Nestes dias, em que o assunto dominante no mundo é a pandemia do coronavírus,..

... parecia que a mídia nacional teria seu foco concentrado no avanço da doença e nas medidas de contenção recomendadas pelas autoridades. Outros assuntos, sem novidades.
A política
também estaria quieta: nada para ser divulgado, analisado e discutido. Mas o governador do Estado de São Paulo, João Dória (PSDB), impediu a pasmaceira política. Aproveitou a concentração dos casos do coronavírus em São Paulo para fazer política.
João Dória
intensificou sua rotina de trabalho no Palácio dos Bandeirantes (sede do governo paulista), dando prioridade ao coronavírus. Passou a receber boletim diário com os casos do vírus, a fazer contatos com autoridades políticas e sanitárias, a aparecer na mídia ao vivo.


 


No púlpito
que o governador usa, quando fala à mídia, há um vistoso endereço eletrônico do governo paulista, onde estão as palavras “são paulo sp gov br coronavirus”. Assim, com propósito político, João Dória concentrou na sua figura um comando forte na luta contra o vírus.
Observadores
políticos previam para 2022 o racha político entre João Dória e Jair Bolsonaro, na disputa nas eleições presidenciais. Agora acham que João Dória não resistiu à grande oportunidade de se mostrar como um comandante político diferente e melhor do que Jair Bolsonaro.
Como quem
não leva desaforo para casa, Jair Bolsonaro reagiu a João Dória. Bolsonaro vinha aparecendo pouco na mídia, deixando a luta contra o vírus nas mãos competentes de profissionais do Ministério da Saúde. Resolveu aparecer em rede nacional de rádio e televisão.
Objetivamente,
o pronunciamento do presidente – na terça-feira (dia 14) – não foi um desastre, mas devia ter sido melhor. Surtiu críticas e panelaço. O ponto central do discurso que gerou polêmicas foi: “Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa”. E, sem mais detalhes, minimizou os riscos da doença.
De repente,
“o feitiço virou contra o feiticeiro”. Jair Bolsonaro é mestre em polemizar. Mas caiu fácil na armadilha montada por João Dória. Reagiu sem habilidade e por isto sofreu críticas e perdeu pontos políticos. Teve que continuar reagindo, tomando outras providências.
Para milhões
de pessoas, a pandemia do coronavírus é causa importante de preocupação. Vivem em áreas muito povoadas, pertencem a grupo de risco, suas receitas econômicas são instáveis. As lideranças e autoridades devem agir. O povo deve acompanhar suas ações.
Depois da
resistência dos organizadores, os Jogos Olímpicos de Verão de 2020 (oficialmente: Jogos da XXXII Olimpíada), que seriam realizados em Tóquio, no Japão, do dia 24 de julho ao dia 09 de agosto, finalmente foram adiados para 2021.
Aqui no Brasil,
as eleições municipais estão marcadas só para os dias 4 e 25 de outubro de 2020. Mas existe um calendário eleitoral a ser cumprido durante o ano. Por sinal, estamos na “janela eleitoral” (05 março a 03 de abril), quando podem acontecer trocas de partidos.
Nada acertado,
mas existem vozes defendendo a mudança das eleições municipais deste ano para o ano que vem (2021). Inclusive, sugerindo o uso dos R$ 2 bilhões do Fundo Eleitoral (destinados às eleições de 2020) no revigoramento da economia afetada pela pandemia.
Para discutir
medidas contra o coronavírus, na quarta-feira (dia 25), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), se reuniu com os governadores estaduais e o presidente Bolsonaro se reuniu com os governadores da Região Sudeste. Ambas, reuniões virtuais.
No dia seguinte,
o presidente Bolsonaro participou de uma reunião com líderes do G20 (o grupo dos países mais ricos do mundo). O G20 vai investir 5 trilhões de dólares na economia global para atenuar os impactos sociais e econômicos causados pela pandemia. Esta reunião internacional também foi virtual. 

A necessidade
de isolamento e a urgência de conter o coronavírus estão fazendo os políticos adotarem uma prática incomum entre eles: a reunião virtual ou videoconferência. Ela economiza viagens de avião em primeira classe, hospedagens em hotéis de luxo, almoços e jantares requintados.
O perigo

é deixar claro na cabeça do povão que as longas, enfadonhas e caras reuniões presenciais no Congresso Nacional e outros órgãos federais, em Brasília DF – assim como nas capitais dos Estados brasileiros –, são desnecessárias. E adeus mordomias.
O botequim
da vila, de portas fechadas, fez minguar as fofocas políticas na cidade. Os analistas optaram por assumir responsabilidade e estão em casa escondidos. Ou, melhor, longe do coronavírus que pode correr solto em busca de hospedeiros.
Na próxima
sexta-feira (dia 3 de abril), terminará o prazo de filiação partidária para quem deseja disputar o pleito municipal em outubro. A lista será entregue à Justiça Eleitoral quase em seguida. Sem nem pensar em adiamento das eleições para o próximo ano, estão se filiando – principalmente – os que pretendem um cargo de vereador.
Os eleitores
estão mais interessados em saber quem serão os candidatos a prefeito. É no Poder Executivo que estão expectativas de maior mudança. Com a última eleição de prefeito e vice-prefeito em chapa única, os eleitores nem tiveram motivo de arrependimento.
Até agora,
a conversa freqüente é que o prefeito Flávio Prandi (DEM) vai caminhar rumo à reeleição com o apoio máximo de partidos políticos, como fez em 2016, sustentado por uma poderosa coligação de 13 partidos políticos. Deu certo uma vez, por que não tentar de novo?
Mas desta vez
pode haver um fato novo chamado Luís Henrique Moreira (PSDB), na eleição de prefeito. No mínimo, ele deve estar estudando suas possibilidades eleitorais, inclusive sondando o apoio dos partidos políticos que buscam se fortalecer no legislativo.


 


Apesar de
não haver coligação na eleição proporcional (ao Legislativo), o bom candidato a vereador é importante ao candidato a prefeito. Por isto uma boa chapa de vereadores é muito conveniente para quem quer chegar à cadeira do Executivo.
Correndo em
raia própria, o PT Partido dos Trabalhadores já terá definido em Jales o professor e ex-vereador Luís Especiato para a disputa ao Executivo. O PT em Jales é o partido que tem mais filiados para formar uma chapa e disputar o Legislativo com boas chances.
Em alguns
municípios da região, partidos predominantes estão com problemas para formar chapas eleitorais. Fontes isentas informam que a falta de candidatos ocorre por falta de interesse político. Isso faz da política um campo aberto para entrada de oportunistas.
A cidade
de Jales poderá não demorar em abrir suas portas. O CIESP Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – Noroeste Paulista, com sede em São José do Rio Preto, pediu ao prefeito Flávio Prandi que reconsiderasse e autorizasse a abertura das portas das indústrias para funcionamento normal. Hummm!!! Bolsonaro começa a ter razão!
Tanto que
nesta sexta-feira (27/3), as 16 horas, comerciantes, populares, empresários, lojistas,  industriais e outros mais ,promoveram uma carreta pela cidade em prol da reabertura do comércio.

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