Em Jales,
no pleito municipal de 2012 – em que Nice foi eleita – a abstenção foi 19,59%, os votos nulos 5,27% e os votos brancos 3,47%. A soma de 9.906 eleitores (26,62% do eleitorado) não compareceu às urnas ou compareceu mas não registrou votos válidos.
Neste pleito
de 2016 em Jales, o desinteresse e a desaprovação dos eleitores foram maiores. A abstenção foi 24,15%, os votos nulos 18,92% e os votos brancos 13,59%. A soma de 18.389 eleitores (48,81% do eleitorado) se recusou a comparecer às urnas ou registrar votos válidos. De 2012 para 2016, o percentual desses eleitores pulou de 26,62% para 48,81%.
Os analistas
políticos lá do botequim da vila continuam refletindo. Dizem que, apesar dos índices altos de desinteresse e desaprovação do povo – quanto à situação política em Jales –, os eleitores que compareceram às urnas registraram, em maioria, votos válidos para prefeito e vereadores. Isso diminuiu a inquietação dos políticos locais, mas que não se enganem. O povo costuma andar sempre para frente e nunca voltar atrás. Entenderam?
Deve ser
boataria, como sempre acontece após eleições. Por aqui já se comenta, nem diplomados ainda foram os candidatos a vereador, que um dos eleitos pode ser convidado para assumir uma secretaria municipal. Se for verdade, Rivail Rodrigues Júnior (PSB), que ficou nas eleições como primeiro suplente, vai continuar no Legislativo.
Os vereadores
eleitos prometem cumprir bem os seus mandatos. Segundo um deles, com um bom trabalho político e administrativo, o Legislativo vai ter visibilidade positiva junto à população. Para ele, na atual circunstância, a Prefeitura está endividada e tem a máquina administrativa defasada. "Nada se poderá fazer sem ordem do Gabinete; é melhor ficar no Legislativo, onde se terá maior independência".
A bela votação
(de 699 votos) que garantiu a sétima colocação na disputa por uma das dez cadeiras do Poder Legislativo de Jales – ao candidato Chico Cartorário (PMDB)–, para um profícuo trabalho que se espera, aconteceu graças à dedicação de duas pessoas ilustres da cidade. Marynilda Cavenaghi e seu esposo Sérgio Nacca, ambos do PMDB, arregaçaram as mangas como cabos eleitorais do Chico Cartorário. Agora, compensam com alegria a decepção eleitoral de 2012, quando Marynilda não se elegeu com 829 votos. A participação espontânea das pessoas nesta eleição foi algo extraordinário.
Os moradores
dos imóveis da Rua São Paulo, no Bairro IV Centenário, em Jales, aguardam com grande ansiedade por 20 anos o recape daquela via. Nesse período, ela foi reparada apenas num trecho de 40 metros, que também está cheio de buracos.
Havia esperança
de que o recape da Rua São Paulo fosse executado na gestão do prefeito Pedro Callado (PSDB), que havia previsto o serviço até fins de 2015. Após o anúncio do empréstimo de R$ 4,5 milhões, os moradores dos imóveis ficaram eufóricos. Mas tudo indica que as petições deverão ser transferidas ao futuro gestor Flá Prandi (DEM).
A coligação
partidária tem causado tormento a candidatos ao Poder Legislativo. Em Urânia, no pleito de domingo (dia 2), o candidato Marcos Vituri (PDT) (foto) foi penalizado por essa malfadada invenção eleitoral. Ele obteve 456 votos nas urnas e assim foi o segundo candidato mais votado entre os 45 concorrentes. Seu partido obteve 543 votos, ficando abaixo do tal quociente eleitoral (QE) que alcançou 557 votos. Não foi eleito. Ainda bem que esta aberração eleitoral tende a acabar.
Em Urânia,
apesar das pesquisas favoráveis antes do pleito, o vereador e candidato a prefeito Odair Bezerra Dias "Fião" (PPS) – muito admirado por seus trabalhos sociais na comunidade – sucumbiu diante do concorrente Márcio Arjol Domingues (PSDB). A partir de 01 de janeiro, a expectativa fica no trabalho do novo prefeito.
Em Vitória Brasil,
correligionários da prefeita reeleita Ana Lúcia Olhier Módulo (PSDB) diziam, antes do pleito, que sua vitória seria de goleada. Diziam, no mínimo 3 x 1. Mas a disputa foi difícil e por pouco Paulinho Mioto (PTB) não levou. Uma diferença de apenas 17 votos. Para uns tantos de lá, Ana Lúcia só ganhou graças ao coligado PMDB.
Nas vinte e seis (26)
capitais brasileiras, o Primeiro Turno das Eleições 2016 a prefeitos definiu 8 candidatos mais votados (que foram eleitos no primeiro turno) e 18 candidatos mais votados (que irão disputar o segundo turno com boas chances de serem eleitos). O desempenho dos partidos (em número de candidatos mais votados) foi o seguinte: PSDB (8); PMDB (4); PDT (3); PSB (2); PSD (2); DEM (1); PC do B (1); PMN (1); PPS (1); PRB (1); PT (1); REDE (1).
Esses resultados
das capitais brasileiras – mostrando que a votação a prefeitos das 26 cidades ficou dividida entre 12 partidos – indicam que os eleitores deram mais importância aos candidatos do que aos partidos. Indicam também que os partidos PSDB e PMDB saíram mais fortalecidos. E o PT ficou entre os partidos nanicos.
Nas quinze (15)
cidades-sede das Regiões Administrativas do Estado de São Paulo (como São Paulo, Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e outras), o desempenho dos partidos (em número de candidatos mais votados a prefeitos) foi este: PSDB (9); PMDB (1); DEM (1); PSB (1); PSD (1); PT (1); PTB (1). Fácil ver que o PSDB ganhou de lavada.
Nas oito (8)
cidades-sede das Microrregiões pertencentes à Região de São José do Rio Preto, os resultados eleitorais do primeiro turno a prefeitos revelaram as cidades com seus partidos mais votados: Fernandópolis e Jales (DEM); Nhandeara e Votuporanga (SD = Solidariedade); Auriflama (PSDB); Catanduva (PSB); Novo Horizonte (PPS); São José do Rio Preto (PMDB). As 8 cidades se dividiram em 6 partidos. Não houve partido forte.
De acordo com
dados oficiais do TSE, o Partido dos Trabalhadores cresceu 244% na conquista de prefeituras em quatro eleições municipais seguidas: em 2000 (187 prefeituras); em 2004 (411 prefeituras); em 2008 (558 prefeituras); em 2012 (644 prefeituras). Neste ano de 2016, na melhor hipótese, vai conquistar 263 prefeituras. Uma baita queda de 59%.
Em São Paulo (SP),
capital com 12 milhões de habitantes e PIB de R$ 570 bilhões, o povo elegeu a prefeito – no primeiro turno, com 53,29% dos votos válidos – um empresário com o discurso "Não sou político, sou um gestor". Mas há números que assustam. Dos 8.886.195 eleitores aptos a votar, 1.940.454 eleitores se abstiveram de comparecer às eleições. A soma das abstenções (1.940.454) com os votos nulos (788.379) e com os votos brancos (367.471), totalizando 3.096.304 intenções de voto negadas, foi maior que os 3.085.187 votos recebidos pelo candidato vencedor do pleito em primeiro turno. Este é o Brasil em 2016.
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