Na Câmara
Municipal de Jales, o trânsito da cidade continua recebendo atenção. O vereador Ricardo Gouveia (PP) indagou ao prefeito Luís Henrique Moreira (PSDB) a possibilidade de implantação de um semáforo no cruzamento das Ruas 4 e 3 (foto).
A indagação
do vereador foi formalizada na sessão legislativa da segunda-feira (dia 23) e teve a justificativa de que naquele cruzamento acontecem acidentes de trânsito. O vereador se expressou que poderá haver outra solução para evitar acidentes.
Esse cuidado
com o trânsito é sério e relevante. Basta lembrar o tempo em que havia grande número de “passagens em nível”, ou seja, dos cruzamentos no mesmo nível entre caminhos, ruas, estradas e ferrovias. Nelas, muitas vidas se perderam.
Quando, afinal,
as soluções chegaram e beneficiaram muitos desses cruzamentos, as novas “passagens desniveladas” (por túneis e pontes) e os trevos (bem instalados e sinalizados) ofereceram o nível de segurança que todos desejavam.
Com a pandemia
se arrefecendo, a vereadora Carol Amador (MDB) quis saber se o Poder Executivo pretende manter em condições de uso uma das Unidades Básicas de Saúde de referência exclusiva para atender os casos confirmados.
Para o vereador
Deley Vieira (DEM), as unidades exclusivas para síndrome gripal devem ser mantidas. “Eu não concordo com volta à normalidade. As pessoas estão achando que acabou a Covid-19. Deixando o atendimento a uma só unidade, acho que em 15 dias volta a ter uma epidemia maior. Voltaram a fazer festa, aglomeração.”
De fato, apesar
da queda dos casos e mortes pela Covid-19, os técnicos alertam que a cepa Delta do coronavírus – que se propaga e se reproduz com maior rapidez – está mais presente nesta fase da pandemia e pode causar um novo surto, se houver descuido.
O prefeito de
Jales, Luís Henrique, esteve em audiência com o ministro- chefe da Casa Civil do Palácio do Planalto, Ciro Nogueira, tentando reverter o fechamento da Delegacia de Polícia Federal em Jales. Será muito bom que o pedido seja atendido.
O município
de Jales perdeu a sede de vários órgãos públicos. Para lembrar, o último foi a Agência da Receita Federal. Se continuar assim, Jales e os municípios circunvizinhos vão ficar na periferia, distantes de órgãos oficiais importantes.
O parlamentar
jalesense Elder Mansueli (PODE), dia destes, foi à ALESP (Assembléia Legislativa do Estado). Ele entregou ao deputado Márcio da Farmácia (PODE) um ofício em que solicita recurso de R$ 100 mil para a recuperação da ciclovia da Avenida Paulo Marcondes.
Os analistas
lá do botequim da vila, reagiram positivamente. “O que fazer durante este tempo de anormalidade? Isso mesmo. Se você nada pode fazer, nada faça. Se você pode fazer um pouquinho, persista fazendo esse pouquinho.”
Em Brasília DF,
no Senado Federal, na terça-feira (dia 24), o plenário aprovou a recondução de Antônio Augusto Aras ao cargo de Procurador-Geral da República por 55 votos a favor, 10 contra e 1 abstenção. Ele obteve um novo mandato de 2 anos como PGR.
O PGR atua
junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça). Pode propor ações de inconstitucionalidade e ações contra políticos que tenham foro privilegiado. É nomeado pelo Presidente da República e aprovado pelo Senado.
Na sabatina
que Augusto Aras teve na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, os interesses da nação e do povo foram irrelevantes. Os interesses dos políticos foram priorizados. Aras disse aos parlamentares o que a maioria deles queria ouvir.
Os senadores
ouviram Aras criticar a Operação Lava Jato e reprovar a divulgação das investigações criminais para o conhecimento público. Assim, ficou claro que os representantes dos brasileiros estão trabalhando em benefício próprio.
Esta semana
foi introduzida uma mudança no texto do novo Código Eleitoral, que tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília DF. A relatora, deputada Margarete Coelho (PP-PI), estabeleceu uma quarentena de cinco anos para certas categorias profissionais.
Nesse critério,
policiais, juízes, promotores e membros da segurança pública ficam impedidos de se candidatar até completarem 5 anos de afastamento do cargo. O ex-juiz Sérgio Moro fica sem poder se candidatar nas eleições de 2022.
Mas a restrição
atinge também militares e policiais, que participam de forma crescente nas eleições. Observadores políticos acham difícil isso ser aprovado. Os políticos sempre se fazem oportunistas, em favor deles mesmos.
O apelo na
mídia, feito por Juliana Maria Custódio (39 anos), moradora da região metropolitana de Curitiba, reflete as dificuldades sofridas por muitos brasileiros: “Nós podemos viver sem energia, sem internet e sem celular, mas não sem comida”.
Desde o início
da pandemia, ela não conseguiu trabalho de diarista. É uma das 14,8 milhões de pessoas que procuram emprego no país. Para se sustentar com os três filhos conta com a ajuda de programas sociais e mantém as crianças na escola.
Casos iguais
ao dela se repetem. São comprovados em levantamentos feitos por agências idôneas, como IBGE, UNICEF e FAO. Muitas famílias vivem com restrição alimentar moderada ou severa, sobrevivendo pela solidariedade de empresas, entidades e pessoas.
Há quem não
preste atenção nas aflições alheias e goste de se entreter com política. Pois é preciso dizer: essas aflições também são políticas. Não dá para separá-las das seduções, controvérsias e deslumbramentos comuns na política.
É duro admitir,
mas é preciso aceitar que o presidente, os deputados e os senadores que hoje dirigem o país – gastando dinheiro público e realizando o que lhes interessa – foram eleitos democraticamente por votos livres registrados nas urnas pelo povo.
Há 37 anos
foi inaugurada a Usina Hidrelétrica de Itaipu, localizada no Rio Paraná, entre o Brasil e o Paraguai. Com um reservatório de água de 1.350 Km2 e 20 turbinas geradoras de energia, foi a maior usina hidrelétrica do mundo por 21 anos.
Naquele ano
de 1984, o Brasil tinha 132 milhões de habitantes. Hoje tem 213 milhões (cresceu 62%). Porém, com os abusos no desmatamento e na exploração dos recursos naturais, é certo que hoje o país tenha menos água nas nascentes, nos rios e lagos.
Além disso,
existe uma relação entre a Floresta Amazônica e as chuvas, em razão dos Rios Voadores. São massas de ar úmido geradas pela floresta e disseminadas pelos ventos. São invisíveis, mas produzem chuvas no Brasil e outros países. Mas a Floresta sofre redução.
Assim, o país
tem hoje mais população e menos água facilmente disponível. A tendência, que já pode ser sentida, é a escassez de água e energia elétrica, intensificada pelas mudanças climáticas causadas pela emissão de poluentes.
O cenário futuro
próximo é amargo. Possivelmente, os brasileiros vão provar dele. Felizmente, há no Brasil soluções viáveis em níveis locais, regionais e gerais para o abastecimento de água e de energia elétrica.
Planos municipais
de restauração de matas ciliares e nascentes já existem no país, com ótimos resultados. Melhoram o abastecimento de água potável na cidade e no campo, contribuindo ainda para o repovoamento de espécies vegetais e animais.
Em matéria
de energia elétrica de origem eólica e solar, segundo informações do Ministério de Minas e Energia, o sol quente combinado com ventos fortes está transformando o Nordeste brasileiro num celeiro de energia limpa e renovável.
O terceiro
recorde de produção de energia elétrica no mês, gerada pela força dos ventos, ocorreu no dia 21 de julho de 2021. Foram 11.094 Megawatts, valor capaz de atender a quase 100% da região Nordeste no dia.
Por meio das
placas captadoras de energia solar, a geração instantânea de energia elétrica (pico) alcançou 2.211 Megawatts às 12:14 horas do dia 19 de julho de 2021. Um recorde suficiente para atender 20% da demanda de energia elétrica do Nordeste naquele momento.
A capacidade
instalada dos parques de aerogeradores no Brasil (milhares de cataventos no país) hoje está na marca de 19 Gigawatts. Superou à da Usina Hidrelétrica de Itaipu, que tem a capacidade instalada de 14 Gigawatts. E continua crescendo.
Também cresce
no país a capacidade instalada da energia fotovoltaica (instalações de grande, médio e pequeno portes). Hoje comemora a marca de 10 Gigawatts. Isto representa 70% da capacidade instalada da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Cuidar da
natureza, obter água limpa e produzir energia renovável significam segurança existencial, mais empregos, maior progresso. Será bom que todos observem: há dados suficientes para garantir o sucesso do país nessa direção.
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