Justiça decreta prisão preventiva de publicitário flagrado com conteúdo de pornografia infantil

Justiça de Araçatuba (SP) entendeu que a prisão é importante para garantir o andamento da investigação. Suspeito deve ir para a cadeia em Penápolis (SP). Ele foi preso na operação Luz da Infância.

Por G1 Rio Preto e Araçatuba

29/03/2019 13h42



 

O publicitário de 38 anos, preso na quinta-feira (28) durante a operação Luz da Infância, que combate a pornografia infantil no país, passou nesta sexta-feira (29) por uma audiência de custódia no fórum de Araçatuba (SP).

Ele vai continuar preso porque a Justiça entendeu que a prisão é importante para garantir o andamento da investigação, passando de prisão em flagrante para preventiva. O suspeito deve ir para a cadeia em Penápolis (SP), onde aguardará vaga para a prisão em Lucélia (SP).

Em entrevista ao G1 nesta sexta-feira, o advogado de defesa Rodrigo Rister diz que o caso ainda é prematuro e como o processo não está na comarca de Araçatuba, ainda precisa se inteirar do inquérito. Depois disso, ele irá analisar pedido de revogação de prisão ou até um habeas corpus.

Segundo a Polícia Civil, durante vistoria na casa do publicitário, foram apreendidos pen drives, CPU de computador, um revólver do tipo airsoft, uma espingarda de pressão, munições de diversos calibres, inclusive de uso restrito das forças armadas, e um sapato de criança.

Na região de São José do Rio Preto (SP), também foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Ao todo, quatro pessoas foram levadas para a delegacia para prestar depoimentos.

Em Mirassol (SP), uma dupla de irmãos foi detida no bairro Portal da Cidade Amiga. Dois computadores que armazenavam vídeos de pornografia infantil, um tablet, três celulares e um pen drive foram apreendidos.

Os suspeitos foram ouvidos e liberados. Um deles confessou que baixava o material pornográfico.

Em Estrela D´Oeste (SP), um mecânico de 40 anos foi preso por armazenar imagens pornográficas com crianças na casa dele, em um conjunto habitacional do município. Na audiência de custódia foi definida fiança de R$ 3,5 mil, que não tinha sido paga até esta sexta-feira e ele segue preso.

Uma pessoa também foi presa em Novo Horizonte (SP), mas ela pagou uma fiança de R$ 1,9 mil e foi liberada.

Investigação

Os alvos foram identificados pela equipe do Laboratório de Inteligência Cibernética da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça, com base em informações coletadas na internet.

O conteúdo foi repassado às Polícias Civis, para apuração das Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente e de Repressão a Crimes Informáticos.

Após a apuração, as delegacias instauraram inquéritos e solicitaram as buscas à Justiça, conforme explicou o coordenador do laboratório de inteligência da Secretaria de Operações Integradas, Alessandro Barreto.

Para a operação, foram analisados 237 mil arquivos, um volume de 710 GB de dados. Em entrevista coletiva, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, reforçou a importância da parceria da pasta com as polícias dos estados.

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