Ela tentou ajudar, mas só atrapalhou
publicado
27/04/2020

(foto Redes Sociais)
A
deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) tentou defender Jair Bolsonaro
nesta segunda-feira 27/IV, mas acabou por piorar a situação. Em entrevista ao Globo,
ela comentou as acusações do ex-ministro Sergio Moro de que o
presidente tentou interferir politicamente na Polícia Federal. Zambelli
disse que Bolsonaro queria ter acesso a informações sobre ele mesmo, não
sobre adversários políticos.
"O ponto é que ele (Bolsonaro) falava
que gostaria de ter acesso a informações relativas a ele, não contra
outras pessoas. Um (dos casos) é a tentativa de assassinato a ele, que
até hoje não se descobriu o mandante. Ele não queria que a PF repassasse
informações sobre o José Dirceu, por exemplo. O que ele queria eram os
últimos acontecimentos do país dentro de cada órgão, aquelas
(informações) que podem se tornar públicas. Por que ele pode saber
informações de outros órgãos, e não da PF?", disse Zambelli.
Ao Globo, porém, o professor da USP
Daniel Falcão, especialista em direito constitucional, disse que
Bolsonaro não tem direito a obter informação privilegiada, sendo o
inquérito sobre ele ou sobre qualquer outra pessoa. "Isso é quebra do
princípio da impessoalidade. Se ele está se utilizando de agentes
públicos para conseguir uma informação direta, sem um advogado, ele está
cometendo improbidade administrativa. Se o inquérito não for sigiloso,
qualquer pessoa tem direito a ter informações sobre o inquérito, desde
que vá ou até a delegacia ou contrate um advogado para isso", declara
Falcão.
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