Opinião: Sem reencarnação, a salvação é impossível

 


José Reis Chaves, jornalista e escritor, professor de português e literatura formado na PUC Minas, colunista espírita semanal no diário  O TEMPO, de Belo Horizonte 

Quando Jesus fala sobre o símbolo da nossa salvação ou libertação, ou seja, a passagem pela porta estreita, Ele disse: Muitos querem passar por ela, mas não podem. É muito claro que é porque eles ainda não têm evolução espiritual e mérito suficientes para a atravessar. E até ousamos dizer que, por enquanto, uns nem querem passar por ela, pois, nem sequer pensam nisso.

 Jesus Cristo veio ao nosso mundo para diminuir a distância que nos separa de Deus e, consequentemente, para acelerar a nossa busca de felicidade.  Não é bem, pois, como os teólogos judaico-cristãos primitivos pensavam, entre eles, são Paulo, que os sacrifícios eram agradáveis a Deus e que, por isso, Ele perdoava os nossos pecados. E, assim, eles consideravam a morte de Jesus na cruz como o maior e melhor sacrifício do mundo e que, pois, anulava todos os nossos pecados. Uns teólogos até ensinam que esse sacrifício de Jesus na cruz lavou os nossos pecados, como se Deus fosse um espírito atrasado e vampiro que se deleita com sangue, o que seria uma visão completamente errada sobre Deus! Que são Paulo e seus seguidores, portanto, me perdoem, mas se essa doutrina judaica de sacrifícios agradáveis a Deus fosse verdade, teríamos que concluir que Deus gostou da morte de Jesus na cruz e mesmo que Deus estaria por trás de toda a trama que levou Jesus à cruel morte na cruz, o que seria um absurdo!

 Jesus veio ao nosso mundo, e já nos referimos parcialmente a isso, com a missão especial de nos trazer o Evangelho ou Boa Nova, que é um código de moral que acelera a nossa evolução espiritual. Foi, pois, para isso que Jesus, o homem Messias, foi enviado de Deus ao nosso planeta. Já a sua morte na cruz foi um grave erro, e até diríamos que foi o maior pecado do mundo cometido pelos judeus, seus contemporâneos, que, com seu livre-arbítrio, tramaram a chamada paixão e morte de Jesus na cruz. Mas não os condenemos por isso, pois, pensavam que estavam certos. Aliás, o próprio Jesus pediu a Deus que os perdoasse, pois que eles não sabiam o que estavam fazendo. E mais, Ele nos ensinou também que não devemos condenar ninguém, para não sermos igualmente condenados.

 Se temos que vivenciar o Evangelho para sermos libertados, e a misericórdia de Deus é infinita e com sua sabedoria e amor, também infinitos, Ele sempre nos dá novas oportunidades de regeneração, quantas forem necessárias, para que seu projeto de salvação do mundo, e não somente de uma parte das pessoas, se torne uma realidade.

 E o que seriam, racionalmente, as novas oportunidades de nossa libertação senão as reencarnações? Realmente, se elas não existissem, seria impossível a nossa libertação, pois, entre os salvos, não há lugar para os espíritos ainda impuros, os quais são nossos irmãos que são ainda demônios maus, isto é, ainda pouco evoluídos!  

PS: “Tradução do Novo Testamento” completo por este colunista: contato@editorachicoxavier.com.br e (31) 3635-2585.

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