Região de Araçatuba poderá ter até 5 mil infectados, diz DRS



por Redação - Folha da Região
em Araçatuba



A região de Araçatuba, segundo o diretor regional de Saúde Sérgio Smolentzov (foto), deverá ter até 5 mil pessoas infectadas pelo novo coronavírus, no pico da curva da doença. O número foi falado durante um encontro por videoconferência entre ele e prefeitos da região, durante a última semana.

“Sendo a população da DRS (Direção Regional de Saúde) de 800 mil pessoas, a projeção (no pior cenário) é de um pico de 5 mil infectados, sendo 80% deles com tratamento em casa, 15% com internação e 5% com internação em leitos de UTI”, afirma Smolentzov. Segundo os dados, 750 pessoas precisariam necessariamente de leitos de UTI na região.

De acordo com estimativa da direção clínica da Santa Casa de Araçatuba, referência em alta complexidade na região, para atender os pacientes da DRS, seriam necessários 200 leitos no local. Atualmente, segundo dados do hospital, o local conta com 30% dessa capacidade, ou seja, 60 leitos para cuidado intensivo, dividos entre a UTI Neonatal e Pediátrica, UTI Coronariana e Unidade, Enfermaria Semi-Intensiva, leitos de emergência extrema e a UTI Geral Adulto.

A Prefeitura de Araçatuba e entidades locais tentam fazer o credenciamento de novos leitos na cidade. Conforme divulgado pela Folha da Região em primeira mão, durante a videoconferência, o prefeito Dilador Borges apresentou um projeto que quer abrir 28 leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Umuarama, que está desativada. A medida seria para ajudar no tratamento de pessoas infectadas pela covid-19 (coronavírus). Destas novas, 14 seriam completas, com respiradores, e outras 14 mais simples. Ainda assim, o número seria bem menor do que o necessário.


É o que ocorre, hoje, na Itália. Há relatos de médicos e enfermeiros sobre o sofrimento de escolher quem tem mais chances de sobreviver, e negar tratamento aos demais. É o que se chama de colapso no sistema de saúde, um cenário aterrador.

O problema é que o coronavírus tem transmissão muito rápida. E uma explosão de casos só consegue ser contida com isolamento social. Por isso, não é exagero dizer que, ao ficar em casa, você protege não apenas a si mesmo, mas também aos demais.

Ainda que você não tenha tendência a desenvolver quadros graves da doença – o que é quase uma incógnita, já que os pesquisadores indicam que há mutações do vírus circulando por aí – ao evitar sair, e proteger-se de ser contaminado, você também evita contaminar outras pessoas que poderiam precisar de tratamento intensivo.

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