Ódio



Dr. Flávio Rodrigo Masson Carvalho – PhD Psicopedagogo - ABPp Nº de Inscrição: 13397 equilibriumtc@hotmail.com


O ódio, também chamado de execração, raiva, rancor e ira, é um sentimento intenso de raiva e aversão. Traduz-se na forma de antipatia, aversão, desgosto, rancor, inimizade ou repulsa contra uma pessoa ou algo, assim como o desejo de evitar, limitar ou destruir o seu objetivo.O ódio pode se basear no medo, justificado ou não. É descrito com frequência como o contrário do amor ou da amizade; outros, no entanto, como Elie Wiesel, consideram a indiferença como o oposto do amor.
O ódio, originalmente, é uma forma de aversão profunda, causada pelo medo ou pela raiva. Odiar algo ou alguém é um sinal evidente do quão vulneráveis estamos ao poder que aquela pessoa ou aquela situação exerce sobre nós. Quando há indiferença, obviamente não há ódio.
Questionar o nosso ódio é questionar os nossos medos. É se ver obrigado a olhar para si mesmo, para sua história, seus traumas, sua criação, seus receios. O ódio não brota sozinho, ele sempre tem uma raiz.
Muitos desses medos têm a ver com a sensação de ameaça. Alguém que ameace o meu poder, os meus privilégios, aquilo que julgo que é meu- e só meu- por direito. A emancipação da mulher causa isso. O combate ao racismo causa isso. O ódio, nesses casos, tem a ver com uma necessidade de manutenção de um status quo, sem o qual determinados sujeitos se sentiriam sem chão.
A humanidade está passando por um momento de conturbações. Perdemos o senso de valor, a noção de família, estamos perdendo o amor.
Estamos perdendo a essência que nos é inata, o amor ao próximo!
Estamos nos alimentando com o ódio, com o gosto de sangue na boca, e um imenso vazio no peito, e que está sendo preenchido com o ódio.
Foram muitos anos, décadas de decepções, perdas, frustrações, corrupção, guerras, etc.
Está muito fácil odiar hoje em dia!
A mídia nos incentiva, os filmes, as novelas, as músicas, promovem o ódio!
Mas quem está por trás disso? Ohomem!
Ainda existem guerras, homens matando homens, e em nome da paz. Homens matando homens por causa de religião, matando em nome de Deus.
O ódio está se disseminando rapidamente, estamos nos acostumando a odiar, estamos vendo o outro como nosso inimigo!
O amor está ficando fora de moda! A educação é artigo de luxo! Não se usa mais!
Temos a nítida impressão de que o amor está perdendo a batalha para o ódio!
Segundo Arthur Schnitzler: “O ódio, a inveja e o desejo de vingança ligam muitas vezes mais dois indivíduos um ao outro do que podem fazer o amor e a amizade”.
Não deixe transparecer o seu ódio! Esse é o primeiro passo! Depois deixe de odiar! Esse é o passo seguinte. Depois comece a amar! Esse é o passo final.
Amar incondicionalmente! Amar com fervor, não importando à quem! Amar gera amor!
E como disse o Grand Filósofo Arthur Schopenhauer, em “A Arte de Ser Feliz”: “Deixar transparecer a ira ou o ódio em palavras ou expressões faciais é inútil, perigoso, pouco inteligente, ridículo e vulgar. Sendo assim, a ira ou o ódio devem ser demonstrados unicamente nas ações, e isso poderá ser feito tão mais perfeitamente quanto mais perfeitamente forem evitadas as atitudes anteriores”.
E sobre o ódio escreveu o Grande Eça de Queiroz: “O ódio é um sentimento negativo que nada cria e tudo esteriliza: - e, quem a ele se abandona, bem depressa vê consumidas na inércia as forças e as faculdades que a Natureza lhe dera para a ação. O ódio, quando impotente, não tendo outro objeto direto e nem outra esperança senão o seu próprio desenvolvimento - é uma forma da ociosidade. É uma ociosidade sinistra, lívida, que se encolhe a um canto, na treva. (...) Mas que esse sentimento seja secundário na vasta obra que temos diante de nós, agora que acordamos - e não essencial, ou supremo e tão absorvente que só ele ocupe a nossa vida, e se substitua à própria obra”.
Não comece a odiar, contenha sua raiva, pois ódio é veneno, e que você que odeia vai beber!
O ódio limita o indivíduo, ele é estéril, adoece, tira as cores de tudo, tornando tudo em sua volta cinza, negro.
O ódio promove guerras, mortes, destrói pessoas, famílias, lares, e até uma Nação!
Devemos ensinar nossas crianças a amarem!
O amor tem que fazer parte do currículo básico de todas as escolas. Tem que ser matéria obrigatória. Temos que fazer o amor virar moda novamente. Temos que amar, e espalhar o amor, pois somente o amor combate e vence o ódio.
Insira o amor no seu lar! Ensine seus filhos a amar! Dê o exemplo! Mas lembre-se, ninguém consegue amar ninguém sem se amar primeiro! Então, ame-se loucamente!
“O ódio não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente”, Chico Xavier

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