Confiança do setor supermercadista sobe em dezembro e há otimismo em relação às vendas de verão

 
Otimismo vai a 34% entre os supermercados e a previsão de crescimento das vendas no verão, para 64% dos empresários paulistas, será entre 2% e 6%.

Os últimos números divulgados pela equipe econômica do Governo Federal repercutiram positivamente para o setor supermercadista paulista, conforme aponta a Pesquisa de Confiança dos Supermercados do estado de São Paulo (PCS/APAS), feita pela Associação Paulista de Supermercados. De acordo com a publicação de dezembro de 2017, cerca de 41% dos empresários do setor estão otimistas com o futuro, um número 11 pontos percentuais maior do que o demonstrado em novembro.

As principais variáveis que impactaram no otimismo são a taxa de inflação e as vendas, com 42% de otimismo. Em primeiro lugar a expectativa futura otimista está no crescimento do PIB, com mais de 58% acreditando que isto aconteça. "Vários analistas apontam que o crescimento da economia poderá chegar a 3% em 2018 e os empresários supermercadistas refletem isto", explicou Thiago Berka, economista da APAS.

Outro ponto que demostra bastante otimismo para o setor é quando se fala no crescimento nominal das vendas. Para 45% dos entrevistados, o crescimento será entre 4% e 6%. Apenas 9% acreditam em queda e, mesmo assim, baixa: de 0% a 2%. "Quando analisamos a situação de 2016 e 2017, vemos como a percepção vem mudando consistentemente. O pessimismo em dezembro de 2016 estava em 40% e chegou a 25% em dezembro de 2017. O otimismo foi de 27,7% para 34,7%", comentou Berka.

Em relação ao desempenho do ano de 2017 contra 2016, cerca de 36% dos supermercadistas relataram queda nas suas vendas, entre 1% e 4%. Vale ressaltar também o desempenho do Natal de 2017 frente a 2016: aproximadamente 45% dos empresários observaram crescimento e outros 45% enfrentaram queda.

"Este número demonstra algo que a APAS percebeu ao longo deste ano que foi uma variação muito grande entre os desempenhos de vendas de diferentes supermercados. A competição de preços e promoções foi bastante intensa, reflexo da instabilidade econômica prolongada, de forma a manter o volume e prejudicando a margem", avaliou o economista da APAS.

O verão é uma época importante de vendas para o setor, pois o mix de produtos muda. Cervejas, carnes, frutas de época, sucos em geral e refrigerantes chegam a subir 30% em volume de vendas. Para 27% do setor, as vendas de verão subirão em 2018 em relação a 2017 entre 2% e 4%, para 36% entre 4% e 6%, e para 9% entre 8% e 10%. Apenas 18% acreditam em queda de até 4% nas vendas.

"Como a inflação está baixa, haverá um crescimento real esperado interessante. Há também menor expectativa de viagens por parte da população de São Paulo, o que também pode ajudar no volume de vendas", finalizou Berka.

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