Novo programa TechDev Paraná é caracterizado pela convergência entre empresas, universidades e poder público
Paraná estabelece programa de inovação aberta para formação de novos talentos em TI. Brasil tem déficit de 270 mil profissionais na área.
Estima-se
que o Brasil tenha um déficit de 270 mil profissionais em tecnologia da
informação (TI). Atuar no sentido de combater a falta de recursos
humanos na área é um dos objetivos do TechDev Paraná, programa lançado
pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação no
Paraná (Assespro-Paraná), em parceira com a Softex, o Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação, entidades do Governo do Paraná, a Softex
Campinas e Furukawa.
A
iniciativa tem como propósito promover o ecossistema de tecnologia e
inovação no estado, conforme destacou o diretor e presidente da
Assespro-Paraná, Adriano Krzyuy durante um evento on-line que lançou o
TechDev. “É um projeto que conecta empresas, instituições de ciência e
tecnologia, órgãos públicos e entes privados”, disse, assinalando o
caráter articulador da ação.
Detalhes do
TechDev Paraná foram explanados pelo diretor-executivo do núcleo de
Campinas da Softex, Edvar Pera Jr. O sistema Softex reúne 21
organizações sem fins lucrativos que atuam com TI, inovação, ciência e
tecnologia. Desde janeiro, o Softex desenvolve um programa de
capacitação que se tornou o embrião do TechDev Paraná. Entre janeiro e
julho, a iniciativa envolveu a formação de mais de 5 mil pessoas.
VERTENTES
Agora, com o
TechDev Paraná, além do foco na capacitação profissional, o programa
terá uma outra vertente: a da inovação aberta. “É um projeto para
alavancar o desenvolvimento tecnológico no Paraná, com geração de mão de
obra altamente qualificada, conectando startups, pequenas e médias
empresas, academia e entidades da sociedade civil que atuam com
populações vulneráveis”, salientou Pera Jr.
Na vertente
capacitação, o projeto se inicia no Paraná de imediato, realizando
estudos de necessidades do mercado, de modo a identificar possíveis
vazios (gaps) de formação e carência de mão de obra. O foco será tanto
na capacitação inicial de recursos humanos, como viabilizando a evolução
de conhecimentos por quem já atua na área. Ações de recolocação de
profissionais, de outras atividades para a TI, também fazem parte do
projeto.
A segunda
vertente, de inovação aberta, tem previsão para ser iniciada ao final do
primeiro semestre de 2021. “Nesta vertente, serão iniciativas de
estímulo à cooperação entre empresas âncoras, instituições de ciência e
tecnologia, universidades, startups e pesquisadores. Com foco na
habilitação tecnológica, na inovação, na transferência de tecnologia e
na validação de soluções tecnológicas inovadoras para o mercado”,
enumerou o superintendente da Softex Nacional.
UNIÃO
Além de
Edvar Pera Jr. e de Adriano Krzyuy, participaram da live de lançamento
Lucas Ribeiro (VP Comunicação e Marketing), Izoulet Cortes Filho
(Diretor de Projetos e Negócios Internacionais da Assespro-Paraná),
Ruben Delgado (Presidente da Softex Nacional), José Gontijo (Diretor do
Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação); Henrique Domakoski (Governo do Paraná);
Paulo Parreira (Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior do Paraná) e Nelson Saito (da Fellow New Biz & Startups da
Furukawa).
Todos
destacaram a união, no Paraná, entre empresas, entidades de classe,
instituições da sociedade civil e poder público, no desenvolvimento de
programas de fomento à TI. “É bom ver quando setores se articulam para
encontrar sinergias e resolver problemas”, frisou Gontijo, representante
do Governo Federal.
Visão
compartilhada pelo superintendente de Inovação do Governo do Paraná,
Henrique Domakoski. Ele sublinhou, ainda, a preocupação do TechDev
Paraná com a formação de recursos humanos. “Há vários pontos para serem
tratados quando se trata de fomento à inovação, mas o da capacitação de
mão de obra é o principal. Inovação se faz com gente.”
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