A vez da economia circular



 José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, Docente da Pós-Graduação da UNINOVE e Presidente da Academia Paulista de Letras – 2019-2020.

Esta década é muito importante para o futuro do planeta. Tudo o que se fizer na Terra precisará se submeter à tríade ESG, sigla para evidenciar a preocupação com o ambiente, com o social e com a governança. 

A sustentabilidade não pode ser mais um verbete para a retórica e para o marketing. Tem de ser levada a sério. Em todos os níveis, por todas as pessoas. Os recursos naturais chegaram à exaustão e a destruição da floresta, com os incríveis incêndios do Pantanal, área líquida por excelência, evidenciam o desastre absoluto.

Algo que os municípios devem fazer é pensar em logística reversa e em economia circular. Aquilo que as empresas produzem precisa ter um acompanhamento efetivo, até que o material retorne à origem. É sintoma de ignorância e de subdesenvolvimento a existência de lixões. Ou o dispêndio de bilhões em sistema de coleta e armazenamento de dejetos sólidos. 

Dentre eles, o chamado e-lixo. Vive-se na irreversível imersão na Quarta Revolução Industrial e o Brasil produz dois milhões de toneladas de e-lixo a cada ano. O e-lixo é constituído de equipamentos obsoletos como computadores, notebooks, tablets, celulares e acessórios. Fios, teclados, mouses e carregadores. 

Desse total apenas 2% são descartados corretamente. Por isso a criança, mais sensível e preocupada com o ambiente do que uma geração ávida por desperdiçar e descartar, precisa aprender o que é economia circular. Não se joga lixo, principalmente o e-lixo, em qualquer lugar. Ele precisa ser destinado a locais próprios e capacitados a desmontá-lo. O material jogado fora precisa retornar para a indústria e servir de matéria-prima para a fabricação de novos produtos. 

Se isso vier a ser feito, o ambiente agradecerá e a economia permitirá o enfrentamento de outras deficiências de uma sociedade complexa e hoje tão atacada por inúmeras crises, das quais a pandemia não é a menor. 

Há o movimento Greenk, resultante de geek + green, cuja missão é conscientizar as pessoas sobre o descarte correto de eletrônicos. Veja como funciona em www.greenk.com.br

Ajude a natureza e ajude o seu próximo. O mundo tem de ser melhor.

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