Adelvair David
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O lar é e será sempre a célula mater da sociedade, o lugar onde o espírito humano gesta-se para viver com os seus demais.
Pertencer a um lar é mais do que fazer parte numérica de um grupo de pessoas que vivem juntas, compostos geralmente de pais, filhos e irmãos, é estar no mais importante laboratório de experiências morais já imaginadas, nenhum grupo social poderá oferecer tanta qualidade para um espírito encarnado que o lar, conforme as necessidades de cada um.
É possível que se questione os lares desestruturados, qual seria o valor deles para os seres que ali vivem? Considerando-se que a vida não é obra do acaso, tudo está no seu devido lugar, todas as experiências a serem vividas são necessárias para o reajuste de almas, aparar arestas do passado e construir no esforço, sacrifício, renúncia e dedicação o futuro de paz e amor entre os viajantes da eternidade.
Todos os seres humanos vieram uns dos outros, assim, os vínculos são inevitáveis e existem antes da formação do corpo determinados por uma série de existências anteriores à atual. Mesmo nos casos em que nesta vida não se tenha conhecido os pais por uma série de motivos o homem sempre se achegará àqueles com quem precisa conviver no ambiente de um lar, para aprender e melhorar-se.
Os dramas dos lares têm atraído as almas piedosas que se desdobram em trazer o pão, a vestimenta, a instrução, os conselhos e tudo o que puder minimizar o desconforto vivido por aqueles que estão em ninhos de almas de sofrimento. Temos que considerar que na Terra dada a sua condição de planeta atrasado espiritualmente, nela os lares ainda são quase sempre de compromissos com o reajustamento entre os seus membros, onde não existe a felicidade sem mescla, só relativa, que pode ser de grande proveito para cada um.
É dever, para o seu próprio bem que o homem ofereça o seu melhor para o seu lar, tendo em vista que a harmonia do lugar é a somatória dos sentimentos e desejos dos que ali vivem. Família feliz não é família perfeita, porque isto não existe neste planeta, mas sim daqueles que se dedicam um a fazer a felicidade do outro com o ingrediente oferecido por Jesus no seu Evangelho, o amor, que se traduz em forma de perdão, renúncia, paciência e compreensão.
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