Folhageral: Não se pode discordar é sobre

 Alguns tucanos

de Jales que se inscreveram na prévia de domingo (dia 21) – para a escolha do candidato do PSDB à presidência da República – se mostraram frustrados com o enguiço do sistema eletrônico de votação.

Porém, o maior

problema do PSDB não é o aplicativo de votação. A direção nacional do partido conduz o evento de modo fechado à realidade política do país. Corre o risco de escolher um candidato sem a imagem esperada pelo eleitorado brasileiro.

Os vereadores

de Jales aprovaram, na segunda-feira (dia 22), um projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a alienar, mediante permuta, bens imóveis do patrimônio público municipal. Não houve discussão. A aprovação foi por unanimidade.

Causou estranheza

um e-mail enviado a esta coluna, informando que um ex-prefeito jalesense havia consultado um advogado sobre a “licitação aberta pela Prefeitura para a venda de 13 lotes para gerar receitas e quitar dívidas do Tesouro Municipal”.

Após receber

as orientações do advogado, o político teria feito – por e-mail ao Ministério Público – um pedido a suspensão da licitação para venda de uma área de lazer e de outra área verde, ambas no bairro Residencial Monte Líbano.

O e-mail dizia

ainda que: “Parece que a tal licitação foi suspensa, nos termos do Inquérito Civil nº. 14.0311.0001623/2021-1, que foi aberto”.  Pelo que se soube, a licitação foi realizada e a pretensão, tudo leva a crer, foi água abaixo.

Quem assistiu

a Sessão Ordinária da segunda-feira (dia 22), da Câmara Municipal de Jales, vai lembrar que o projeto de lei de alienação de imóveis foi anunciado e aprovado rapidamente. Demorou menos de um minuto. Foram 47 segundos. 

Não se pode



discordar é sobre o que disse o vereador Deley Vieira (DEM), foto, de que a Praça Euphly Jalles poderá decepcionar a população quando sua nova face for apresentada. Especialmente, os que viram a praça nascer, prosperar e alegrar a vida da cidade.

Faltou sensibilidade

aos agentes públicos municipais ao permitirem a total descaracterização da praça, como está sendo feita. Em vez disso, uma boa reforma com a volta da fonte renovada poderia cair em cheio no agrado da população.

A praça é do

povo { não foi consultado} e parece que o povo terá sua praça para tomar banho de sol. Área verde na praça, suficiente para amenizar o calor nos dias e noites quentes, poderá faltar. O povo é forte, vai suportar. Mas merece coisa melhor.

Nas redes sociais

dizem que há intenções de reativar a Feira Agrícola, Comercial, Industrial e Pecuária – FACIP. Os saudosistas estão vibrando com essa possibilidade. Talvez apareça uma ideia nova, uma festa remodelada, um evento preferível.

Na divulgação

do Prêmio Band Cidades Excelentes, em 20 de outubro passado, em São Paulo, Jales foi considerada a terceira melhor cidade no Pilar Educação, no Estado de São Paulo. Esta posição de destaque valoriza a cidade.

O sistema educacional

do Município de Jales foi premiado outras vezes. Vem ganhando relevo no cenário regional, estadual e nacional. É fruto do trabalho de educadores dedicados e competentes, desenvolvido por muitos anos.

Esse trabalho

evoluiu com Francisco Valdo Albuquerque (secretário da Educação 1983/1988), Élida Barizon (2003/2012), Lurdinha Marcondes (2017/2020) e Adriana Campos (atualmente). A comunidade jalesense conhece a importância dessas pessoas.

A Folha Noroeste

agradece aos leitores. Os acessos à leitura do jornal digital e as manifestações carinhosas enviadas renovam o entusiasmo da equipe. Hoje registramos nossos agradecimentos à jornalista Ana Purchio da Convergência Comunicação Estratégica.

Desde maio

de 2018, no Portal da Câmara dos Deputados (Brasília DF), uma enquete sobre a instalação da Universidade Federal do Noroeste Paulista (UFNP) no município de Jales está colhendo opiniões das pessoas.

O projeto de lei

3.266/2015, de autoria do deputado Vicentinho (PT/SP) foi aprovado em plenário e na Comissão de Educação, favorecendo a instalação da Universidade em Jales.

Dos internautas

que opinaram na enquete, 100% concordaram com o projeto. O ponto positivo para eles foi: “A UFNP alavancará o desenvolvimento desta região, que é a segunda mais pobre do Estado de SP, principalmente na oferta de cursos superiores gratuitos...”

A Agência Brasil

(Brasília SP), pertencente ao governo federal, em janeiro de 2018, divulgou dados do Censo Escolar de 2017 que apontaram muitas deficiências de infraestrutura nas escolas públicas brasileiras.

Na rede escolar

de ensino fundamental, somente 41,6% escolas eram servidas por rede de esgoto. A maioria delas (52,3%) utilizava fossa. E 6,1% delas não possuíam nenhum sistema de coleta sanitária.

Nessas escolas

de ensino fundamental, a maioria (65,8%) era servida de água pela rede pública. E 17,4% eram abastecidas por poço artesiano. As demais (16,8%) se serviam de água em cacimbas, poços, cisternas, rios, córregos e outros canais.

A tecnologia

não estava disponível em cerca da metade das escolas de ensino fundamental. Apenas 46,8% das escolas dispunham de laboratório de informática; 65,6% delas tinham acesso à Internet; 53,5% delas tinham Internet por banda larga.

Em muitas das

instituições de ensino público dedicadas a diversas faixas escolares, faltavam: biblioteca, berçário, creche, pré-escola, banheiro adequado, pátio, parque infantil, área verde e acessos facilitados para pessoas com mobilidade reduzida.

Educação é base

do processo de desenvolvimento nacional. As escolas, onde os jovens se preparam para construir o futuro, não deveriam estar nessas condições materiais. Nelas, as condições de infraestrutura deveriam ser de primeira categoria.

Infelizmente,

outros levantamentos mostram que as escolas públicas brasileiras também enfrentam outros problemas. Tais como: escassez de recursos didáticos (livros, cadernos e outros) e insuficiência de investimentos nos professores e servidores escolares.

Há também

os problemas – originados na sociedade – que ainda não tiveram solução nas escolas, tais como: indisciplina dos alunos, violência dos alunos com colegas e professores, evasão escolar, gravidez precoce.

Este cenário

péssimo das escolas públicas brasileiras é só um caso. A penúria se repete em outras realidades: no governo federal, na representação democrática, na justiça, nas forças policiais, na saúde, na gestão ambiental, na economia.

Há críticos que

atribuem essas tribulações somente a um político: o presidente da República Jair Bolsonaro, que tomou posse em 01 de janeiro de 2019. Outros críticos responsabilizam exclusivamente os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.

Mas estas situações

críticas afligem o Brasil há muito tempo e são bem conhecidas. As elites brasileiras (donas do poder e do dinheiro) nunca se interessaram em combatê-las. Tudo fizeram e tudo fazem para que tudo continue do mesmo jeito.

Nenhum dos

políticos que se apresentam para ocupar cargos eletivos realizarão o que prometem: dar as soluções aos problemas do país. Por isso, é preciso enfrentar um processo lento. O eleitorado tem que amadurecer, aprendendo a afastar os aventureiros.

O engajamento

em novas atividades de repercussões positivas no país, também é essencial. Estas oportunidades crescem em número e qualidade. Esta semana, a EMBRAPA anunciou resultados surpreendentes de pesquisas feitas no Nordeste brasileiro.

Pequenos produtores

rurais na região semi-árida do Estado do Ceará conseguiram recuperar solos agrícolas cansados e degradados com técnicas simples e baratas, utilizando insumos próprios, resultando em aumento de 70% na produção de milho e feijão.

Em uma área

de terra seca, uma antiga nascente foi recuperada e reativada. Em outra área, em processo de desertificação, o solo agrícola deu sinais de recuperação, indicando que pode a voltar a ser fértil e produtivo com a continuação dos cuidados.

Houve plantio

de mudas de árvores para sombreamento, utilização de plantas leguminosas para adubação verde rica em nitrogênio, aplicação de esterco de animais, cobertura das terras com palhas secas para retenção de umidade, cultivo de milho e feijão.

É bom lembrar

que em 2013 o governador Geraldo Alckmin lançou um projeto de incentivo financeiro (no valor de R$ 11 milhões) para recuperar 312 mil hectares de pastagens degradadas no Estado de São Paulo em 8 anos.

Naquela época,

o governo Alckmin estimava que 80% das pastagens paulistas apresentavam estados de degradação, variando de estados iniciais a avançados. Além disso, a recuperação das terras degradadas se baseava em técnicas caras.

A região de Jales

não é semi-árida. Tem terras cansadas fáceis de serem recuperadas. Elas podem gerar empregos e rendas, oferecer produção diversificada e superior. Mas não há organização nem estímulo. Os que podem (e devem) apoiar, não se interessam.

Comentários