Presidente quer que ex-ministro vá ao STF com provas
Pleno.News | atualizado em 27/04/2020 19h16
Presidente Jair Bolsonaro quer que Moro comprove acusações contra ele Foto: PR/Júlio Nascimento
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta
segunda-feira (27) esperar que o STF (Supremo Tribunal Federal) possa
analisar rapidamente as denúncias feitas contra ele pelo ex-ministro da
Justiça Sergio Moro. Bolsonaro afirmou que Moro deve provar o que disse.
O ministro Celso de Mello, do STF, deve autorizar nas próximas horas a
abertura de um inquérito para apurar as acusações feitas por Moro, a
pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras.
– O ministro que saiu fez acusações e é bom que ele comprove, até
para minha biografia, tá ok? Agora, o processo no Supremo é o contrário,
é ele que tem que comprovar aquilo que ele falou ao meu respeito –
disse Bolsonaro na porta do Palácio da Alvorada, em Brasília.
Bolsonaro também pediu agilidade do STF.
– Eu espero que o Supremo Tribunal Federal analise para tirar dúvida.
Uma acusação grave que foi feita a meu respeito seria bom que o Supremo
decida isso o mais rapidamente possível. E [o ex-]ministro pode
apresentar as provas, se ele tiver, obviamente – afirmou.
Ao anunciar sua demissão na última sexta-feira (24), Moro afirmou que
Bolsonaro queria ter acesso a informações e relatórios confidenciais de
inteligência da Polícia Federal.
Em resposta, ainda no dia 24, Bolsonaro admitiu ter cobrado Moro pela
investigação sobre a facada que ele, então candidato à Presidência,
sofreu em setembro de 2018, durante um ato de campanha em Juiz de Fora
(MG). Ao lembrar do atentado, o presidente disse que o ex-juiz da Lava
Jato não esteve com ele na campanha eleitoral e que não sabe em quem
Moro votou no primeiro turno.
Bolsonaro afirmou que “nunca pedi pra ele [Moro] o andamento de
qualquer processo” e que a “inteligência com ele [Moro] perdeu espaço na
Justiça”. E que pedia sim relatórios atualizados. “[Pedia] quase que
implorando informações.”
O presidente disse ainda que Moro usou a disputa em torno da
manutenção de Maurício Valeixo na direção-geral da Polícia Federal para
negociar uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), o que o ex-ministro
negou.
*Folhapress
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