Folha Geral: É uma discrepância das grandes a diferença do subsídio do prefeito comparado ao dos secretários municipais


 

Conhecido por todos como Luiz do Bazar (foto), o diretor municipal de turismo licenciado, Luiz Carlos Gonzaga, esteve esta semana em visita a Folha Noroeste Digital

O governo
Jair Bolsonaro – segundo especialistas – só não vai privatizar a Caixa Econômica Federal porque a sociedade e o Congresso Nacional vão impedir. Na quarta-feira (dia 26), a direção da CEF anunciou que a instituição teve um lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no primeiro semestre deste ano. Nisso de querer privatizar, tem dente de coelho.
O discurso
surrado em favor das privatizações alega as finalidades: arrecadar recursos com a venda das empresas, diminuir as dívidas do governo com os recursos arrecadados, deixar nas mãos do governo só funções básicas , como saúde, educação e segurança.
Desde 1991,
governantes brasileiros privatizaram mais de 100 empresas, arrecadando 68 bilhões de dólares. Foram privatizadas: Companhia Vale do Rio Doce, Embraer, Companhia Siderúrgica Nacional, Usiminas, Telebrás, Banespa e outras.
O dinheiro
arrecadado não resolveu os problemas financeiros do governo. Os lucros das empresas privatizadas passaram a engordar a conta bancária dos novos donos. Os produtos e serviços das empresas não ficaram melhores nem mais baratos.
Além disso,
o governo não foi capaz de suprir as necessidades básicas do povo em saúde, educação e segurança, pois também nessas áreas as empresas privadas atuam forte. Os brasileiros continuaram pagando impostos e gastando com saúde, educação e segurança.
Os resultados
de privatizações e encolhimento dos governos são bem conhecidos no mundo. Governos reduzidos se tornam reféns financeiros das grandes corporações privadas. Isso gera dívidas, baixos nível de investimentos, crises econômicas e desemprego.
Boa notícia
foi divulgada esta semana pela Fundação SEADE, órgão de análise de dados do Governo do Estado de São Paulo. Em 2020, no segundo trimestre (abril, maio, junho) a economia paulista recuou 7,0% em relação ao trimestre anterior (janeiro, fevereiro, março). Mas no mês de julho avançou 2,1% em relação ao mês anterior. É início de recuperação.
Outra notícia
boa foi anunciada pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. As exportações do Brasil aos países árabes somaram 7,1 bilhões de dólares nos primeiros 07 meses deste ano. Foram exportados produtos agropecuários, minérios e produtos industrializados.
Os vereadores
jalesenses Luiz Henrique Viotto “Macetão” (PSD), Claudecir José dos Santos “Tupete” (PSD) e João Valeriano Zanetoni (PSD) votaram contra o Projeto de Lei 127/2020, da Mesa Diretora da Câmara Municipal, autografado pelo presidente Nivaldo Batista de Oliveira (PSD).
O Projeto de
Lei 127/2020 estabelece os subsídios de prefeito, vice-prefeito, secretários municipais e chefe de gabinete municipal que serão pagos na gestão 2021 a 2024. Com a exceção dos três vereadores que votaram contra, os demais aprovaram o Projeto.
O próximo
prefeito de Jales – a partir de 01de janeiro de 2021 – receberá mensalmente R$ 22.890,00. Os demais encarregados, acima citados, receberão R$ 8.990,00 (incluídos os descontos). É oportuno saber que os subsídios dos vereadores (sem reajuste) serão mantidos nos mesmos R$ 5.000,00 (incluídos os descontos) na próxima legislatura. O reajuste só vale a partir de 2.022.
Embora este
reajuste (nos pagamentos dos detentores de cargos no Poder Executivo) seja perfeitamente legal, pode ser que os três vereadores que votaram contra tenham avaliado que a gestão 2021 a 2024 será difícil financeiramente, dedicada à recuperação econômica.
Por sua vez,
observadores atentam que a sessão plenária da segunda-feira (dia 24) não foi transmitida ao público, facilitando os votos favoráveis dos demais vereadores. Também surpreende a diferença do valor que será pago ao prefeito e o valor que será pago aos demais.
Enquanto
o prefeito vai faturar a partir de janeiro de 2022, R$ 22.890,00, os secretários municipais vão receber apenas   R$ 8.990,00. É uma discrepância das grandes.
Sem dúvida,
a qualificação de um trabalhador e o volume de serviço que ele presta influenciam a sua remuneração. Quando é preciso ter um servidor bem qualificado para ocupar um cargo que reúne muitas responsabilidades, é necessário oferecer boa remuneração.
Entretanto,
os exageros são péssimos. Numa nação ou região, grandes desigualdades na remuneração dos trabalhadores prejudicam a produtividade e o crescimento da economia. Afetam também o desempenho do poder público. Causam um atraso geral.
É por isto
que países desenvolvidos – especialmente europeus – tentam fazer com que os salários da classe trabalhadora mais remunerada sejam – no máximo – cinco vezes os salários da classe trabalhadora menos remunerada.

Os nobres
vereadores de Jales – que comparecem ao Plenário só três vezes por mês e não cumprem expedientes de 8 horas – são importantes pelos seus deveres: legislar, indicar medidas de interesse público, fiscalizar o Executivo, acompanhar obras e serviços públicos municipais. Poderiam fazer mais do que costumam fazer e merecer mais, sem exageros.
Segunda-feira
(dia 31 de agosto) iniciam-se as convenções partidárias para escolha e homologação dos nomes de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores. A data final será 16 de setembro. Partido que não vai disputar a eleição de prefeito, mas vai indicar candidatos ao Poder Legislativo, também terá que realizar a sua convenção.
Com o fim
das coligações na disputa ao Legislativo, os partidos terão que selecionar candidatos bons conquistadores de votos. Assim terão maiores chances de conseguir candidatos com votos suficientes para ingressar na Câmara Municipal. Cada partido poderá indicar até 15 postulantes a vereador.
Em indagação
informal pela cidade, esta semana, esta coluna quis sentir o clima eleitoral através da opinião dos eleitores em relação a três nomes: Luís Especiato (PT), Tiago Abra (MDB) e Luís Henrique Moreira (PSDB). Em qual deles votariam a prefeito? Em qual deles não votariam? Em qual deles não votariam de jeito algum?
Mesmo diante
do fato de que as eleições – em 15 de novembro – estão muito próximas, os eleitores deixam transparecer que suas respostas podem mudar. Os eleitores não desistiram da política, porém estão mais informados e mais atentos.
Este novo
retrato do eleitorado faz sentido. São passados aqueles tempos de comícios em palanque armado ou carroceria de caminhão, com discursos inflamados e músicas sertanejas. Hoje, os políticos e seus marqueteiros é que precisam mais amadurecer.
Comentários
de bastidores colocam Marynilda Cavenaghi como provável vice-prefeita do pré-candidato tucano Luís Henrique Moreira ao pleito de novembro. Mas quem vai dar a palavra final serão os convencionais do partido. Portanto, é só uma possibilidade.
Tem gente
por aí – inclusive integrante de partido político – dizendo que em candidatura única a prefeito o candidato precisa de 50% + 1 dos votos para se eleger. Só precisa de um voto.
Em 2016,
na votação para prefeito, Jales tinha 37.676 eleitores. Compareceram às urnas 28.579 (75,85%) votantes. No pleito havia apenas um candidato a prefeito e seu vice. Para a maioria dos eleitores, aceitável, dentro do normal.
Porém, para
outra parte do eleitorado, uma anomalia inaceitável. Se abstiveram de comparecer às urnas 9.097 (24,15%) eleitores. Anularam seus votos 5.407 (18,92%) eleitores. Votaram em branco 3.885(13,59%).  No total, 18.389 (48,80%) eleitores insatisfeitos.
Neste ano,
para a eleição de 15 de novembro, as candidaturas para prefeito e vereadores ainda não estão definidas. Há o que pensar. Se em 2016 uma candidatura única foi suficiente para tantos eleitores não compareceram ao pleito, anularem seus votos e votarem em branco, imagine-se o que pode acontecer agora, com uma pandemia não debelada?
A Avenida
Lourival de Souza, na zona norte da cidade de Jales, tem início na Rua dos Girassóis e segue até a Rua Graciliano Ramos. Por uma emenda do deputado federal Vicente Cândido (PT), por meio do então vereador Luis Fernando Rosalino (PT), foram despendidos R$ 309 mil (com contrapartida da Prefeitura) para recape daquela via pública.
Em 2017,
os serviços de recape foram executados, mas da Rua  João Chaparin à Rua Graciliano Ramos.  Da Rua dos Girassóis até a Rua João Chaparin o recape não foi executado. Disseram que o trecho, na época, era trafegável. Mas hoje um trecho só tem muitos buracos. As providências devidas podem demorar.
O sistema
viário da cidade de Jales precisa ser observado e cuidado sempre. A Rua 24, no sistema de mão dupla, está perigosa para se trafegar por causa do aumento do número de veículos, em função do crescimento da zona norte da cidade.
Outro perigo
é motivado por motoristas que – com seus veículos – invadem a rotatória do trevo no Jardim Arapuã, vindos da Rua Venezuela para encurtar caminho. Alertas foram dados às autoridades responsáveis. Mas falta a tradição administrativa de resolver os problemas quando eles surgem.
Na edição
de sábado passado (22 de agosto), no artigo “Comemorar a pesquisa brasileira com uva e vinho”, a foto foi trocada. A foto correta seria de Celso Moretti, presidente da Embrapa, autor do artigo. Mas a foto que ilustrou o artigo foi a do pesquisador Mauricio Antonio Lopes, da Embrapa. Ao Dr. Celso Moretti nossas sinceras desculpas.

 

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