Neurofilósofo e psicanalista Fabiano de Abreu explica como a transformação do mundo está literalmente em nossas mãos

 

 


As mesmas mãos humanas que criam a evolução e o progresso podem destruir o outro e o mundo, afirma Abreu
Radicado em Portugal, o luso-brasileiro Fabiano de Abreu, que dentre diversas formações é psicanalista, neurocientista e filósofo, destaca o nosso protagonismo no dia a dia por meio de nossas mãos, no sentido literal e metafórico. Com a premissa de que elas podem construir ou destruir o mundo, o cientista reforça a necessidade de usá-las ativamente na criação do belo. “Mãos que criam as obras de arte dos museus, os objetos do quotidiano, a maquinaria e, em última análise, a nós mesmos. Evoluímos nosso cérebro pois nos tornamos bípedes e usamos as nossas mãos para, literalmente, construir a nossa evolução”, analisa Fabiano de Abreu.
Elas não se resumem à diferença que temos em relação a outros animais com nossos polegares, o dedo opositor que possibilitou habilidades como segurar objetos. Elas servem para acariciar, sentir e fazer-se sentido. “Experimente acariciar deslizando os dedos na palma da mão de quem ama e perceba por si mesmo”, sugere. Tal e qual os cegos, que utilizam as mãos para “ver” o mundo, o filósofo sugere que as usemos para sentir e dar prazer, por meio de carícias, ou para ações construtivas. As mãos não são apenas funcionais, são simbólicas também. O aperto de mão sela um acordo ou serve como cumprimento, e sabe-se que deve ser sempre firme. “Use suas mãos para criar progressos extraordinários em sua vida e na vida dos outros, mas guarde-as caso a vontade seja de apontar os erros alheios, digitar críticas infundadas, estapear quem pensa diferente ou qualquer ação que venha a destruir o sonho de um outro alguém”, afirma Fabiano.

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