pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), por meio do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI-Epusp). A feira ocorrerá entre os dias 21 e 25 de março de 2022. Nesse período, serão realizadas simultaneamente a Mostra Virtual de todos os projetos finalistas e a Mostra Presencial de até 70 projetos de destaque. A apresentação presencial ocorrerá no campus da Universidade de São Paulo (USP), na Capital. O formato híbrido da feira está condicionado às orientações das autoridades sanitárias em relação à Covid-19 vigentes em março do próximo ano.

Durante as mostras Virtual e Presencial, serão avaliados os trabalhos de destaque e identificados os primeiros, segundos, terceiros e quartos lugares de cada categoria. Os premiados recebem troféus, medalhas e certificados. Diversas instituições públicas e privadas oferecem prêmios, como estágios, bolsas de estudo, equipamentos eletrônicos, visitas técnicas e credenciais para participação em feiras nacionais e internacionais.

Entre os prêmios mais cobiçados estão as credenciais para estudantes de nove projetos selecionados representarem o Brasil na maior feira pré-universitária do mundo: a Regeneron ISEF (Internacional Science and Engineering Fair), com previsão de ser realizada em maio de 2022, nos Estados Unidos.

Na edição de 2021 da mostra, 13 Etecs participaram com 18 projetos. Um dos destaques foi o projeto estaques foi o projeto Água Automatizada: Desenvolvimento de um Drone à Base de Microcontroladores, da aluna Rafaela Curcio, do Ensino Técnico Integrado ao Médio (Etim) de Química da Etec Benedito Storani, de Jundiaí, vencedor na categoria Engenharia. A estudante também conquistou o terceiro lugar na Feira Internacional de Ciências Regeneron ISEF e o prêmio da Associação dos Engenheiros Politécnicos.

Confira aqui a lista dos trabalhos selecionados para a mostra de 2022. As unidades aparecem em ordem alfabética pelo nome do município onde estão localizadas:

Aluna de Etec se destaca em competição internaciona

Drone desenvolvido pela aluna Rafaela Curcio, de Jundiaí, foi um dos vencedores da edição de 2021O drone aquático que funciona como uma estação portátil para agilizar e melhorar o monitoramento da qualidade da água rendeu mais um prêmio para uma estudante da Escola Técnica Estadual (Etec) Benedito Storani, localizada em Jundiaí, Região de Campinas. Depois de vencer a 19ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) e o prêmio da Associação dos Engenheiros Politécnicos, a nova tecnologia ficou com o terceiro lugar na Feira Internacional de Ciências Regeneron ISEF. Sediada nos Estados Unidos, a competição contou com a participação virtual de cerca de 1,8 mil jovens de 65 nacionalidades.
Aluna do curso técnico de Química integrado ao Ensino Médio até 2020, Rafaela Curcio teve que superar alguns desafios para desenvolver o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Análise de Água Automatizada: Desenvolvimento de um Drone à Base de Microcontroladores. “Como o projeto envolvia muito mais a área de engenharia que a de química, fui obrigada a buscar conhecimentos em automação e programação em um curto espaço de tempo”, conta a estudante.

Envolto em uma esfera de isopor, o drone pode ser posto para flutuar em determinado corpo d’água – um lago, por exemplo. Tanto a locomoção do equipamento na superfície aquática quanto a coleta de informações a respeito das características da água são feitas remotamente, por meio de um computador ou até mesmo do celular, em tempo real. O projeto teve os professores José Roberto Cunha como orientador e Ricardo Murilo de Paula na coorientação.

“Vendo a Rafaela se desenvolver não apenas como pesquisadora, mas como divulgadora do próprio trabalho, já sabíamos que ela chegaria longe”, avalia Murilo.

Avaliação em inglês

Técnica recém-formada, já em 2021, Rafaela teve que recorrer à aulas particulares para romper rapidamente a barreira do idioma e passar pela avaliação da banca na competição internacional, que foi feita ao vivo, por videoconferência. “Quando descobri que estava classificada para a Regeneron ISEF, tive pouco mais de um mês para aprender inglês. Sabia apenas o verbo to be, que aprendi na escola”, confessa a jovem, que se mostrou surpresa com tantos bons resultados. “Não esperava alcançar tudo isso. Já fiquei radiante com o primeiro lugar na Febrace. Quando veio a premiação internacional, meu coração disparou e quase desmaiei.”

Rafaela procura ajuda para fazer melhorias e ajustes no drone e se mostra otimista em relação à continuidade do projeto. “Pretendo buscar parceiras, já estou conversando com algumas empresas e ONG’s (organizações não-governamentais). Creio que vou conseguir algum apoio.”







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