Folhageral:- Não sabiam e não sabem o que é liderança..

 Os vereadores

Vanderley Vieira dos Santos “Deley” (DEM) e Bismark Kuwakino (PSDB) querem saber do prefeito Luís Henrique (PSDB) se há alguma programação para limpeza no perímetro urbano da cidade. Isso está precisando ser feito urgentemente.

Eles alegam que

esse serviço era feito em parceria com a TV Tem. Dizem que há tempos não é realizado um mutirão de limpeza para evitar condições favoráveis a criadouros do mosquito da dengue. E que “há risco de ocorrer uma epidemia de dengue em Jales, devido à quantidade de larvas do mosquito que são encontradas em diferentes pontos da cidade”.

A Prefeitura

tem, na área da saúde, equipes de combate aos mais variados tipos de infestantes de doenças. Mas os gestores nunca se preocuparam em formar uma equipe especial para combater a sujeira que os próprios contribuintes criam.

Os edis sugerem

que a Prefeitura faça uma parceria com as empresas de caçambas para uma limpeza geral de entulhos, para eliminar o que pode propiciar criadouros para o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana.

No último sábado

(dia 24), o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), acompanhado do presidente da Alesp – deputado Carlão Pignatari (PSDB) e outros parlamentares – fez um “tour” por Fernandópolis, Votuporanga, São José do Rio Preto e outras cidades de menor porte.

Houve inaugurações

e liberações de recursos em todas as cidades visitadas, sendo que Fernandópolis, Votuporanga e São José do Rio Preto foram as mais beneficiadas. Nem poderia ser diferente porque elas têm mais força política eleitoral.

Essas visitas de

caráter político, brindadas com inaugurações e liberações de recursos, revelaram claramente a ausência de Jales da lista de participantes. Isso fez com que os analistas lá do botequim da vila trocassem opiniões imediatas à distância.

Segundo eles,

é provável que Jales deva receber uma visita especial do vice-governador Rodrigo Garcia com o presidente da Alesp. Um candidato a candidato a governador do Estado não vai deixar de lado esta Região de Governo com 22 municípios.

Os analistas ainda

discutiram sobre a possível criação do Aglomerado Urbano dos Grandes Lagos, envolvendo Fernandópolis, Jales, Votuporanga e demais municípios, perfazendo a população total de quase 500 mil habitantes.

Quando isso

acontecer, vai facilitar a discussão do desenvolvimento integrado dos municípios e a instalação de projetos regionais sobre educação, saúde, infraestrutura, meio ambiente, turismo, agronegócio, cultura, lazer. A articulação política será fundamental.

O muito provável

Aglomerado Urbano dos Grandes Lagos tem previsão para ser implantado em Votuporanga com o total de 48 municípios (14 de Votuporanga, 12 de Fernandópolis) e os 22 de Jales com um PIB total de R$ 4,28 bilhões. Parece que não é nada mais é muito.

Este ano (maio),

em audiência pública em Votuporanga, a cidade foi indicada para sede do novo Aglomerado Urbano. O deputado estadual e presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), disse: “Sempre sonhei e tive certeza de que um dia nossa região seria vista e reconhecida pelo que é: grande, desenvolvida e com enorme potencial”.

O sonho maior

do ex-prefeito da “Cidade das Brisas” poderá começar a se concretizar. Jales poderá perder a denominação de Região de Governo (que une 22 municípios) conquistada há décadas?. Foi dos pontos na discussão dos “analistas”,.

Se Jales já

perdeu o viço político de antes, se o município agora só é lembrado em época de eleição, será preciso que as correntes políticas locais aprendam a se unir para focar as políticas estadual e nacional, visando puxar a sardinha para a sua brasa.

As eleições gerais

de 2018 foram um grande exemplo. Jales contava com deputados estaduais e federais, ainda que não filhos da terra. Mas as corretes políticas locais se dividiram e os eleitores votaram em nomes de candidatos que nunca passaram por aqui nem de avião.

As lideranças

políticas locais não podem continuar errando, permitindo que o eleitorado dilua a força eleitoral do município para depois pagar o ônus do erro. Quando na nova configuração regional (Aglomerado Urbano), a articulação política deverá ser maior.

Na edição passada,

o jornal A Tribuna deu a manchete de que a Delegacia de Polícia Federal em Jales poderá ser fechada. A Vara de Justiça Federal de Jales já esteve na berlinda, originando um corre-corre para evitar a transferência para Araçatuba.

Para os

“analistas” a situação da Delegacia da Polícia Federal é preocupante. Lembraram que Jales perdeu recentemente a Agência da Receita Federal e vêm perdendo há décadas importantes órgãos oficiais. Erros políticos  que não podem ocorrer. 

Se Jales

perder o status de Região de Governo. não fará diferença. Os gestores do municipio  já  há alguns anos   nunca ousaram devolver ao Município seu poder de liderança, perdida e não reconquistada. Não sabiam e não sabem o que é liderança..

Em todo o país

a política anda vagarosa, cansativa, desalentadora. Nos estados, municípios e distrito federal a maior preocupação dos políticos em cargos eletivos é a pandemia. A aplicação de vacinas, a propagação do vírus e o número de mortes exigem atenção.

Na capital do

país, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sente a pressão da CPI da Pandemia (no Senado Federal) e das manifestações do povo (nas ruas). Para se proteger de abertura de processo de “impeachment”, faz mais uma reforma ministerial.

Em 2,5 anos de

governo, trocar titulares de cargos no primeiro escalão virou uma rotina improdutiva e escandalosa. Como houve nos ministérios da Educação e da Saúde. As escolhas do presidente não seguem critérios seguros.

Desta vez, ele

escolheu o senador Ciro Nogueira (PP-PI) – presidente do Progressistas e integrante ativo do Centrão – para ser ministro-chefe da Casa Civil, o ministério mais relevante do Palácio do Planalto. E deslocou o general Luiz Eduardo Ramos para outro cargo.

Com este ato,

o presidente deu mais poder ao Centrão, o bloco de partidos políticos sem ideologia mas com ambições. E reduziu o poder dos militares no seu governo. Alguns comentaristas disseram que agora “o governo de Bolsonaro acabou”.

Faltando 17 meses

para o governo terminar, o que se vê é o presidente fazer política para se manter no poder. Em matéria de realizações, o governo só capenga. E no Congresso Nacional os deputados federais e senadores só trabalham para que tudo nada mude.

O país tem muito

para realizar. Antes da pandemia (2017 e 2018), o IBGE constatou que 10,3 milhões de brasileiros passavam fome, entre os quais 6,5 milhões eram crianças menores de cinco anos. Com a pandemia, esses números quase dobraram.

A quantidade de

desempregados à procura de trabalho, antes da pandemia (2018), era de 12,2 milhões de brasileiros. Com a pandemia, esse número de desempregados saltou para 14,0 milhões. Num país grande (em espaço e riquezas) isso é ilógico.

Fome e desemprego

não acontecem por acaso, por causas naturais. Não é certo achar que fome e desemprego são castigos irremovíveis. Gerar oportunidades de ocupação e renda requer políticas econômicas certas e desenvolvimento sócio-econômico.

Para simples

comparação, a Noruega é um país montanhoso e frio com cinco milhões de habitantes, localizado no Norte da Europa. Lá a renda per capita é das melhores do mundo. É mais de oito vezes a renda per capita dos brasileiros.

Aqui no Brasil

há números que assustam. No Congresso Nacional são 594 parlamentares (81 senadores e 513 deputados federais). Em 2018, em números arredondados, o Congresso Nacional tinha 20 mil servidores e gastou em despesas 11 bilhões de reais.

O número de

servidores no Congresso Nacional é maior do que a população de 68% dos 5.570 municípios brasileiros. E no montante da despesa, o Congresso Nacional do Brasil é considerado o segundo mais caro do planeta.

A expectativa de

mudanças necessárias ao país é desanimadora. Nas pesquisas eleitorais para presidente aparecem sempre os mesmos nomes: Ciro Gomes, Guilherme Boulos, Jair Bolsonaro, João Amoêdo, João Dória, Lula, Luiz Mandetta, Sérgio Moro.

E existe a polarização

eleitoral entre Bolsonaro (sem partido) e Lula (PT). Apesar disso, ambos têm índices de rejeição elevados. Quem quer a “terceira via” deseja o surgimento de um candidato que quebre a polarização no primeiro turno em 2022, ficando em segundo lugar.

Mas até agora,

neste país de 212 milhões de habitantes, não há no horizonte a figura de um político capaz de ganhar a confiança do eleitorado, romper a polarização entre direita e esquerda, podendo competir com força no segundo turno em 2022.

Evidentemente,

além ser preciso acontecer mudanças estruturais no país, será indispensável haver mudanças éticas e comportamentais. A corrupção tem que ser rejeitada, a desonestidade tem que ser retirada da política e da sociedade.

Os incêndios

florestais ocorrem todos os anos em várias partes do mundo, causando enormes prejuízos econômicos, sociais e ambientais. Regiões da Europa, Estados Unidos, Canadá, Brasil e outras sofrem grandes incêndios anualmente.

A boa notícia

vem da tecnologia. Satélites de vários tamanhos podem observar as regiões florestais, coletar dados e prever os incêndios antes que eles aconteçam, com dias de antecedência e alto índice de acerto. Isto já está começando a ser feito.

Da área original

das florestas do planeta (64 milhões de Kim2) restam apenas 15 milhões de Km2. Ou seja, restam cerca de 23%. As melhores (exuberantes, ricas e diversificadas) são as florestas tropicais. Quem ainda as tem, deve dar muito valor.

Os parques

nacionais brasileiros são unidades de conservação e proteção naturais, onde se fazem pesquisas científicas e visitações públicas com fins educacionais e turísticos. O Brasil detém um grande e diverso patrimônio natural, em diferentes regiões do seu território.

A potencialidade

turística do patrimônio natural brasileiro é reconhecida mundialmente. Muitos brasileiros, como os de Bonito (MS), sabem bem disso na prática. Mas há outros que destroem a riqueza existente para formar pastos e criar gado até esgotar a fertilidade do solo.

Estudo recente

mostra que os parques nacionais brasileiros podem aumentar os visitantes turistas, dos 13 milhões em 2019 para 56 milhões anualmente. E elevar a receita, de 0,14% para 0,61% do PIB, gerando um milhão de empregos diretos. De forma limpa e sustentável.

Comentários