O grande homem é aquele que não perdeu a candura de sua infância


Dr. Flávio Rodrigo Masson Carvalho – PhD Psicopedagogo - ABPp Nº de Inscrição: 13397 equilibriumtc@hotmail.com 

Uma criança (do latim creantia) é um ser humano no início de seu desenvolvimento. São chamadas  recém-nascidas do nascimento até um mês de idade; bebê, entre o segundo e o décimo-oitavo mês, e criança quando têm entre dezoito meses até doze anos de idade.
Antes do século XV, a criança era vista como um  adulto em miniatura. Não existia, ainda, uma concepção de infância definida. As crianças eram rapidamente introduzidas no mundo dos adultos, chegando até a serem vestidas como eles. A falta de uma ideia de infância, impossibilitou, por muitos anos, a criação de direitos e deveres próprios para as crianças, considerando suas características e fases de desenvolvimento.
Os aspectos psicológicos do desenvolvimento da personalidade, com presença ou não de transtornos do comportamento, de transtornos emocionais e/ou presença de neurose infantil - incluídos toda ordem de carências, negligências, violências e abusos, que não os deixa “funcionar” saudavelmente, com a alegria e interesses que lhes são natural - recebem a atenção da Psicologia Clínica Infantil (Psicólogos), através da Psicoterapia Lúdica. Os aspectos cognitivos (intelectual e social) é realizada pela  Pedagogia (Professores), nas formalidades da vida escolar, desde a pré-escola, aos cinco anos de idade, ou até antes, aos 3 anos de idade.
A infância é o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimo-segundo ano de vida de uma pessoa. É um período de grande desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da altura e do peso da criança - especialmente nos primeiros três anos de vida e durante  a  puberdade. Mais do que isto, é um período onde o ser humano desenvolve-se  psicologicamente, envolvendo graduais mudanças no  comportamento  da pessoa e na aquisição das bases de sua  personalidade.
A infância nem sempre recebeu tanta importância quanto hoje. Ser criança no século 21 significa ter uma série de direitos como educação, saúde, nutrição e o fundamental direito à vida.
Mas séculos antes, durante a Idade Média, a criança não recebia o mesmo tratamento. As taxas de mortalidade após o nascimento eram altíssimas pela falta de preparo para lidar com o parto e os primeiros cuidados. Portanto, era comum que as famílias pouco se apegassem ao pequeno, que poderia sobreviver poucos meses. Além disso, a criança era encarada como um membro da família que deveria ajudar nas tarefas tanto quanto os mais velhos. Ainda durante o século 19, o menor de idade poderia enfrentar longas jornadas de trabalho e muitas vezes não frequentava a escola.
Hoje, principalmente nos países subdesenvolvidos, o poder público ainda não consegue garantir que todas as crianças concluam os estudos e fiquem livres do trabalho infantil, proibido no Brasil. Mas os olhares estão voltados para a valorização da infância e para a sua importância dentro da sociedade.
A infância é uma circunstância ou uma prerrogativa que só pode ser experimentada por crianças, a despeito de suas culturas, hábitos e valores. ... Ser criança, portanto e infelizmente, não garante indistintamente a todos os que têm até 12 anos de vida o direito de ter infância.
De vez em quando precisamos resgatar aquela criança que nos habita, precisamos traze-la à vida, para que possamos melhor suportar os amargores, as dificuldades dessa nossa vida atribulada, estressada, e as vezes, sem nenhum sentido.
Também precisamos resgatar a criança curiosa, que questiona tudo, que quer saber de tudo, que para tudo pergunta o “Por que”.
A criança vibra com intensa alegria por cada vitória alcançada. A criança é isenta de preconceito, discriminação, ódio, rancor. A criança é pura, sincera, verdadeira, e está sempre sorrindo, pronta para brincar, pelo menos assim deveria ser
A criança se encanta com cada descoberta, pois o mundo está cheio de coisas para descobrir. Que é verdadeira em seus gestos e ações. Que não teme ser ridícula ou fazer feio, apenas age com naturalidade.
A criança viaja na imaginação, com companheiros irreais e tão reais. Que consegue conversar consigo mesma, falar de seus sonhos e seus medos.
A criança sorri e chora quando tem vontade, pois as emoções são para ser vividas e compartilhadas. Ser adulto também é manter-se criança!
Precisamos resgatar a criança feliz que nos habita!
Precisamos constantemente evocar a criança que se esconde em cada um de nós!
A criança é a esperança, o futuro do Mundo, o alicerce dessa sociedade doente, contaminada. Ser criança é acreditar no futuro, é ter perspectivas, é ter a certeza de um futuro melhor.
E sabiamente disse Karl Mannheim “O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade”.
Se pergunte como você está tratando a sua criança interior.   A trate com amor, com muito carinho, e acima de tudo, muito respeito!
As crianças são a luz que ilumina o mundo de esperança e alegria e por elas todos deveriam lutar diariamente por um futuro melhor.
Sempre que uma criança sorri o mundo agradece, fica mais belo e ainda mais especial.
Toda criança merece atenção, carinho e alegria no coração!
Dê atenção e muito carinho a sua criança interior.
“O segredo da genialidade é carregar o espírito da infância na maturidade”, Thomas Huxley

Comentários