Heveicultura vai voltar a crescer em SP preveem lideranças do setor


Itamar Borges, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, e Francisco Matturro, secretário-executivo da Pasta, recebido em audiência pelo Presidente da Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha (Apabor), Fábio Magrini; Fernando do Val Guerra e Diogo Marques Esperante, diretores da entidade. A reunião ocorreu nesta segunda-feira, 28 de junho, e contou com a presença de Alberto Amorim e Ariel Mendes, membros da Assessoria Técnica da Secretaria.

O Estado de São Paulo é o maior produtor nacional de borracha natural e responde, segundo o IBGE, por 68,2% do volume total produzido no País. Em 2020, a borracha ocupou a 19ª colocação no ranking do Valor da Produção Agropecuária do Estado, com valor superior a R$ 639 milhões, conforme levantamento realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA). Em relação ao número de propriedades agrícolas, de acordo com o Censo Agropecuário Paulista (LUPA 2016/17), o estado registra 6.886 Unidades de Produção Agropecuária (UPAs) com seringais, ocupando área de 132.659,12 hectares. Esse levantamento também apontou que a heveicultura está presente em 305 municípios paulistas, sendo que em torno de 10% deles somam 50% da área estadual. A heveicultura encontra-se entre as principais culturas das regiões de Votuporanga e Fernandópolis, São José do Rio Preto, que é conhecida como a capital da borracha.

São Paulo é o único estado da federação que reúne todos os elos da cadeia produtiva: produtores, beneficiadoras e pneumáticas. Toda essa estrutura estava pressionada em função de uma alternativa que obrigava os produtores paulistas para adquirir mudas cultivadas em viveiros elevados. Essa orientação apresentada-se impraticável porque essas mudas não se desenvolviam quando transportadas para o solo.

Preocupados com a falta de mudas, em um momento em que os grandes players mundiais também estão presentes sua produção, os dirigentes da Apabor procuraram a Secretaria. A partir de estudos envolvendo técnicos da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), pesquisadores e representantes do setor, e após uma consulta pública realizada pela Pasta, foi elaborada uma nova resolução que busca a sanidade das mudas, independente do processo de cultivo.

De acordo com Fábio Magrini, uma reunião foi um avanço para a heveicultura do Estado. “Com essa resolução, vai aumentar o plantio de seringueira, vai voltar a gerar emprego, essa era uma medida que nós vínhamos sonhando há anos atrás e agora, com o secretário Itamar, foi possível realizar”, concluiu.

Para Amorim, a reunião foi muito positiva. “O Estado buscou formas de incentivar a produção, sem descartar a questão da sanidade, que é de importância para toda a cadeia. Hoje, demos um passo gigantesco nessa direção ”, ressaltou.

“A resolução vai trazer segurança jurídica para os produtores, ela representa um avanço, mas nada será perdido, uma pesquisa contínua, só estamos nos alinhando às fontes fornecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, afirmou Itamar Borges, destacando que a resolução deve ser publicada no Diário Oficial nos próximos dias.

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