Por
meio da imprensa e de todas as discussões públicas sobre o tema, as
operadoras de telecomunicações associadas à Conexis Brasil Digital (nova
marca do SindiTelebrasil), têm tomado conhecimento acerca de possíveis
restrições à participação de fornecedores de equipamentos no processo de
implantação das redes 5G no Brasil. Diante do nosso papel fundamental
na implementação da tecnologia no país, e preocupadas com as incertezas
geradas por essas discussões, ressaltamos a necessidade de transparência
de todo o processo, prezando assim pelo princípio fundamental da livre
iniciativa presente em nossa Constituição Federal.
Esse ambiente
de incertezas pode impactar o desempenho do setor, pois eventuais
restrições implicarão potenciais desequilíbrios de custos e atrasos ao
processo, afetando diretamente a população. Questões como preço, escala
mundial e inovações tecnológicas dos fornecedores hoje presentes no país
são determinantes para que as melhores soluções e custos competitivos
do serviço possam ser oferecidos pelas operadoras aos cidadãos.
Importante
lembrar que todos os fornecedores globais já atuam no país nas
tecnologias 4G, 3G e 2G. Uma eventual restrição a fornecedores do 5G
pode atingir também a integração com a infraestrutura já em operação,
com consequências diretas nos serviços oferecidos e custos associados,
mais uma vez prejudicando os cidadãos brasileiros usuários dessa
infraestrutura.
É necessário ainda ressaltar que as operadoras,
em sua grande maioria, são empresas de capital aberto e a transparência
das discussões é fundamental para gerar segurança aos investidores e
seguir atraindo novos investimentos para o país.
O 5G será um dos
principais marcos da revolução tecnológica em curso e um vetor
fundamental de crescimento do país. Por isso, um debate amplo e o
caráter técnico das decisões associadas serão fundamentais para o futuro
da economia brasileira.
As principais operadoras do país possuem
ampla expertise técnica e grande experiência nos mais elevados e
críticos quesitos de privacidade e segurança de rede, e podem contribuir
com soluções técnicas eficazes nas discussões que envolvem toda nossa
cadeia de produtos e serviços, preservando a segurança do país.
Por
fim, cumpre-nos destacar que representamos cerca de 4% do PIB e já
investimos no país mais de R$ 1 trilhão de reais desde a privatização, o
que nos permitiu dar uma resposta robusta à atual crise. Somos um setor
que emprega quase 2 milhões de profissionais, diretos e indiretos, e um
dos que mais contribuem com pagamentos de tributos ao erário público.
Prezando
pelo diálogo, reforçamos nossa disposição para contribuir nesta
relevante construção da política pública, que levará o Brasil ao futuro
com o 5G, e pavimentará a economia 4.0 no país, garantindo continuidade e
evolução aos serviços essenciais prestados por nosso setor a toda a
população brasileira. |
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