Prefeito de Rio Preto Edinho Araújo é intimado a depor em operação que prendeu amigos de Temer

 

Agentes federais estiveram na casa de Edinho Araújo, ex-ministros dos Portos, na manhã desta quinta-feira (29), por conta da operação Skala. Procuradora-geral Raquel Dodge pediu prisões, entre outros, de José Yunes e João Batista Lima, amigos do presidente; Wagner Rossi, ex-ministro; e Celso Greco, dono da empresa Rodrimar.



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Por G1 Rio Preto e Araçatuba
A Polícia Federal esteve na manhã desta quinta-feira (29) no prédio onde mora o ex-ministro dos Portos e atual prefeito de São José do Rio Preto (SP), Edinho Araújo (MDB).
Segundo a PF, Edinho foi intimado a depor na Operação Skala, que investiga se o presidente Michel Temer (MDB), por meio de decreto, beneficiou empresas do setor portuário em troca de suposto recebimento de propina.
Edinho deixou a sede da Polícia Federal por volta das 11h10, depois de ser intimado por policiais no apartamento onde mora, no Centro de Rio Preto. O depoimento durou uma hora e meia. Nenhum delegado quis comentar o depoimento.
“Recebi a intimação para comparecer na Polícia Federal, compareci espontaneamente, prestei todo esclarecimento e como fui ministro dos Portos e os fatos envolver isso. Prestei as informações, perguntaram se eu conhecia as pessoas. As minhas ações foram pautadas pela lei e ordem. Todas as ações que envolvem os Portos, de questões de concessão tinham parecer jurídico, da Advocacia Geral da União, estou super tranquilo. Como ministro dei andamento aos processos que já existiram”, afirmou.

Edinho foi Ministro dos Portos por cerca de 10 meses, em 2015, durante o mandato de Dilma Rousseff (PT). Na época, ele foi indicado ao cargo pelo atual presidente Michel Temer (MDB) por serem amigos e do mesmo partido.
 
Durante o período em que foi ministro, Edinho Araújo assinou a renovação da concessão da empresa Libra.

Operação Skala
A operação, autorizada pelo ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito, já prendeu seis pessoas, entre elas o advogado José Yunes, ex-assessor especial da Presidência da República, e João Baptista Lima Filho, ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo
Além deles foram presos na mesma operação: em Monte Alegre do Sul (SP), o empresário Antonio Celso Greco, dono da empresa Rodrimar, que opera no porto de Santos; em Ribeirão Preto, o ex-ministro da Agricultura e ex-deputado federal Wagner Rossi, que em 1999 e 2000 foi diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo, estatal administradora do porto de Santos; em Americana (SP), Milton Ortolan, auxiliar de Rossi; e, no Rio de Janeiro, Celina Torrealba, uma das donas do grupo Libra, segundo informou o jornal "O Globo".

PRESOS NA OPERAÇÃO DA PF



  • José Yunes, advogado, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer
  • Antônio Celso Greco, empresário, dono da empresa Rodrimar
  • João Batista Lima, ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo e amigo de Temer
  • Wagner Rossi, ex-deputado, ex-ministro e ex-presidente da estatal Codesp
  • Milton Ortolan, auxiliar de Wagner Rossi
  • Celina Torrealba, uma das donas do grupo Libra


Outro lado



  • João Baptista Lima Filho: O G1 SP tenta contato com a defesa do coronel, mas não conseguiu até as 11h15
  • José Yunes: "É inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu a todos os atos para colaborar. Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania", afirmou seu advogado José Luís de Oliveira Lima.
  • Milton Ortolan: O G1 Campinas tenta contato com a defesa de Ortolan, mas não conseguiu até as 11h15
  • Wagner Rossi: Wagner Rossi aposentou-se há sete anos. Desde então, nunca mais atuou profissionalmente na vida pública ou privada. Também nunca mais participou de campanhas eleitorais ou teve relacionamentos políticos. Mora em Ribeirão Preto onde pode ser facilmente encontrado para qualquer tipo de esclarecimento. Nunca foi chamado a depor no caso mencionado. Portanto, são abusivas as medidas tomadas. Apesar disso, Wagner Rossi está seguro de que provará sua inocência.
  • Mulher ligada ao grupo Libra: O Grupo Libra informou que não vai se pronunciar
  • Antônio Celso Grecco: A Rodrimar a defesa de Grecco apenas confirmaram a detenção do empresário e as buscas na companhia em Santos
  • Edinho Araújo: “Recebi a intimação para comparecer na Polícia Federal, compareci espontaneamente, prestei todo esclarecimento e como fui ministro dos Portos e os fatos envolver isso. Prestei as informações, perguntaram se eu conhecia as pessoas. As minhas ações foram pautadas pela lei e ordem. “Todas as ações que envolvem os Portos, de questões de concessão tinham parecer jurídico, da Advocacia Geral da União, estou super tranquilo. Como ministro dei andamento aos processos que já existiram".






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