FolhaGeral:- É cansativo ser repetitivo em certo assuntos...

 
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É cansativo
ser repetitivo em certos assuntos, ainda mais quando eles demoram a trazer alguma novidade boa ou a apresentar alguma explicação esclarecedora. É o caso do apito do trem, que continua zunindo nos ouvidos dos moradores de Jales ao longo da via férrea.

Não se trata
de uma impertinência jalesense. Em outras cidades do país também há trens que trafegam em zonas residenciais, em variadas horas do dia e da noite, emitindo apitos muito acima dos limites bem suportados pelos ouvidos humanos. E provocam reclamações.

Sem dúvida,
toda passagem de trem – especialmente em zona urbana – merece ser tratada com os cuidados que a segurança e o bem estar da população exigem. O problema é que nenhuma autoridade toma iniciativa de buscar uma boa solução a respeito.

Nas redes
sociais, há internautas jalesenses afirmando que o Poder Legislativo, dentro do conjunto das instituições oficiais locais, está sendo meramente decorativo. A verborragia dos parlamentares municipais está cansando a opinião pública.

As críticas e
os elogios – produzidos democraticamente pela opinião pública – não devem ser ignorados pelos ocupantes de cargos públicos, no Legislativo e no Executivo. O fato de haver críticas e elogios revela que o público reconhece a importância das instituições e se preocupa com o desempenho dos seus integrantes.

Ainda que
não esteja em jogo a credibilidade nos poderes municipais, a continuação das críticas – sem reação positiva dos gestores – pode influenciar negativamente as escolhas do povo nas eleições seguintes. Vale lembrar que dentro de 580 dias haverá eleições municipais.

Como sempre,
o município e as instituições oficiais vão continuar. Já os ocupantes dos dois poderes municipais poderão: permanecer ativos na política e na vida comunitária; ou ser varridos para o completo esquecimento. A história política local tem vários exemplos.

Retornando
ao trem, os vereadores jalesenses farão bem em requerer ao Poder Executivo sobre o que foi feito da conhecida "Lei do Apito", de autoria do então vereador Gilberto Alexandre de Moraes (DEM), aprovada em 2015 pela Casa Legislativa, proibindo o soar do apito do trem das 22 às 06 horas no perímetro urbano da cidade.

Na época,
o vereador Gilbertão disse que a aprovação da lei tinha por objetivo proibir a poluição sonora em nível perturbador, causada pelo trem no período noturno. Agora, será bom que os vereadores discutam outros aspectos importantes sobre a passagem do trem.

Não se sabe
se aquela lei do vereador Gilbertão foi sancionada, vetada ou engavetada. O apito do trem continua soando forte na madrugada, servindo para lembrar – aos que zelam pela segurança e pelo bem estar da comunidade – que é preciso voltar ao assunto.

Ah! E a lei
dos panfletos, de autoria do então vereador Luís Fernando Rosalino (PT)? Ela também foi aprovada pelos vereadores e enviada ao Executivo para o prefeito sancionar ou vetar. De um jeito ou outro, provavelmente está engavetada.

Os analistas
lá do botequim da vila lembram que as Comissões Permanentes do Legislativo podem convocar os ocupantes – do primeiro ao último escalão do governo municipal – para prestação de esclarecimentos. Mas há vereadores que preferem esbravejar na tribuna da Câmara, diante de poucos cidadãos presentes, mas para uma boa audiência à distância na mídia. Aliás, assim fazem muitos congressistas em Brasília DF.

Para valorizar
o trabalho de representação do povo, bem que os vereadores poderiam sair de casa um pouco mais cedo - antes do clarear do dia - e fazer umas visitas incertas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e na Santa Casa de Jales (onde fica o laboratório de análises). Só para acompanhar a situação dos pacientes que procuram estas unidades de atendimento.

Tanto nas UBS
como na Santa Casa, poderão avaliar como idosos, não idosos, senhoras com crianças no colo, deficientes e gestantes – no calor ou no frio, com chuva ou sem chuva – muitas vezes precisam entrar em fila fora dos prédios para ser atendidos.

Os responsáveis
pelas unidades de atendimento devem ser estimulados a acomodar os pacientes na parte interna dos prédios, sempre que for preciso, para que fiquem sentados em cadeiras ou bancos enquanto aguardam atendimento. Isso não será um favor especial, mas um ato de civilidade perante os cidadãos que pagam impostos e precisam dos serviços do SUS.

O povo cobra
porque é preciso cobrar. Em frente a uma escola, enquanto esperava a saída dos filhos, um grupo de mães conversava sobre a política administrativa municipal. Uma mãe, expondo seu pensamento, disse que a cidade precisa de muitas coisas e não entendia o porquê do prefeito ir a São Paulo pedir liberação de dinheiro para reformar uma praça.

 
Assim, a cidadã
questionou a agenda de prioridades do governo municipal. Assunto é realmente importante. Mas, por falar em praça, quando é que vai começar a reforma da Praça Dr. Euphly Jalles? Como se sabe, os recursos foram liberados e postos à disposição.



Uma olhada
nas indicações, nas quais são sugeridas medidas de interesse dos municípios – por deputados estaduais aos poderes do Governo do Estado –, percebe-se apenas um requerimento de um parlamentar no dia 18 de abril, homenageando Jales pelo seu aniversário.


Pelo andar
da carruagem, neste ano (2019) Jales não está politicamente com a corda toda acionada. Nas rodas de conversa, os tradicionais políticos – que já foram bem votados no município, mas perderam votos no pleito passado – dão mostras de que estão batendo asas para outras bandas. Isso não é bom.


 
O ano de eleições
municipais (2020) está chegando e a agitação partidária está começando. O PRB, presidido pelo Alessandro Japonês, está se movimentando nos bastidores em busca de novas filiações. Não quer deixar para a última hora. A pretensão é chegar ao pleito vindouro com nomes fortes para as disputas. O entusiasmo do grupo é admirável.
 
Na quinta-feira
(dia 25), pela manhã, um cidadão declarou que opinou em uma enquete postada em uma página no Facebook perguntando como avaliava a gestão municipal local. Sua opinião não foi favorável. Ele estranhou quando, em seguida, recebeu um telefonema em que lhe disseram: "Você opinou péssimo?". Coisa esquisita.
Para essa
mesma enquete, pessoas próximas ao prefeito Flávio Prandi tem enviado mensagens ou disparos via whatsAPP aos amigos do Face pedindo que opinem favorável ao alcaide. Isso é esculhambação
O vereador
Chico do Cartório (MDB) detonou a péssima conservação da Praça Olga Belão, no Jardim Pegolo. Aquela área de lazer está mesmo sem os devidos cuidados, com aspecto de abandono. Está faltando ao poder público interagir com a população do setor onde fica a praça para que ela seja bem cuidada.
O prefeito
Flávio Prandi (DEM) precisa fazer com urgência uma análise da sua administração – isenta de qualquer paixão ideológica e de todo compadrismo – para verificar quais são as mudanças que precisa fazer para subir vários degraus no conceito popular. Se não fizer isso, poderá ganhar o rótulo de "péssimo administrador". Em 2020, poderá ser reeleito contra um candidato fraco ou facilitar a vitória de um concorrente de plantão.
Por sua vez,
o vereador Tiago Abra (PP) quer informação do Executivo Municipal sobre a fiscalização (ou não) do recolhimento de FGTS dos empregados contratados pela empresa Macchione Projetos e Construção Ltda., que presta serviço ao município.
Em resposta
a uma solicitação anterior de Tiago Abra, o Executivo teria sugerido que não fiscaliza a empresa contratada, pois não possui relação nominal dos empregados. Em uma administração passada, o desconhecimento da Prefeitura – sobre os recolhimentos de FGTS e sobre empregados ocupados – contribuiu para a cassação da então prefeita.
Tiago Abra
alertou sobre a sua solicitação, ressaltando que um dos ítens apontados para a cassação da então prefeita Nice Mistilides foi justamente a falta desse depósito. "Está no contrato que a Prefeitura só pode pagar à empresa após conferir o pagamento de todos os funcionários. Se nem tem a relação dos funcionários, não pode estar fiscalizando. Não passou a lista de funcionários por quê?"
Em Brasília DF,
na terça-feira (dia 23), na Câmara dos Deputados, foi aprovada a admissibilidade da proposta do governo de reforma da previdência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Agora a proposta vai para uma CE (Comissão Especial), onde vai ser estudada em detalhes e sofrer alterações. Serão muitas sessões com debates acalorados. Só depois de aprovada na CE é que a proposta irá para votação no plenário da Câmara dos Deputados.
Na quarta-feira
(dia 24), houve tumulto com bate-boca e empurra-empurra entre os deputados, no plenário da Câmara dos Deputados. O motivo foi a notícia da suposta oferta de R$ 40 milhões em emendas parlamentares até 2022 para cada deputado que votar a favor da reforma da previdência no plenário da Câmara. A notícia da suposta oferta teria sido feita pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, segundo reportagem da Folha de São Paulo.
Na quinta-feira
(dia 25), o governo – pressionado por parlamentares – divulgou os cálculos utilizados para embasar a proposta de reforma da previdência. Segundo os cálculos, a economia do governo estimada com a reforma será de R$ 1,237 trilhão em dez anos, sendo R$ 165 bilhões (ou 15,4%) acima do que vinha sendo anunciado pelo governo. Um dinheiraço.
Não tem outro
jeito, não. A nação brasileira segue em frente – passando por tumultos, inquietações e sofrimentos – rumo a um futuro imprevisível. Nesta semana, o Instituto Trata Brasil divulgou pesquisa que mostra que, de 2010 a 2017, o país gastou mais de R$ 1 bilhão com internações por doenças provocadas pela falta de saneamento (água encanada e coleta de esgoto). É muito peso colocado sobre os ombros da população.

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