O Ministério da Saúde promoveu, nessa sexta-feira (27), uma live com a diretora do Instituto Nacional de Câncer (INCA), Ana Cristina Pinho. Temas como a prevenção, tratamento, os avanços da cirurgia oncológica e os rigores dos protocolos de segurança em tempos de pandemia. O evento marca o Dia Nacional de Combate ao Câncer, lembrando a população que intervenções operatórias não podem esperar o fim da crise da Covid-19. Também esteve presente na transmissão ao vivo Rodrigo Pinheiro, representante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SOB), parceira do Ministério da Saúde e do INCA na realização das ações no combate ao câncer.
Foto: Tony winston/MS
“As pessoas não podem esperar, tem que estar alerta aos sinais do corpo, e ao menor sinal de mudança procurar imediatamente tratamento. O diagnóstico precoce é um dos maiores aliados na cura do câncer”, alertou Ana Cristina.
Cerca de 80% dos pacientes com câncer necessitam de cirurgia em alguma fase da doença como principal forma de tratamento curativo. Com o desenvolvimento tecnológico, a capacitação e qualificação da equipe médica, a segurança dos procedimentos aumentou, e é importante ressaltar que a assistência oncológica tem seguido protocolos de segurança para que o atendimento dos pacientes não seja prejudicado durante a pandemia de Covid-19.
Os avanços da cirurgia oncológica e os rigores dos protocolos de segurança em tempos de pandemia foram alguns dos temas debatidos entre a diretora-geral do INCA e o representante da SBO, durante a live que esclareceu a população acerca do retorno seguro às cirurgias mesmo em meio a pandemia do coronavírus.
Diferente das equipes que atuam nas cirurgias gerais, os profissionais oncológicos aprendem características específicas dos tumores a serem operados e o funcionamento das terapias que poderão ser combinadas. A segurança do atendimento aumenta quando o profissional tem conhecimentos específicos na área. “A equipe especializada e o trabalho em conjunto dentro dos Hospitais especializados, faz toda a diferença. Trabalhamos dentro de todos os protocolos de segurança para levar aos pacientes a segurança necessária que eles precisam para realizar a cirurgia”, explicou Rodrigo Pinheiro.
O INCA desempenha um importante papel na qualificação dessa equipe, oferecendo em seus programas de Pós-Graduação Lato Sensu a Residência Médica com foco em cirurgia, nestesiologia e área multiprofissional, além de cursos de aperfeiçoamento.
Na live o trabalho do SUS foi exaltado por ser um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo e trazer esperança para tantos brasileiros, tanto agora em tempos de pandemia, como desde sua criação. “O comprometimento das equipes em trazer o tratamento mais adequado e eficiente para cada cidadão é um trabalho de muita responsabilidade e seriedade”, ressaltou Ricardo.
As novas tecnologias e a manutenção da assistência a oncologia em todos os aspectos também foram mencionadas como essencial para o desenvolvimento do tratamento.
A diretora do INCA finalizou com um recado à população: “o cidadão deve ser protagonista do combate às doenças, deve se observar e estra sempre atento”.
PANORAMA
Para o Brasil, a estimativa aponta 625 mil casos novos de câncer por ano no triênio 2020-2022. O câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 mil), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil).
A distribuição da incidência por Região geográfica mostra que a Região Sudeste concentra mais de 60% da incidência, seguida pelas Regiões Nordeste (27,8%) e Sul (23,4%).
O estudo completo do Panorama do Câncer no Brasil pode ser acessado no endereço: https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil
Thais Saraiva
Ministério da Saúde
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